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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

“ALMAS ENFERMAS. A REENCARNAÇÃO É DEFINITIVAMENTE O REENCONTRO DE ALMAS ENFERMAS. ”

Conta-nos Irmão X, pela psicografia de Chico Xavier, comovedora história de uma mãe, na França do início do século passado, a acalentar o filho, dotado de grave idiotia, ao relento da noite. Narra-nos, o nobre amigo, que a mãe se utilizava de cobertores insuficientes, em parca fogueira, para alimentar e acalentar o filhinho, na tentativa de vencer a noite gélida.
O companheiro da espiritualidade pensara no que teria feito a pobre mãe para destilar tal infelicidade. Naturalmente, toda cena deste gravame merece a reflexão. Apesar das fortes razões dos comprometimentos do passado, tal penúria dá-se, da mesma forma, pela falta de caridade dos corações indigentes dos transeuntes a atravessar-lhe o caminho, pois, nos ensinou o Mestre, a realização do bem sem questionamentos, em especial na parábola do Bom Samaritano.
Retornando a conveniência do tempo, através de indução magnética do mentor espiritual a acompanhá-lo, pode presenciar luxuosa corte, onde o filho, hoje com as afetações mentais, era belo, cruel e impiedoso príncipe, a cometer os desatinos sexuais e odiosos por todo o reino, sob os olhares de proteção da mãezinha, que hoje o conduzia a misérrima condição.
A reencarnação é, definitivamente, o encontro de almas enfermas. Naturalmente, existem os casos extremos, como o acima narrado, mas incidem, da mesma forma, os enredos menos trágicos do cotidiano. Irmão contra irmão, pais em litígio com os filhos, cônjuges adversários, todos pertencentes a caravana de estropiados terrena. Assim devemos, com humildade e consciência, reportar a nós mesmos, pois, por estes, os doentes, o Mestre afirma ter vindo.
O doente do espírito sabe de suas limitações e recomendações, por isso reforça a atenção nas ações que lhe conduziram a bancarrota. Percebe-se frágil diante dos vícios morais e atira-se à reforma íntima, entende-se sob tratamento constante para a terapêutica evangélica, como tônico fortalecedor da alma. Sabe-se das respectivas fragilidades e, portanto, humildemente, coloca-se na posição de tolerância e indulgência.
O que se percebe doente não acusa, não profere sentenças, não lança anátemas aos companheiros de jornada, compreende que o atual encontro, por mais que árduo, é a oportunidade no formato do remédio.
Na atitude renovadora do amor, admitir-se doente nos garantirá o trajeto para a cura. No trato com os irmãos sob o disfarce de adversários, caberá a nós agir com ternura sempre, pois, tendo a certeza dos respectivos valores em formação, resta-nos a dúvida: Diante do enfrentamento promovido pelo encontro renovador de almas enfermas, quem teria errado mais?
Fonte: Correio Espírita. Por: Pedro Valiati


domingo, 10 de dezembro de 2017

“COMO DESENVOLVER MINHA MEDIUNIDADE SOZINHO?”

