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terça-feira, 17 de abril de 2018

“PORQUE UNS FUMAM E TEM CÂNCER E OUTROS NÃO?”

Muita gente questiona dados científicos que ressaltam a importância de se manter uma dieta equilibrada e saudável. Dizem alguns:
- Meu avô, morreu com 85 anos de idade, forte como um touro, pitando cigarrinho de palha e comendo carne que era conservada na banha de porco.
Outros usam exemplos de pessoas que passam a vida inteira fumando ou bebendo e não sofrem absolutamente nada.
No consultório médico é comum acompanharmos pacientes com diabetes que se mantém absolutamente descontrolados e não apresentam complicações, enquanto outros que fazem exercícios, seguem a orientação nutricional e cuidam bastante do diabetes, apresentam complicações decorrentes do diabetes. Como explicar essa aparente discrepância?
Do ponto de vista estritamente materialista, a resposta seria uma só. Genética! Mas aqui abordamos o lado espiritual. Então vejamos.
Evidentemente que o nosso corpo físico obedece ao comando dos nossos DNAs, mas a verdade é que o corpo espiritual imprime no nosso código genético as nossas necessidades evolutivas, ou seja, a energia que emana do nosso corpo astral, ou perispírito, aciona ou inibe determinados genes, de acordo com nossa programação encarnatória. É por isso que vemos pessoas que carregam genes para determinadas doenças, nunca manifestarem as mesmas. É também devido a isso que gêmeos idênticos apresentam tantas diferenças de comportamento, assim como de doenças desenvolvidas ao longo da caminhada.
Não nos enganemos, tudo obedece a uma ordem maior, a uma lei de amor que faz com que cada um colha de acordo com a sua necessidade de evoluir, tendo como base seus atos pretéritos. Não há castigo, nem privilegiados. Há necessidades.
Então, porque uns fumam e adoecem e outros não?
1) A lesão no corpo astral - Se a matriz energética, o modelo que organiza nossa estrutura física, chamado perispírito já possuir danos relacionados ao vício, provenientes de vidas passadas, com certeza o ato de se entregar ao vício novamente nessa encarnação produzirá as lesões muito mais rapidamente. Essas lesões no corpo astral, provocam em nós as chamadas tendências a determinadas doenças. De acordo com nossos atos no presente, desencadeamos mecanismos energéticos de cura, ou de vazão para a doença, pois em muitos casos a enfermidade é uma drenagem de energia pesada do corpo astral para o físico, o que Ramatís chama de “verter para a carne.”
2) A intensidade da exposição – Aliada ao fator citado acima, quanto maior o tempo de exposição à substância, mais facilmente desenvolverá a doença.
3) A energia do pensamento – Todo cigarro é nocivo! A pessoa que fuma, mas consegue manter um bom padrão mental de pensamentos, com orações e principalmente ações de ajuda ao próximo, consegue de certa forma amenizar esse efeito. Evidentemente que deixa escapar oportunidade ímpar de melhorar sua energia vital, pois médiuns videntes observam que a energia do duplo etérico de fumantes possui a coloração acinzentada e apresenta aspecto viscoso. Agora se a pessoa fuma e mantém uma casa mental desequilibrada, a sua própria energia contribui para a aceleração do processo de dano do corpo físico, além de se tornar vítima de obsessores mais facilmente.
4) A prevenção – Toda medicina holística deve ser baseada na prevenção. Enquanto corpos de carne, somos sujeitos a hereditariedade, apesar do controle exercido pelo perispírito. Dessa forma é sempre bom evitarmos fatores desencadeantes de doenças comuns na nossa família, como por exemplo ficar obeso e ter hipertensão e diabetes. Se na minha família há vários casos dessas doenças, como não olhar pra isso?
Da mesma forma, a prevenção psíquica, mantendo bons hábitos de vida, com a tentativa lúcida e serena de se reformar. Com isso alijaremos do nosso perispírito energias densas acumuladas no decorrer das vivências passadas, evitando adoecer pela prática do amor, da caridade e pela aquisição de conhecimento.
Antes de contar vantagem em fumar, ou beber e não ter desenvolvido nenhuma doença, é bom pensar que essas energias doentes estão sendo armazenadas no seu corpo astral, comprometendo sua saúde na dimensão verdadeira, real de vida. Pensemos nisso!
Muita paz e luz a todos!


