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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

“O VALE DOS SUICIDAS”

O vale dos suicidas é uma região do umbral onde os espíritos desencarnados que praticaram o suicídio quando em vida se agrupam pela lei da atração ou afinidade, uma das leis universais, que pode ser traduzida na máxima “Os iguais se atraem”.
A médium Yvonne Pereira, em seu livro psicografado “Memórias de um suicida”, descrito pelo espírito Camilo Castelo Branco, fala do Vale dos Suicidas, onde os seres desencarnados suicidas vivem os mesmos dramas, dores e aflições, agrupando-se no mesmo vale das trevas.
Da mesma forma, agrupam-se também nas trevas, em vales, por afinidade, os espíritos ligados às drogas, à loucura, aos desequilíbrios sexuais, às guerras, aos abortos.
Mas todo suicida vai parar no Vale dos Suicidas?
Na minha experiência clínica, após conduzir mais de 20.000 sessões de regressão pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual, onde os pacientes descrevem suas vidas passadas no umbral após terem praticado o suicídio, posso afirmar que cada caso é um caso.
Muitos – após cometerem o suicídio na vida pretérita – ficam presos ao local do crime, pois não conseguem se libertar por terem transgredido a lei da vida.
Eu me recordo de uma paciente que numa existência passada fora um general autoritário, vaidoso, arrogante e centralizador. Numa das reuniões com seus comandados foi questionado por um auxiliar de sua estratégia de guerra equivocada, onde iria colocar em risco a vida de suas tropas.
Mandou o auxiliar calar a boca por se sentir afrontado em sua autoridade. Mas seu auxiliar estava certo, pois toda a tropa fora dizimada, inclusive seu filho (o general não sabia que ele fora convocado para participar dessa batalha).
Desolado, cabisbaixo, viu seu filho e os soldados ensanguentados, mortos no chão. Pegou o corpo do filho e o enterrou. Após isso, subiu em seu cavalo e foi em direção a um estábulo e pegou uma corda, jogando-a por cima de uma viga do teto, e deu cabo à sua vida, enforcando-se. Após o suicídio, em espírito, ficava observando seu corpo físico balançando na corda.
Não conseguia sair da cena do crime e, mesmo após um longo tempo, continuava vendo seu corpo se decompondo. Transcorrido muitos e muitos anos, apareceu uma senhora vestindo uma túnica branca – era sua mentora espiritual – que lhe disse que havia chegado o momento de sair daquele local e o levou para o plano de luz.
Eu me recordo também de outra paciente, cujo tio, irmão de seu pai, e que havia se suicidado em seu quarto dando um tiro em sua cabeça, apareceu em espírito numa de suas sessões de regressão em meu consultório pedindo ajuda.
Ele não conseguia sair daquele quarto, pois se sentia culpado, bastante arrependido por ter tirado sua própria vida. A paciente orou muito por ele, emanando-lhe diariamente a luz dourada de Cristo, até que em uma das sessões de regressão, seu tio foi levado pelos seres amparadores de luz para uma Luz Maior.
Quero finalizar esse artigo dando um recado aos que pensam em suicídio. O suicídio não é a solução. O suicida materialista pode achar que seja a porta de saída para seus problemas, mas, para o espiritualista que acredita que a vida continua após a morte do corpo físico, o suicídio é porta de entrada para mais problemas, dores e aflições.
Autor desconhecido

Fonte: Mensagem Espirita

“CUIDADOS QUE SE DEVE TER COM DOENTES TERMINAIS. OS MESES FINAIS DE QUEM ESTÁ DESENCARNANDO. ”