Se você já pensou na questão: como desenvolver minha mediunidade sozinho, então você deve fazer algumas considerações.
Em primeiro lugar devemos parar para pensar a maneira como você pretende desenvolver a mediunidade sozinho, em casa, por exemplo.
Como desenvolver minha mediunidade sozinho de uma forma segura?
Isso em minha opinião é complicado de responder diretamente, vejamos:
Hoje dispomos de vasto material na internet sobre o assunto de “como desenvolver a mediunidade”, mas em verdade, você já parou para pensar e tem maturidade e vivência o suficiente para selecionar o melhor material?
O material o qual você dispõe sobre como desenvolver a mediunidade sozinho procede de fontes confiáveis?
Se você pensa em desenvolver a mediunidade sozinho, está certo de que não precisará de nenhum auxílio durante esta jornada?
Em que patamar de conhecimento você está? Já é um estudante avançado ou ainda tem muito a aprender?
Viu como é complicado? Não dá pra chegar a uma resposta, pois cada um que responda essas e outras perguntas por si só e avaliem.
Como desenvolver minha mediunidade sozinho e obter todas as vantagens de um estudo em grupo?
São muitos os questionamentos que podemos fazer sobre o tema. Pessoalmente eu penso que há somente uma vantagem em como desenvolver a mediunidade sozinho:
É que ficamos um pouco mais distante do orgulho. Sim! Quando uma pessoa está certa de que sua mediunidade é mais aflorada que seus companheiros, o orgulho pode lhe bater mais forte, deixando-o aflorar. E desenvolver a mediunidade sozinho pode amenizar esse fator.
É importante deixar claro, que a comunicação espiritual é cheia de melindres. Não são todas as pessoas que estão preparadas para lidar com isso sem a ajuda de outras pessoas.
Um médium imaturo, no meio de seus estudos e desenvolvimento solo, pode se deparar com espíritos de má índole e demorar para perceber, isso se perceber? Sim, claro! É perfeitamente possível e este é uma das questões mais importantes a se levar em conta: Achar que está fazendo tudo certinho.
E em certos tipos de mediunidades em que a consciência do médium fica latente, ou melhor, chamada de mediunidade inconsciente? Após o transe mediúnico, sem ninguém ali presente, teria como o médium, após o retorno ao consciente, avaliar o que foi realizado?
E na chamada “mediunidade de incorporação”, qual seria o sentido de desenvolvê-la sozinho, se o espírito comunicante não puder comunicar aquilo para outras pessoas?
Mas não estamos aqui para lhes desencorajar. Cada um sabe o que faz.
Se for mesmo este caminho que quer seguir, reúna o material necessário para começar os estudos. Aconselho primeiramente à buscar em primeiro lugar as obras básicas de Allan Kardec, mesmo se você não for adepto à Doutrina Espírita.
As obras de Allan Kardec não tratam de religião, especificamente. Trata-se muito além! São instruções técnicas sobre a vida dos espíritos, como eles agem, para onde vão, de onde eles vêm e assim por diante.
Como desenvolver minha mediunidade sozinho usando os livros de Allan Kardec?
Em primeiro lugar temos o O Evangelho Segundo o Espiritismo:
Quando falamos em Espiritismo aplicado ao evangelho não pense no quesito religioso, mas sim em “instruções morais dos espíritos”.
E de onde vieram essas instruções morais? Vieram do Mestre Jesus!
O Evangelho Segundo o Espiritismo vem esclarecer aquilo que ficou incompreensível ou esquecido à muitos séculos atrás. Aquilo que a Bíblia não pôde esclarecer com o máximo de exatidão de palavras, o Evangelho Segundo o Espiritismo diz numa linguagem clara e objetiva. Com esta obra você poderá guiar seus passos e arquitetar como desenvolver a mediunidade para o lado do bem, podendo levar a melhor mensagem possível para as pessoas, minimizando os riscos de se usar todo o conhecimento adquirido para o lado das trevas.
Em seguida temos O Livro dos Espíritos:
Essa obra é bem mais técnica do que o O Evangelho Segundo o Espiritismo.
No O Livro dos Espíritos você aprenderá o básico sobre como é a vida no plano espiritual, como os espíritos agem no plano espiritual e também como conseguem atuar no plano material. Mas não só isso.
Você ficará sabendo sobre a vida e a graduação evolutiva em outros planetas; em como podemos nos comunicar com o plano espiritual durante o sono e através dos sonhos; além de inúmeras outras questões.
Além deles temos também O Livro dos Médiuns:
Eis a obra de Allan Kardec em que você terá a chance de aprender ainda mais sobre a vida dos espíritos no plano espiritual e suas ações no plano material, assim como deve ser a atuação mediúnica e o comportamento do médium.
Estes acima eu considero os que você deveria ler primeiro! Mas…
Não menos importante temos ainda O Céu e o Inferno, contendo diversas histórias de comunicações com os espíritos tanto evoluídos quanto ainda em estágios inferiores; e A Gênese, que mostra como foi o processo espiritual e físico da formação do Universo, a Terra e os elementos que compõe a criação de uma forma geral (em minha opinião é o livro de Allan Kardec com linguagem um pouco mais densa que os outros).
Alerta! Os livros acima não lhe ensina como fazer para desenvolver a mediunidade pura e simplesmente! Eles te darão as instruções iniciais. Muitos médiuns relatam que a aprendizagem massiva vem da prática constante e com propósito bem desenvolvido.
Estes são livros pioneiros de um estudo sério voltado para o uso da mediunidade, com propósitos verdadeiros e guiados sobre uma moral inquestionável.
O conhecimento que essas obras trazem, ainda é usado até hoje em diversos centros espíritas e diversos outros templos de outras doutrinas espiritualistas, que desfrutam da mediunidade e do conhecimento sobre a vida no plano espiritual.
Conhecendo bem as leituras acima, você poderá selecionar diversas outras leituras complementares, podendo discernir se as outras leituras são sérias ou se são “abobrinhas”!
Não se engane! Tem muito material ruim, digo péssimo, sobre este assunto.