Sérgio Vencio –Fonte: Blog- Medicina e Espiritualidade

“OS TRÊS OBSESSORES EM SUA VIDA”


Um homem chegou a um centro espírita muito desconfiado de que estava com vários obsessores. Ele contou sua história para o médium do centro. Revelou sua crença de que os obsessores haviam convencido sua esposa a terminar com ele.
Revelou que os obsessores estavam travando sua vida e que ele não conseguia mais seguir em frente pois estava sentindo muito medo. Revelou também que não queria mudar, pois sua vida estava confortável do jeito que estava, e que os obsessores estavam fazendo de tudo para desestabilizá-lo.
4 dicas para se livrar de um espírito obsessor
O médium resolveu iniciar os trabalhos. Fechou os olhos e ficou alguns minutos concentrado. Depois abriu os olhos, olhou para o homem e disse:
– De fato, há três obsessores com você, mas eles são muito poderosos e não posso tirá-los.
O homem ficou com medo e pensou que estava arruinado, pois se nem o médium conseguia tirá-los, sua vida seria arrasada pelos espíritos negativos.
– “Quem são esses obsessores? ” , perguntou o homem.
O médium respondeu: – São três os seus obsessores:
– O primeiro obsessor é o apego. Sim, o apego que você tem em relação a sua esposa. Ela já terminou com você e mesmo assim você fica insistindo num casamento que já deu claros sinais de término. O apego é um grande obsessor, um dos maiores dos seres humanos.
– O segundo obsessor é o medo. Esse é um obsessor fortíssimo, pois paralisa nossa vida e não nos deixa caminhar. É outro grande obsessor do ser humano.
– O terceiro obsessor que está em você é a acomodação. Sim, a acomodação vem da preguiça ou de uma fuga dos problemas, e a acomodação nos faz estagnar, parar e até mesmo morrer por dentro. Uma pessoa acomodada costuma abdicar de suas forças para lutar e fica presa dentro do próprio conformismo que criou.
Esses são os seus três obsessores. Eles não são espíritos e não havia nenhum desencarnado com você.
Esses e outros obsessores vivem no coração do ser humano, e somente ele pode dissolvê-los para sempre. Se vier algum espírito sombrio, ele só poderá agir em você ativando alguns desses obsessores internos. Por isso que eu disse que nada posso fazer para remove-los, pois somente você é capaz de gerar essa transformação em ti mesmo.
Quais são seus maiores obsessores? Não importa quais sejam. Você pode vencê-los através da libertação e do despertar espiritual.
Hugo Lapa-Fonte: Kardec Rio Preto

segunda-feira, 16 de abril de 2018

COMO O ESPIRITISMO ENCARA OS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS?