A jornada na Terra sempre chega ao fim. Algumas vezes é necessário que o processo da velhice, doença e morte seja acompanhada de perto por alguém.
Esta pessoa pode ser você, que terá a responsabilidade de garantir o respeito, a dignidade e o conforto físico de seu parente amado.
Acredito eu que não exista gesto mais nobre de amor. Tenho a certeza que também não existe momento mais oportuno para o aprendizado e para a vivência espiritual.
Muitas pessoas sentem-se desconfortáveis frente à morte. Mas, acredite, para o espírito é um momento belo e grandioso. Este texto tem a missão de desmistificar a morte, facilitar sua vida ao lado da pessoa que se prepara para partir e te ajudar a viver plenamente o amor que existe dentro de você (sem medo e sem receio).
"A separação da alma e do corpo é dolorosa?
— Não; o corpo, frequentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.
No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase, que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?
— A alma sente, muitas vezes, que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito."
Ajudar alguém nos últimos meses ou anos é uma das maiores responsabilidades que alguém pode ter. Sob certos aspectos é bem mais difícil que criar uma criança. A criança coleciona conquistas, o idoso ou o doente coleciona dificuldades. Mas, porém, virão conquistas; conquistas para o espírito e para o amadurecimento pessoal. Nesta fase os grandes ganhos não são exteriores, são interiores.
Tenha claro esta realidade: há muito aprendizado nos últimos anos de vida.
E mais, são alguns dos aprendizados mais importantes para o futuro do espírito.
Uma criança nasce e aprende a falar e a andar. São ganhos que parecem grandes, mas que se perdem com o falecimento. Já os aprendizados dos últimos anos são realmente centrais para o espírito. Por exemplo: uma pessoa muito orgulhosa, ao se ver necessitada de ajuda, descobriu na humildade a paz que lhe faltou por toda a vida. Ela dizia: "Meu Deus, porque não aprendi a viver assim antes?" Não aprendeu antes, mas aprendeu quando as limitações físicas se fizeram mais fortes.
Alguém poderia dizer; "antes tarde do que nunca". Quem conhece a vida espiritual sabe que NUNCA é tarde para esta transformação positiva. Esta transformação será muito importante por décadas e séculos.
Por isto, não fique tão triste com as perdas que acompanham a velhice e as doenças. São oportunidades únicas. São oportunidades importantíssimas.
Primeiro porque "tira de cima da pessoa" o peso da sociedade. A sociedade é uma prisão brutal para grande parte das pessoas. Somos orgulhosos, esta é a verdade. São raríssimos os seres humanos que não são orgulhosos. A doença e as limitações da idade jogam por terra grande parte das vaidades, orgulho e desejo de ser aceito (os místicos dizem: tudo desaba). É um choque que coloca o ego da pessoa lá embaixo; algumas até deprimem. Mas, a queda do ego é a porta aberta para a emersão do que é realmente importante para o espírito.
São bilhões de pessoas que tem na velhice e nas doenças as últimas oportunidades para realizar seu progresso espiritual.
Importante: aprenda a olhar para a pessoa amada como um espírito que dá os últimos passos e que tem as últimas oportunidades de realizar conquistas nesta vida (nesta encarnação).
O corpo perde, mas o espírito pode ganhar. O corpo vai finalizar, mas a vida espiritual ainda é longa. Por isto, tranquilize-se com as perdas. Tenha serenidade para acompanhar estas perdas. Cuide com carinho, mas treine-se para o desligamento. Aceite cada passo que a natureza der; traga conforto e use sempre um diálogo espiritualizado para facilitar o entendimento e a superação das dificuldades.
Treine com a mensagem de Jesus: "seja feita a Sua vontade". Nada é perda, tudo é transformação. Tenha paciência, porque você é apenas alguém que acompanha uma trajetória que é muito pessoal e especial - a trajetória do seu ente querido até a libertação do corpo.
Veja a morte como saudade para quem fica e liberdade para quem vai. É uma libertação, porque chegará um momento em que os aprendizados serão pequenos; este é o momento de voltar para a vida espiritual.
As pessoas tem medo da morte, porque não confiam de fato na realidade espiritual. A morte é dar um salto de confiança rumo a um novo nascimento, desta vez para a vida sem o corpo físico. A morte "bem morrida" é uma morte repleta de confiança. É caminhar para o que o corpo desconhece com a confiança de que ali está o melhor para si mesmo.
A morte é, na imensa maioria das vezes, o melhor que a pessoa pode esperar. Mesmo uma mãe que deixa seus filhos pequenos deve se soltar e entrar em confiança: "este é o melhor caminho". Estamos treinados para perceber a morte como ruim, como triste, como sofrimento. Dizemos do morto: "coitado!" Esta ideia é fruto de uma concepção errada. Do outro lado há, muitas vezes, uma festa. É chegada a hora, o melhor está acontecendo, existem reencontros - porque não seria festa?
"O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
— Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar."
Allan Kardec - O Livro dos Espíritos
Se este texto for útil para você, será para outras pessoas. Portanto, te convido a divulgar o link deste texto.
Autor: Regis Mesquita
Fonte: http://www.nascervariasvezes.com


“QUANDO EU SOFRO POR QUEM MORREU ISSO PODE FAZER O ESPIRITO DESSA PESSOA SOFRER? ”