Veja abaixo o que diz o médium Divaldo Franco sobre a viabilidade de desenvolver a mediunidade sozinho.
Fonte: O Estudante Espírita.
 https://estudantespirita.com.br/

sábado, 9 de dezembro de 2017

“OS PERTURBADORES ESPIRITUAIS”

Sim, produzem perturbações, os Espíritos que se debatem em aflição, na retaguarda do Além-túmulo, e, na agonia, esparzem inquietação. Perturbados, disseminam intranquilidade; ociosos, divertem-se, tumultuando; vitimados pela maldade em que sucumbiram, destilam energias deletérias, que terminam por infelicitar. Não nos referimos, aqui, à problemática obsessiva, propriamente definida. Ocorre que, cada um, em situando o coração onde coloca os interesses, ao concentrar-se, sintoniza com mentes idênticas, que respondem aos apelos formulados, por meio de expressões equivalentes ou através de atos idênticos.
Vives sob a construção do que pensas, e cultivas o campo em que colocas as aspirações. Seja consciente da responsabilidade ou não, a vida responde conforme a pauta das interrogações que se formulam. Se te aclimatas à conservação da ira, sintonizarás com Espíritos odientos, que te cercearão o avanço.
Se formulas ideias pessimistas, identificar-te-ás com Espíritos perturbadores, que se comprazem nas cogitações enfermiças do pensamento em desalinho. Se te distrais no dever espiritual, facultas o conúbio com Espíritos inferiores, que te sitiam a casa mental, gerando desequilíbrios nos centros do teu discernimento.
Se te permites leviandades e cogitações perniciosas, serão inumeráveis os pensamentos venais que te advirão, em
processos hipnológicos de longo curso, em que se adestram os Espíritos vingativos e perversos, Sim, perturbam os homens da Terra, os que chegaram ao Mundo Espiritual perturbados, vencidos, infelizes em si mesmos.
Antes que lobriguem a sintonia perfeita com a tua mente, levanta-te pela austeridade moral, disciplinando os pensamentos e as atitudes, a fim de librares acima das faixas densas e nefastas em que se situam os perturbados espirituais, nossos irmãos enfermos da retaguarda evolutiva, podendo, então, ajudá-los com segurança.
Instado, momentânea ou repetidamente a quaisquer injunções negativas, lembra-te da higiene mental pela prece e pela meditação, não te favorecendo o devaneio infeliz.
Mantém, assim, os pensamentos na diretriz evangélica e alça-te à luz do Amor, porque somente no clima e nas paisagens do amor de Nosso Pai haurirás a vitalidade essencial para o indispensável amor que liberta e felicita, no mesmo teor com que nos ama Jesus, libertando- te, por fim, das constrições lamentáveis que são produzidas pelos perturbadores espirituais.

Celeiro de Bênçãos (psicografia Divaldo Pereira Franco - espírito Joanna De Angelis)

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

“TRAGÉDIA COM OS MAMONAS ASSASSINAS VINTE ANOS DEPOIS! UM ENFOQUE ESPIRITUAL”