O assunto não foi, evidentemente, tratado por Kardec, mas o Dr. Jorge Andréa, no seu livro Psicologia Espírita, págs. 42 e 43, examinando o tema, assevera que não há nenhuma dúvida de que, nas condições atuais da vida em que nos encontramos, os transplantes devem ser utilizados.
“A conquista da ciência é força cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos religiosos. Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento”.
Perguntaram a Chico Xavier se os Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis naturais.
Chico respondeu: “Não. Eles dizem que assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com segurança e proveito”.
Todos podemos doar nossos órgãos ou há casos em que isso não se recomenda?
É claro que todos podemos.
A extração de um órgão não produz reflexos traumatizantes no perispírito do doador.
O que lesa o perispírito, que é nosso corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.
Além disso, o doador desencarnado é, muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho por parte do receptor e de sua família.
A integridade, pois, do perispírito está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.
Há casos, no entanto, que a doação ou a extração de órgãos não se recomenda.
No dia 6 de fevereiro de 1996, atendemos um Espírito em sofrimento, que recebera o coração de um jovem morto num acidente, o qual, sem haver compreendido que desencarnara, o atormentava no plano espiritual, reclamando o coração de volta.
Curiosamente, o Espírito que recebera o órgão sabia estar desencarnado e lembrava até haver doado as córneas a outra pessoa.
Indagaram a Chico Xavier: “Chico, você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas momentos após a desencarnação do indivíduo?”.
Respondeu o bondoso médium mineiro (“Folha Espírita”, nov/82, apud “Chico, de Francisco”, pág. 84):
“Sempre que a pessoa cultive desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma.
No caso contrário, se a pessoa se sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se perturbará”.
Anos depois dessa resposta, registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada pelas leis de Deus.
(O caso Wladimir é narrado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)
Do site “O Consolador” - Estudos Espíritas
Fonte: ESPIRIT BOOK

VISITAS ESPIRITUAIS ENTRE PESSOAS VIVAS.