Todas as pessoas que vivem nesta escola de preparação espiritual chamada Terra já passaram pela experiência de ver partir entes queridos para um local que a maioria não consegue bem definir. Acidentes violentos, enfermidades inesperadas, crimes hediondos, ou até mesmo situações banais, são apenas algumas das formas pelas quais todos os dias milhares de seres partem deste mundo rumo ao desconhecido.
A dor é ainda maior quando a morte arrebata de nosso convívio pessoas que nos são tão caras. Como dói a um pai sepultar o corpo do filho; a uma esposa que não terá mais a mão amiga do marido; a um irmão privado da convivência com a irmã; ou simplesmente a ausência física dos amigos queridos! Todos eles partem deixando em nossos corações a doce brisa da saudade.
Como conciliar tamanha dor com a justiça e a bondade do Pai, o Criador? Como explicar o amor de Deus que permite que criaturas tão amadas sejam tiradas de nós dessa forma? Qual a explicação para a morte daqueles que se vão em tenra idade, com todo um futuro promissor pela frente? E qual seria o motivo que pudesse justificar as enormes dores que levam à morte pessoas que desde o berço sempre cultivaram a bondade, a humildade e a simplicidade para com seus semelhantes?
Diante de tudo isso, chegamos inevitavelmente a uma encruzilhada: ou não existe reencarnação e Deus nem de longe é o Pai amoroso, justo e misericordioso que Jesus nos apresenta em seu Evangelho, ou então existe reencarnação e Deus é, de fato, um Pai que ama todos os seus filhos indistintamente, concedendo a cada um deles os meios de resgatarem seus erros do passado, harmonizando-se com as leis divinas. Se as pessoas parassem para analisar tais situações, se convenceriam facilmente da segunda opção, esta fascinante realidade que nós, espíritas, já conhecemos.
É claro que não seremos hipócritas a ponto de afirmar que não sentimos a morte de nossos entes queridos. Não há dúvida de que sentimos, pois a ausência física das pessoas que amamos dói bastante e esta dor independe da opção religiosa daqueles que permanecem na Terra. Contudo, o Espiritismo nos oferece algo a mais. As religiões pregam a existência do Espírito, mas muitas estão vinculadas a dogmas ou interesses obscuros e imediatistas que não permitem aos seus seguidores uma análise imparcial e racional sobre o assunto.
Só a Doutrina Espírita é capaz de esclarecer o que acontece com a alma antes do berço e depois do sepulcro. Como? Vejamos alguns pontos, considerando que o Espiritismo é um doutrina de tríplice aspecto: filosófico, científico e religioso.
Do ponto de vista filosófico, ao examinar as questões mencionadas acima, a Doutrina dos Espíritos oferece respostas a todas elas, nos convidando a raciocinar em termos da grandeza da criação, bem como da justiça e do amor de Deus para com todas as criaturas. Encontramos nos ensinamentos de Jesus e dos espíritos superiores a orientação e o consolo que amenizam nossas dores e sofrimentos.
O esclarecimento espírita, sempre pautado pela razão, pela lógica e pelo bom senso, eleva nossa visão a níveis nunca antes imaginados. Demonstra, com segurança, que somente através do conhecimento de princípios e leis universais como reencarnação, evolução, causa e efeito e livre-arbítrio, pode o homem encontrar as verdadeiras respostas para os mais diversos questionamentos feitos ao longo da história da humanidade.
Mas, o Espiritismo não nos força a aceitá-lo. Ao contrário, nos convida a examinar seus postulados com serenidade, comparando-os com tudo o que observamos ao nosso redor no dia-a-dia. Ao invés de simplesmente repelir tais ideias, veja se há no mundo alguma outra doutrina ou sistema capaz de elucidar todas essas questões de forma tão racional e coerente. Não temos a menor dúvida em afirmar que você não encontrará.
Kardec, durante os trabalhos da codificação espírita na segunda metade do século XIX, advertia para o fato de que a fé cega já não era mais para aquela época. Hoje, em pleno século XXI, quando o homem se vê a braços dados com tanta evolução no campo do intelecto, é nítido que vivemos um período onde precisamos considerar a razão como elemento fundamental para a iluminação e o fortalecimento de nossa fé. Todo aquele que questiona, tendo como base a fé raciocinada, naturalmente concluirá quanto a excelência e a veracidade dos fundamentos da Doutrina Espírita.