Um fenômeno musical surgiu em Guarulhos, em 1990, chamando a atenção pela mistura de pop rock com outros gêneros populares, tudo realizado com muita alegria, entusiasmo, irreverente humor e carisma. Tratava-se de uma banda, de início, chamada de “Utopia” e depois, em 23 junho de 1995, foi denominada de “Mamonas Assassinas”. A carreira foi meteórica, terminando em 2 de março de 1996, quando atingia expressivo e esplendoroso sucesso, inclusive com o único álbum de estúdio vendendo mais de 3 milhões de cópias em menos de um ano, conquistando recorde mundial e sendo certificado com disco de diamante.
Os componentes do grupo, Dinho, Júlio Rasec, Samuel Reis de Oliveira, Alberto Hinoto e Sérgio Reis de Oliveira, acompanhados de dois acompanhantes, Isaque Souto, primo de Dinho, e Sérgio Saturnino Porto, segurança do grupo, voltando de um show, em Brasília, no avião Learjet modelo 25D, prefixo PT-LSD, foram vítimas de um desastre aéreo e desencarnaram. O avião chocou-se com a Serra da Cantareira, em São Paulo, retornando igualmente à Dimensão Espiritual o piloto e o copiloto. Portanto, há 20 anos aconteceu a tragédia, causando acentuada comoção, desde que estava a banda vivenciando exuberante sucesso em apenas sete meses de sua formação como Mamonas Assassinas.
BOX-1:  O que tem a nos esclarecer a Doutrina Espírita? Foram vítimas do acaso? Houve determinismo?
Allan Kardec questionou à Espiritualidade Superior, na Q. 851 de “OLE” (O Livro dos Espíritos): “Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio”? A resposta, pronta e objetiva: “A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir”.
Na Q. 853 de “OLE”: “Algumas pessoas só escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece que não podem escapar da morte. Não há nisso fatalidade”? Os Excelsos Imortais assim se expressaram: “Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a ele não podeis furtar-vos”. Pergunta (a): “Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos“? Os Arautos de Jesus responderam: “Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soe a hora da tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência”.
Portanto, assim como o Mestre Jesus afirmou que todos os fios da cabeça estão contados (Lucas 12:6) e nenhum pardal cai em terra sem o consentimento do Pai (Mateus 10:29), não está a Humanidade sob o jugo do acaso. A Doutrina Espírita ensina que a vida é causal, não casual. Théophile Gauther, poeta e dramaturgo francês (1811-1872) disse que “acaso é o pseudônimo que Deus usa quando não quer assinar suas obras". O que parece ser aparentemente fruto do acaso tem suas raízes causais, como explica a veneranda Joanna de Ângelis, a seguir, nos trechos retirados do cap. 3 do livro Alerta, obra psicografada por Divaldo P. Franco: “O imprevisível é a presença divina, surpreendendo a infração. O insuspeitável pode ser considerado como a interferência divina sempre vigilante. O inesperado deve ser levado em conta como a ocorrência divina trabalhando pela ordem”.
Por que a desencarnação súbita e precoce de todo o grupo? O Espiritismo vem explicar, na obra Obras Póstumas, na primeira parte, através da comunicação do Espírito Clélie Duplantier, um assunto deveras elucidativo a respeito do tema em tela: “Expiações Coletivas”. Diz o texto que (...) “salvo alguma exceção, pode-se admitir como regra geral que todos aqueles que numa existência vêm a estar reunidos por uma tarefa comum já viveram juntos para trabalhar com o mesmo objetivo e ainda reunidos se acharão no futuro, até que hajam atingido a meta, isto é, expiado o passado, ou desempenhado a missão que aceitaram”.
“Graças ao Espiritismo, compreendeis agora a justiça das provas que não resultam de atos da vida presente, porque já vos foi dito que é a quitação de dívidas do passado; por que não ocorreria o mesmo com as provas coletivas? Dissestes que as infelicidades gerais atingem o inocente como o culpado; mas sabeis que o inocente de hoje pode ter sido o culpado de ontem? Que tenha sido atingido individualmente ou coletivamente, é que o mereceu”.
(...) “São essas faltas coletivas que são expiadas coletivamente pelos indivíduos que para elas concorreram, os quais se reencontram para sofrerem juntos a pena de talião, ou ter a ocasião de repararem o mal que fizeram, provando o seu devotamento à coisa pública, socorrendo e assistindo aqueles que outrora maltrataram. O que é incompreensível, inconciliável com a justiça de Deus, sem a preexistência da alma, se torna claro e lógico pelo conhecimento dessa lei.