O tema “visitas espíritas entre pessoas vivas” é uma sequência do estudo sobre “o sono e os sonhos”, encartado no cap. VIII da 2a parte de O Livro dos Espíritos, sob o título “Da Emancipação da Alma”. O sono ocorre quando a alma ou Espírito se desdobra[i]ou sai do corpo físico. Já os sonhos constituem as lembranças mais ou menos nítidas de fatos ocorridos durante o sono, período em que o Espírito, frequentemente, entra em contato com outros seres.
Os princípios analisados sob o título “o sono e os sonhos” se aplicam ao presente estudo, com a diferença de que, neste, o intercâmbio se dá entre os chamados “vivos”, isto é, entre encarnados.
Existe outra variedade do fenômeno, menos frequente, em que o Espírito encarnado, durante o próprio sono, visita outro encarnado acordado, podendo o visitante ser ou não visto pelo visitado. No caso de o visitante tornar-se visível ao visitado, o fenômeno é designado como “bilocação” ou “bi corporeidade”,[ii]espécie do gênero “ubiquidade”, que é a faculdade de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, na acepção do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Sendo o Espírito uma unidade indivisível, a ele é impossível estar em dois ou mais lugares simultaneamente, contudo, esta indivisibilidade não o impede de irradiar seus pensamentos para diversos lados e poder assim manifestar-se em muitos pontos, sem se haver fracionado, como acontece com a luz, que esparrama seus raios à sua volta. Contudo, nem todos os Espíritos irradiam com a mesma potência. A capacidade de irradiação está diretamente ligada ao desenvolvimento de cada um.
Uma pessoa, encontrando-se adormecida, ou num estado de êxtase leve ou profundo, pode, em Espírito, semi desligado do corpo, aparecer, falar e mesmo tornar-se tangível a outras pessoas. E, de fato, poder-se-á comprovar que estava em dois lugares ao mesmo tempo. Só que em um lugar estava o corpo físico, noutro o Espírito revestido pelo seu perispírito, momentaneamente visível e tangível.
A bi corporeidade, embora seja um acontecimento importante, tem sido ignorada por muitos, como se fosse, sempre, produto da imaginação, impressão que é reforçada pelo fato de que, na maioria das vezes, pouca ou nenhuma lembrança guardamos do que se passa durante o desdobramento, como elucida Gabriel Delanne.[iii]Isso demonstra o quanto desconhecemos a própria natureza espiritual e os nossos potenciais.
Segundo o Espírito André Luiz, em obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, ainda temos muitas dificuldades de compreender os mecanismos das alterações da cor, densidade, forma, locomoção e ubiquidade do corpo espiritual (perispírito), por não dispormos, na Terra, de mais avançadas noções acerca da mecânica do pensamento.[iv]
Kardec explica como se dá a bi corporeidade, concluindo que, por mais extraordinário seja, tal evento, como todos os outros, se enquadra na ordem dos fenômenos naturais, pois decorre das propriedades do perispírito.[v]
Indicamos para consulta o terceiro volume da Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos, março de 1860, editada pela FEB, no qual desponta uma experiência realizada por Kardec, promovida com um encarnado (Dr. Vignal), membro da Sociedade Parisiense de Estudos Psíquicos, que foi invocado durante o sono, de cujo exemplar colhemos interessantes observações comparativas entre as sensações de um “vivo” e de “um morto”, sobre as suas faculdades de ver, ouvir e perceber as coisas, entre outras informações importantes.[vi]
Excetuando-se a bi corporeidade, assim como a visita entre encarnados e desencarnados, o encontro de pessoas encarnadas durante o sono é também um fato bem corriqueiro, do qual nem sempre nos damos conta, como vimos, devido à amnésia após o despertamento do sono.