No que tange ao seu aspecto científico, o Espiritismo tem na mediunidade o seu principal instrumento de confirmação da existência do plano espiritual e da possibilidade de intercâmbio entre os espíritos e os homens. As respostas que a filosofia espírita nos proporciona são ratificadas pelas próprias almas daqueles que já viveram na Terra e que agora, sem as limitações do corpo material, nos trazem notícias e informações de sua situação nas outras esferas.
É através do intercâmbio mediúnico que aprendemos com os bons espíritos e temos a oportunidade de auxiliar aqueles que se encontram em situações menos fáceis no Além Túmulo. São, portanto, os espíritos que nos dão a certeza da imortalidade da alma, demonstrando que o que morre é apenas o corpo físico e que os nossos entes queridos que já partiram são, assim como nós, viajantes do Cosmo, herdeiros imortais do Pai Celeste.
O Espiritismo não é apenas uma doutrina filosófica de comprovação científica. Seus ensinamentos conduzem os adeptos a uma nova visão da vida e, consequentemente, a um processo de renovação íntima, cuja base é o Evangelho de Jesus.
Afirmamos que o Espiritismo é religião porque a sua moral permite-nos religar a Deus em espírito e verdade, sem rituais, sem dogmas, mas sim através da prática do bem, único caminho que nos coloca em sintonia com a Espiritualidade Superior. Nas imorredouras lições do Cristo, Allan Kardec fincou as raízes da Doutrina, sinalizando que a moral ensinada pelo Mestre de Nazaré é a base da verdadeira religião universal: o Amor.
Com o estudo das chamadas obras básicas da Codificação e outras de inegável valor doutrinário, além, é claro, do Evangelho, encontramos respostas consoladoras e elucidativas para todos problemas. O absurdo de uma morte prematura ou a incoerência dos sofrimentos inenarráveis vividos por uma boa pesssoa, encontram respostas nas opções feitas e nas ações realizadas em vidas passadas.
Há que se reconhecer que, dentre as várias moradas da casa do Pai, somos moradores de uma que ainda está longe de ser o paraíso que todos almejamos. Em planetas de provas e expiações como o nosso, reencarnam espíritos que guardam graves compromissos com as leis divinas, a exigirem, no tempo e local apropriados, as devidas reparações.
Diante de situações tão difíceis quanto às que citamos, somos compelidos a buscar o entendimento de suas causas. Quando não as encontramos nesta existência, naturalmente somos levados a compreender que elas se encontram nas existências pretéritas. Há um axioma científico que afirma não existir um efeito sem causa. Ora, se sofremos, há que existir uma causa para este sofrimento.
Os pais humanos por mais imperfeitos que sejam, não punem seus filhos e não os deixa sofrerem sem que seja necessário, mediante um motivo justo. Imagine então o nosso Pai Celestial! Desde que admitamos que Deus, Inteligência Suprema e Causa Primária de todas as coisas, possui todos os atributos em grau ilimitado, inclusive a justiça, a misericórdia, a bondade e o amor, chegaremos a conclusão de que a causa ou as causas de nosso sofrimento são também justas e necessárias à nossa evolução espiritual.
As leis divinas sempre favorecem o indivíduo em sua caminhada ascencional, através de inumeráveis processos educativos, de forma a facultar-lhe as oportunidades de reparação de erros, bem como a aquisição de conhecimentos e virtudes indispensáveis ao processo evolutivo.
Se você chora a perda de um ente querido, que suas lágrimas sejam de saudade, de respeito, de reconhecimento e de gratidão a Deus por ter lhe permitido desfrutar de prazeirosa companhia por algum tempo. Lembre-se que a morte é um fenômeno natural que, simplesmente, retira de nós a vestimenta carnal e nos permite retornar à verdadeira pátria com o nosso corpo espiritual.
Mudamos de roupa e de casa, mas continuamos existindo, em outra dimensão, mantendo nossa individualidade e nossas tendências e gostos. Que suas lágrimas não sejam de revolta, de dor, de lamentação e nem de reclamações contra o Criador. O choro desta natureza prejudica muito os espíritos que aportaram recentemente no mundo espiritual e que precisam, nestes momentos, de preces e boa vibrações para auxiliá-los a se adaptarem à nova realidade.
Quando seus olhos buscarem os entes queridos que já partiram para o Mais Além, não olhe para baixo. Olhe para as estrelas ou simplesmente para seu lado. Se eles não estiverem te observando do alto, pode ser que estejam velando por você ao seu lado. Quando sua mente ou seu coração sentir aquele aperto de saudade daqueles que já não estão mais no mundo físico, eleve seus pensamentos e sentimentos a Jesus e entregue ao Mestre suas melhores vibrações. Ele se encarregará de encaminhá-las aqueles que você tanto ama.
ESPIRITISMO BH | Valdir Pedrosa