Gustave Geley (1865-1924), cientista renomado, ex-diretor do Instituto Metapsíquico de Paris, médico em Nanci, com base em suas incansáveis pesquisas, assim conceituou morte e vida, fenômenos intrinsecamente ligados ao tema ora em estudo:
“A desencarnação é um processo de síntese, síntese orgânica e síntese psíquica.
A encarnação é um processo de análise. É a subdivisão da consciência em faculdades diversas, e do sentido único em sentidos múltiplos, para facilitar seu exercício e conduzir seu desenvolvimento.”[vii](Realcei).
As circunstâncias que levam os Espíritos a se buscarem durante o sono é algo semelhante ao que se dá na Terra, quando temos vontade de visitar nossos familiares, parentes e amigos, com a diferença de que, nos encontros espirituais, estamos despojados da máscara do corpo de carne e, de certa forma, despojados dos papéis provisoriamente executados na vida de relação social.
No estado do sono, o Espírito fica preso ao corpo por uma espécie de fio condutor ou filamento,[viii]designado por Kardec como “rastro luminoso”[ix]ou “laço fluídico”,[x]por meio do qual passam as impressões e as vontades da alma até o cérebro do encarnado. O mesmo processo se dá nas outras formas de desdobramento, conscientes ou não, como no caso, por exemplo, dos fenômenos mediúnicos, em que o médium empresta seu organismo físico para as entidades se comunicarem por meio da fala (psicofonia) ou pela escrita (psicografia). Portanto, os Espíritos que não apresentam esse laço ou cordão fluídico estão desencarnados.
Há vários relatos na literatura espírita sobre a visita entre pessoas vivas, durante o sono ou desdobramento, como, por exemplo, nos episódios narrados por Kardec em O Livro dos Médiuns,[xi]em especial caso dos “Santos” Afonso e Antônio de Pádua.
Estes dois últimos foram retirados, como diz Kardec, não das lendas populares, mas da história eclesiástica:
“Santo Afonso de Liguori foi canonizado antes do tempo prescrito, por se haver mostrado simultaneamente em dois sítios diversos, o que passou por milagre.
Santo Antônio de Pádua estava pregando na Itália, quando seu pai, em Lisboa, ia ser supliciado, sob a acusação de haver cometido um assassínio. No momento da execução, Santo Antônio aparece e demonstra a inocência do acusado. Comprovou-se que, naquele instante, Santo Antônio pregava na Itália, na cidade de Pádua.”[xii](Realcei).
No homem, a vida se apresenta como se fosse uma moeda de duas faces: a do corpo e a da alma, duas fases de uma só existência. Na primeira, o Espírito está constrangido pelo esquecimento em virtude dos laços carnais, sendo que a influência da matéria é tão grande que, muitas vezes, nem se dá conta de que é um Espírito imortal. Na segunda, vendo-se livre dos laços físicos, as faculdades do Espírito ampliam-se e, conforme o caso, ele pode ajuizar um pouco melhor da sua situação de ser imortal, circunstância que influi grandemente nas suas decisões, durante a vigília.
Como a primazia é da alma, por preexistir e sobreviver a tudo, o Espírito, durante a encarnação, se sente um “prisioneiro” ou “exilado” no organismo físico, razão pela qual aproveita todas as brechas ou os momentos de desprendimento, para se retemperar no mundo espiritual, onde se encontra com os seus semelhantes, para os quais é atraído por afinidades e por interesses acalentados em seu íntimo, de acordo com o seu estágio evolutivo.
Aquele que se deu conta desta realidade, antes de se entregar ao repouso noturno, procure fazer uma prece, de modo a ter um repouso tranquilo, oportunidade em que poderá, nesses instantes de liberdade, haurir forças e consolo para continuar lutando pelo próprio progresso, “e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade”.[xiii]
Artigo publicado na Revista Reformador
Fonte: * ESPIRIT BOOK