Fonte: Chico de Minas Xavier

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

“A MULHER ADÚLTERA NO CAMINHO DA REPARAÇÃO. ”

Na passagem evangélica da Mulher Adúltera, a narrativa de João Evangelista resume-se até a absolvição dela. O espírito Amélia Rodrigues, em o livro Pelos Caminhos de Jesus, pela psicografia de Divaldo Franco, nos conta que naquela mesma noite a mulher procurou o Mestre para mais elucidações. Abriu seu coração relatando-Lhe suas fraquezas, o abandono do marido que se entregara às noitadas junto dos amigos e da tentação de que não fora capaz de suportar. Reconhecia que nada desculpava sua atitude, o que denotava arrependimento. Continuava sua exortação preocupada, pois não poderia contar com ninguém já que fora levada a execração pública. Nem com a ajuda de seu pai, tampouco de seu marido. Todos a abandonaram.
O Mestre lhe indicou a necessidade de uma mudança, pois em Jerusalém não haveria espaço para um recomeço, tendo em vista tudo o que aconteceu. Ela sentiu nas entrelinhas que deveria buscar novos ares, onde pudesse viver sem a sombra do erro cometido. Na despedida, Jesus a confortou: “Há sempre um lugar no rebanho do amor para ovelhas que retornam e desejam avançar. Onde quer que vás estarei contigo e a luz da verdade no archote do bem brilhará à frente, clareando o teu caminho”.
DIVULGADORA DA BOA NOVA
Dez anos transcorreram e vamos encontrar nossa personagem em Tiro, em casa humilde, onde recebia companheiros enfermos e abandonados. Um pouso de amor ela erguera. Não esquecera jamais a passagem com o Messias. Tornara-se uma divulgadora da Boa Nova alentando almas, enquanto limpava as chagas dos corpos doentes. Encontramos aí sua expiação. Através dos trabalhos redentores se redimia perante a Lei de Causa e Efeito. Mas faltava a reparação final: faltava-lhe apagar totalmente de sua consciência o ato praticado dez anos atrás àquele que ofendera com o adultério. Faltava compensar o ofendido.
Continua Amélia Rodrigues informando que durante uma tarde, trouxeram-lhe um homem desfalecido. Ela tratou de suas chagas, deu-lhe alimento revigorante que lhe aliviou as dores. Em seguida lhe ofereceu mensagem falando de Jesus. Emocionado, o homem confessa que conhecera o Doce Rabi em um fatídico dia em Jerusalém e desde então nutrira amargo sentimento pelo Mestre Jesus. Guardava terrível raiva, pois o Mestre salvara a esposa adúltera, porém, para com ele não guardara nenhuma palavra de consolo. Confessara então que o tempo o fez meditar como se equivocou em seu julgamento em Jerusalém. Buscava encontrar a companheira e a procurou em muitos lugares sem êxito, até que a doença lhe visitara o corpo, consumindo-lhe as energias. Embargada pelas emoções se recordara a mulher de todo o fato. Reconheceu o companheiro do passado e sem revelar-lhe quem era, disse-lhe: “Deus é amor, e, Jesus, por isso mesmo nunca está longe daqueles que O querem e buscam”.
A CURA DA ALMA
Encontramos nesta bela narrativa, queridos leitores, a afirmação de que o amor liberta definitivamente, cura todas as chagas de nossas almas, inclusive as feridas causadas pelos nossos irmãos de jornada. Mas, devemos seguir o exemplo da mulher adúltera e transpormos as barreiras do passado, buscarmos firmes através das lutas do cotidiano as oportunidades para o reajustamento definitivo. Ressaltamos também que o decurso de tempo é necessário neste processo, aliado ao esclarecimento através do Evangelho exemplificado pelo Mestre Jesus, aprofundado com os ensinamentos da Doutrina dos Espíritos. A necessidade de renovação íntima e moral, e também de que em toda infração cometida à Lei de Deus, nascem o arrependimento, expiação e reparação.
André Afonso Monteiro
Fonte: Correio Espirita
Bibliografia:
- Dias, Haroldo Dutra. João, capítulo 8, O Novo Testamento/ tradução de Haroldo Dutra Dias. – 1. ed. 2. imp. – Brasília: FEB, 2013.
- Rodrigues, Amélia (Espírito). Atire a primeira pedra. Luz no Mundo/ pelo Espírito Amélia Rodrigues; [psicografado por] Divaldo Pereira Franco. Salvador: LEAL, 1971.
- Rodrigues, Amélia (Espírito). Encontro de reparação. Pelos Caminhos de Jesus/ pelo Espírito Amélia Rodrigues; [psicografado por] Divaldo Pereira Franco. Salvador: LEAL, 1988.
- Kardec, Allan, 1804-1869. Código penal da vida futura. O Céu e o Inferno, ou, A Justiça Divina Segundo o Espiritismo/ Allan Kardec; tradução de Albertina Escuderio Sêco. – 2. ed. – Rio de Janeiro: CELD, 2011.
- www.feparana.com.br. Site federação Espírita do Paraná. Artigo a Mulher Equivocada.