domingo, 15 de abril de 2018

UM POUCO DO QUE DESCOBRIMOS QUANDO NOS TORNAMOS ESPRITAS

Quando eu era criança, minha família era católica, minha mãe nos levava na missa de domingo e fiz a comunhão, como era a tradição da família. Para mim a religião era isso, rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria quando estava aflita e pronto. Caridade e ação no bem era coisa para padre e freira, ou similares de outras religiões; as pessoas normais só iam à missa. Essa foi a minha fase de católica não praticante.
Na fase adulta, aos poucos, fui me interessando por reflexões mais profundas sobre a vida. Os assuntos exotéricos começaram a me chamar a atenção e li alguns livros sobre o assunto. Depois fui fazer yoga e estudávamos com a professora, na fase mais aprofundada, livros de autores hindus, suas leis morais e Os Upanishads, que era a parte final dos Vedas. Aquilo tudo fazia muito sentido para mim, mas não me completava.
Notei a existência do Espiritismo porque um casal de tios meus paternos eram espíritas. Depois, num belo dia, eu procurava um livro que me interessasse na livraria, quando olhei para uma cesta cheia de livros em oferta. Bem à vista, li “O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec”. Pensei: “Vai que sou médium e estou sendo convidada por espíritos a ler!”. Levei e quando abri, achei muito complicado. Guardei na prateleira de livros e lá ficou por um bom tempo parado.
A partir daí, o Espiritismo começou a entrar devagarinho em minha vida e comecei a ler os livros espíritas, a frequentar uma casa espírita e rapidamente entrei no Estudo da Doutrina e lia feito uma sedenta que encontra água no deserto. Finalmente tinha encontrado algo que fazia sentido, que me completava.
Existem muitas sendas para se chegar a Deus, mas a minha era essa.
No Espiritismo aprendemos que não somos “eu” mais, somos “nós”, portanto, a partir de agora não uso mais “eu” neste ensaio.
Aprendemos que a caridade é que nos salva, pois quando ajudamos os outros espontaneamente, já é uma evidência que evoluímos espiritualmente e, pela lei da ação e reação, o bem volta para nós, logo, ao fazermos os outros felizes, ficamos mais felizes. Todas as células do corpo sorriem e uma pálida luzinha se acende em nós. Não é mais só dever dos padres e das freiras ajudarem os outros. Nós somos os instrumentos de Jesus para que todos se sintam felizes. Somos médiuns dos Espíritos parecidos conosco, ou pouco mais ou menos evoluídos. Vamos viver várias vidas até que os nossos sentimentos sejam humanos de verdade, então não precisaremos viver num corpo denso de carne.
Aprendemos que um verdadeiro Espírita é o que atua, age no bem e tenta não falar mal dos outros, não julgá-los, não criticá-los, ser menos orgulhoso, menos vaidoso e menos egoísta. Mas todos nós sabemos o quanto é difícil. Jesus disse: “Sedes perfeitos”, mas sabemos que não é fácil. Custa muito caro o trabalho de “conhecer-se a si mesmo” e descobrir as sombras que não queremos enxergar, vida após vida.
Assumimos um compromisso com a casa espírita onde trabalhamos o que para os outros é fanatismo, é coisa de padre, pastor, freira etc. Aliás, lá aprendemos na prática que os maiores necessitados somos nós mesmos. Lá é onde compreendemos que a nossa cura está em nossas mãos, mas que podemos ser instrumentos de ajuda na cura das pessoas que vão pedir ajuda e dos espíritos desencarnados trazidos pelos bons espíritos da casa. Lá é o nosso ensaio de como ser com a família e com todas as pessoas. Tentamos ser igual com todos sempre, mas são tentativas, ainda erramos, muito. Aceitamos qualquer pessoa nas casas espíritas, independente do credo, cor ou sexo.
Aprendemos que precisamos ser muito resolutos e disciplinados para treinar o nosso teimoso cérebro, que se acostumou a fazer tudo automaticamente de acordo com o ego, não com o bom senso. Descobrimos que somos totalmente responsáveis por absolutamente tudo que nos acontece. Isso nos dói, por isso muitos fogem.
O ideal do Espírita é ser bom, melhorar-se, conhecer-se, assim aprimorando a mediunidade para sintonizar-se com espíritos bons.
E sobre a humildade? Emmanuel, o Espírito mentor de Chico Xavier, nos orientou: “Seja humilde para evitar o orgulho, mas voe alto para alcançar a sabedoria”. Isso implica o uso da razão. Precisamos saber mais, crescer intelecto e moralmente, mas não precisamos sair por aí nos jactando, pois somos espíritos endividados e com muito a crescer e não somos melhor que ninguém, se temos o que temos foi pura misericórdia divina, recebemos muito mais do que merecemos.
Jesus nos ensina que se conhece a árvore pelos frutos que dá. Graças a Deus, o Espiritismo tem dado bons frutos. É só fazer uma busca no google e ver as obras de caridade do espiritismo pelo Brasil e pelo mundo. Existem outras organizações no planeta que fazem muita caridade, pois são vários os caminhos a Deus. Qualquer um pode ser bom e conquistar o Reino do Céu que Jesus falava, é só se esforçar e agir, pois temos Deus na nossa consciência. Isso, aprendemos no Espiritismo também. E muito mais que está na Codificação de Kardec e em muitas outras obras psicografadas por grandes espíritas.
Aprenderemos também que o Espiritismo avança lado a lado com a ciência, explicando sobre forças imateriais sensíveis pelos sentidos humanos, não pelos olhos que vêm a matéria. E mostra que vamos evoluindo até ser um espírito de Luz; qualquer um pode, é só querer curar-se.
As pessoas normais a que me referi no primeiro parágrafo são as sem religião, materialistas, com a consciência adormecida, centrados em si mesmos, mas agora, o planeta está numa transformação e todos os “normais” estão sendo convidados por Jesus a serem anormais, ou seja, aceitarem Deus e acordar para a vida verdadeira. Ele nos fala no Seu Evangelho que o Espiritismo é a terceira tentativa para alertar os que dormem. Estamos na undécima hora, mas tem vaga ainda para merecer herdar a terra, mas precisamos ser mansos de coração, bem com Jesus mostrou e mostra, porque Ele nunca nos deixou e quem nunca foi não precisa voltar.
A descoberta disso tudo é uma salvação. Agradeçamos a Jesus, a Espiritualidade Maior, a Deus, que nos enviou Kardec e todos os outros que o sucederam e solidificaram o Espiritismo que tem salvado muitas vidas encarnadas e desencarnadas no Planeta Terra. Agradeçamos por sempre estarem conosco. Que bom ser anormal!

Maria Lúcia Garbini Gonçalves


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...