“AS DORES DA ALMA, AS DOENÇAS E O CARMA”

O Espiritismo tem as respostas para essas e outras questões envolvendo nossa saúde, e que dizem respeito à maneira que escolhemos para viver nossa existência terrena.
Todos nós já nos questionamos, em algum momento de nossas vidas, o porquê de um determinado sofrimento, de uma dor ou mesmo, de uma doença. Por que precisamos do sofrimento? Não haveria uma outra forma menos dolorosa de aprendizado de vida?
Igualmente intrigante é a relação existente entre o sofrimento e o carma. Esse é um termo bastante utilizado pelas pessoas e, quase na mesma proporção, mal compreendido. O Espiritismo tem respostas para todas essas questões.
Alguns autores dedicaram alguns capítulos de seus livros para o esclarecimento dessas dúvidas. São questões complexas, mas que podem ser assimiladas com uma certa facilidade.
Os autores que nos auxiliam nesse entendimento são a mentora espiritual Joanna de Ângelis, que no livro Plenitude, psicografado por Divaldo Pereira Franco, nos apresenta a visão que a Doutrina Espírita tem do sofrimento, incluindo o sofrimento cármico e os aspectos provacionais e expiatórios.
O outro autor, Dr. Roberto Brólio, médico formado em 1951 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é um profissional que atua na área de saúde e se envolve em pesquisa e estudo profundo dos ensinamentos espíritas.
Inicialmente, de acordo com a mentora espiritual, a Doutrina Espírita nos diz que “o homem é a síntese das suas próprias experiências, autor do seu destino, que ele elabora mediante os impositivos do determinismo e do livre-arbítrio”.
Ela acrescenta que a vida são os acontecimentos de cada instante a se encadearem incessantemente. Uma ação provoca uma reação correspondente, geradora de novas ações, e assim sucessivamente.
O indivíduo é o resultado de suas atividades anteriores. No caso de ter praticado atos prejudiciais a si mesmo ou a outras pessoas, de ter tido uma experiência danosa, os efeitos nem sempre irão se apresentar imediatamente. Muitas vezes eles se manifestarão após uma ou algumas reencarnações.
Cedo ou tarde, os resultados surgirão em busca de reparação. Para as experiências construtivas, do bem, acontece o mesmo. Elas irão se refletir no comportamento do indivíduo, posteriormente.
Até aqui como pudemos apreender, são as ações que determinam as reações, ou o retorno. Essa é uma verdade, uma lei natural que governa as relações espirituais, mas que no campo da física é conhecida como Lei de Ação e Reação ou, terceira Lei de Newton. A Lei de Ação e Reação declara que “toda força impulsionada numa dada direção, origina outra força de igual intensidade, mas de sentido contrário”.
Ao pensar e agir, o ser humano está liberando forças. O pensamento é uma forma de energia, um fluxo energético que flui da alma através do cérebro. Se a orientação dada pela alma aos pensamentos e atitudes forem positivas, teremos um retorno positivo; se forem negativas, o efeito ou retorno será compatível com a força gerada, de igual intensidade.
Retomando as explicações de Joanna de Ângelis, temos os dois aspectos que podem se apresentar como sofrimentos humanos de natureza cármica: a provação e a expiação. Os dois aspectos têm como objetivos educar e reeducar visando o crescimento íntimo das criaturas, na busca da plenitude.
A “provação é a experiência requerida” ou proposta pelos guias espirituais. Isso ocorre antes do renascimento, da reencarnação. O guias espirituais examinam as fichas de evolução, avaliam as probabilidades de vitória e os recursos ao alcance do espírito que irá reencarnar.
Os recursos são apresentados como tendências, aptidões, limites e possibilidades, dores suportáveis e alegrias que possibilitem um resultado educativo. A mentora Joanna de Ângelis mostra a diferença entre essa experiência de vida, que se manifesta de maneira suave, porém educativa, e as expiações que são impostas, irrecusáveis.
As “expiações constituem a medicação eficaz”, a cirurgia corretiva para o mal que se agravou. Esse recurso se aplica à criatura reincidente que, já tendo passado pela etapa educativa da provação, agravou sua situação por rebeldia ou por alucinação proposital.
Estão incluídos nesse caso os suicidas premeditados, os homicidas frios, adúlteros contumazes, os exploradores de vida, vendedores de prazeres viciosos tais como as drogas alucinógenas, o sexo, o álcool, os jogos de azar, a chantagem, e muitos artigos da crueldade humana catalogados nos estatutos divinos.
As expiações podem ser atenuadas, porém não sanadas. Enquanto as provações são uma forma de sofrimento reparador que promove; com a experiência expiatória ocorre apenas uma restauração do equilíbrio perdido.
Toda aprendizagem propõe esforço para ser assimilada, e toda ascensão exige persistência, força e valor moral. Cada ser vive com a consciência que estrutura. Os códigos impressos em profundidade na consciência recolhem as ressonâncias como experiências reparadoras ou aqueles que propiciam a libertação.
Sobre a “Lei do Carma e as doenças cármicas”, temos a abordagem apresentada pelo Dr. Roberto Brólio, no livro Doenças da Alma (FE Editora). Segundo ele, a Lei do Carma pode ser entendida como decorrente da Lei e Causa e Efeito, do retorno ou reciprocidade.
Ele nos diz que toda ação praticada tem o seu retorno equivalente e em sentido contrário. Quando uma pessoa não tem disciplina mental para controlar os seus atos, cometendo falhas durante sua existência, como conseqüência terá de enfrentar o retorno, nesta ou em vida futura.
A palavra “carma vem do sânscrito”, antigo idioma hindu consagrado aos cultos nos templos iniciáticos, e significa causa e efeito ao mesmo tempo. O carma não tem a finalidade de punir, mas de harmonizar espiritualmente o ser humano, com a “Lei da Evolução”, libertando-se da estagnação causada pelas faltas cometidas.
Todas as faltas cometidas pela pessoa ficam registradas no perispírito, e se manifestarão como problema de retorno – doenças ou perturbações cármicas.
Todos os pensamentos, emoções, sentimentos e atos praticados pela pessoa durante sua existência atual geram carmas específicos. Esses somam-se ao carma que traz de vidas passadas, e seus efeitos expressam o saldo favorável ou desfavorável na vida presente.
A “Lei do Carma” coordena, ajusta e realiza, no nível perispiritual, registrando tantos as ações favoráveis como as desfavoráveis, afirma o médico. As doenças cármicas podem ser o resultado de algum dano causado pela própria pessoa ao seu organismo.
São muitas as maneiras que o ser humano encontra para prejudicar o próprio organismo: o uso de drogas, bebidas alcoólicas, cigarro, uso sem controle de medicamentos psicotrópicos, utilizados no tratamento de distúrbios mentais; conduta agressiva, uso de violência, maldade, exploração dos semelhantes em suas diferentes modalidades, hábito de se entregar a pensamentos negativos; ódio, raiva, ciúme, inveja, tristeza, maledicência, melancolia, insatisfação; desvio da sexualidade, estados de vida pautados na ociosidade, corrupção, leviandade; irresponsabilidade no desempenho de posições administrativas ou sociais, prejudicando os semelhantes e constituindo um mau exemplo para a sociedade.
Todas essas ações causam danos à alma e também certos comportamentos aparentemente inofensivos como, por exemplo, o não aproveitamento das oportunidades proporcionadas durante a existência terrena, gerando má colheita no futuro. O esforço para ser útil a si mesmo e ao próximo devem ser compatíveis com as condições de saúde e com a realização de alguma modalidade de trabalho.
Com relação às manifestações das doenças cármicas, o Dr. Brólio nos diz que, respeitadas as leis da hereditariedade, o Espírito atua no ser humano como modelo organizador biológico, desde a formação da célula-ovo, transmitindo para o corpo físico as impressões registradas no perispírito.
Portanto, é o próprio espírito que projeta no organismo em formação as impregnações cármicas, assumindo a responsabilidade por seus atos. Também é ele que atua sobre as células, realizando modificações a partir de ações que trazem a cura das doenças.
As malformações e males congênitos, bem como predisposição para um grande número de doenças e transtornos que ocorrem durante a vida, estão inclusas como impressões que foram arquivadas no perispírito. As doenças cármicas podem acometer as pessoas em todas as idades.
As perturbações que se enquadram como doenças cármicas são: algumas limitações orgânicas e psíquicas, certas formas de paralisia, patologias congênitas sem possibilidades de reequilíbrio, certos casos de esquizofrenia, algumas modalidades de câncer, de doenças degenerativas, a tendência para os vícios, para a agressividade, alguns casos de acidentes individuais ou coletivos, certas neuroses, síndromes do medo, de angústias, de ansiedade incontida, de insônia, de depressão, de pânico.
Ainda como manifestações cármicas, revela-nos o Dr. Brólio, enquadram-se certas injúrias, desigualdades sociais e econômicas, as dificuldades para realizações pessoais no estudo, nas artes e em alguns empreendimentos da vida. Assegura o médico que o carma indica o caminho para a libertação, para seu progresso espiritual. A própria consciência das criaturas conhece as causas do seu sofrimento cármico.
Em muitos casos, o comportamento das pessoas é semelhante à de almas penadas que sofrem em silêncio, embora existam aquelas que lastimam o tempo todo, sem achar qualquer alívio para suas angústias e dores.
A dor, o sofrimento e as dificuldades têm um significado: a busca de reaproximação com o Pai. A aceitação é um passo muito importante, e também o entendimento de sua transitoriedade. Ao serem sanados os problemas, as portas para uma nova vida se abrirão. As doenças e transtornos cármicos não podem, de forma alguma, ser vistos como uma condenação. Com a correção dos eventos do passado, o ser humano restaura o equilíbrio espiritual perante as leis do universo.
Para compreendermos melhor como as doenças e transtornos se desenvolvem, o Dr. Brólio esclarece, primeiramente precisamos compreender que o ser humano é formado de “corpo e alma”. O corpo tem uma estrutura energética, e evolui por meio do processo das reencarnações. A constituição orgânica do corpo físico é visível, palpável, ponderável, mensurável, podendo ser examinado minuciosamente até o interior das células.
A alma e sua estrutura energética, de natureza divina, apresenta a mesma forma e dimensão do corpo humano. Está ligada ao corpo humano. Está ligada ao corpo físico através do perispírito ou corpo espiritual. O perispírito interpenetra toda a estrutura orgânica, chegando até as células. Após esse raciocínio, o Dr. Brólio apresenta as doenças da alma e seu desenvolvimento.
Ele afirma que as doenças da alma têm um agente mórbido, o pensamento impregnado de emoções negativas. Esse agente chega até o interior das células, através do perispírito. Como já foi dito, a alma projeta sobre o corpo físico as vibrações boas ou más, arquivadas no perispírito, de acordo com a Lei de Reciprocidade ou Causa e Efeito.
Os pensamentos impregnados de emoções negativas podem atuar de diferentes maneiras, prejudicando os seres humanos. Quando movidos pelas emoções de ódio, inveja, ciúme, violência, crueldade, causam males às pessoas que as recebem e, de igual modo, a quem emitiu a emoção.
Como “os pensamentos são dotados de ideoplasticidade”, formam uma “névoa que envolve o campo mental” das pessoas que os emitem e das pessoas que os recebem. A constância dos pensamentos negativos atua causando um verdadeiro desequilíbrio à estrutura psíquica, muitas vezes possibilitando um comportamento estranho, anormal, desajustado.
Alguns desses comportamentos apresentam reações que inicialmente se manifestam por diferentes formas de insatisfação do ego, como a ansiedade, insegurança, angústia, frustração, aflição, raiva. Posteriormente, são atraídos pela fascinação aos vícios, distúrbio da sexualidade, volúpia, comportamentos anti-sociais como o roubo, o estupro e o sequestro, entre outros.
Existem formas atenuantes dessa modalidade de comportamento, assevera o Dr. Brólio; são aquelas em que as pessoas se comprazem em passar horas em bares, tomando bebidas alcoólicas, fumando, ocupando-se em conversas ou em entretenimentos fúteis, em jogos de baralhos e outros, perdendo precioso tempo em comentários sobre os seus semelhantes ou sobre fatos desagradáveis.
Há também outras formas de insatisfação do ego presentes nas pessoas que, inconscientemente, apelam para reações negativas que trazem um certo prazer ou satisfação íntima.
Essa modalidade de comportamento apresenta-se como masoquismo, e as pessoas que sofrem de algum tipo de masoquismo frequentemente vivem procurando doenças para justificar seus problemas. Queixam-se de sintomas de males orgânicos ou psíquicos e também de doenças imaginárias.
Todas as modalidades de ações causadoras de distúrbios, levantadas pelo Dr. Roberto Brólio, merecem ser destacadas. Ficamos, porém, com uma importante ponderação para finalizar o assunto. Ele ressalta que são muitas as modalidades de ações causadoras de distúrbios, mas muitos casos passam despercebidos ou não recebem a devida importância por parte dos profissionais de saúde.
Dr. Roberto Brólio – Médico-
Fonte: Mensagem Espirita


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

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