“A solidariedade, que é o verdadeiro laço social, não está, pois, só para o presente; ela se estende no passado e no futuro, uma vez que as mesmas individualidades se encontraram, se reencontram e se encontrarão para subirem juntas a escala do progresso, prestando-se concurso mútuo. Eis o que o Espiritismo faz compreender pela equitativa lei da reencarnação e a continuidade das relações entre os mesmos seres”.
Joanna de Ângelis, na obra Após a tempestade, enfatiza que “mentes vinculadas entre si por estranhas amarras de ódio, ciúme e inveja que incendeiam paixões, são reunidas novamente em vidas futuras, atravessando os portais da Imortalidade, através de resgates coletivos, como coletivamente espoliaram, destruíram, escarneceram, aniquilaram...”
“Na provação coletiva verifica-se a convocação dos espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro. O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os comparsas na dívida do pretérito para os resgates em comum, razão porque, muitas vezes, intitulais “doloroso acaso” às circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhes ocasiona a morte do corpo físico ou as mais variadas mutilações no quadro dos seus compromissos individuais” (Emmanuel, em O Consolador - nº 250).
Kardec afirma que “a misericórdia de Deus é infinita, mas não é cega. O culpado que ela atinge não fica exonerado e, enquanto não houver satisfeito à justiça, sofre a consequência dos seus erros (O Céu e o Inferno – 1ª Parte – Capítulo VII – Código Penal da Vida Futura).
Portanto, todos os envolvidos no acidente são Espíritos que se reencontraram e, certamente, em grupo, necessitaram de uma reencarnação expiatória, regressando à Dimensão Espiritual não mais como algozes, agora como vítimas completamente reajustadas. Na próxima reencarnação, retornarão para a devida reparação, desde que a reabilitação moral a ser conseguida a exige, depois da passagem pelos patamares do arrependimento e da expiação. Em verdade, a falta de reconciliação com o adversário leva a uma prisão a ser paga até o último ceitil (Mateus 5:26), em consequência de infração às leis de Deus que estão inseridas na própria consciência (O Livro dos Espíritos – questão 621).
Diz o ditado popular que se semear vento, a colheita será a tempestade. Quem pratica o mal sofrerá as consequências dos seus atos ou atitudes, porquanto, dentro de si mesmo, vigorará um julgamento, em cumprimento das leis que exigem a premente reeducação do infrator, devolvendo-lhe exatamente o que tenha logrado criar de ruim. O Planeta Terra é um educandário ideal, onde a justiça infalível atua como uma bondosa mestre, proporcionando ao ser a oportunidade de aprendizado através de seus próprios passos, expiando e reparando a falta cometida. Assim fazendo, conseguir-se-á a alforria ansiada e nunca o desapiedado “sofrimento eterno”.
BOX-2:  Ocorrências Paranormais envolvendo a Tragédia dos Mamonas Assassinas.
Os órgãos de comunicação noticiaram vários acontecimentos qualificados de sobrenaturais, relacionados com a tragédia. O mais marcante ocorreu com o “mamona” Júlio Rasec, o qual sonhou, na véspera do desastre, que a aeronave, conduzindo o grupo de artistas, sofreria um acidente. O tecladista, apresentando-se muito abalado e triste, deixou gravada, em vídeo, a emocionante revelação: “Essa noite sonhei com um negócio assim; parecia que o meu avião estava caindo”.
Qual a explicação oferecida pela Doutrina Espírita, esclarecendo esse fato divulgado como sobrenatural?
Em O Livro dos Espíritos, questão 402, o inolvidável Kardec interroga a Espiritualidade Superior: “Como podemos julgar da liberdade do Espírito durante o sono?”, recebendo a seguinte resposta: “Pelos sonhos. Sabei que, quando o corpo repousa, o Espírito dispõe de mais faculdades que no estado de vigília. Tem a lembrança do passado e, às vezes, a previsão do futuro; adquire mais poder e pode entrar em comunicação com os outros espíritos, seja deste mundo, seja de outro”.
Na questão 411, o Codificador pergunta: “O Espírito encarnado, nos momentos em que se desprende da matéria e age como Espírito, conhece a época de sua morte“? Os Arautos do Consolador afirmaram que “muitas vezes a pressente, e às vezes tem dela uma consciência bastante clara, o que lhe dá, no estado de vigília, a sua intuição. É por isso que algumas pessoas preveem, às vezes, a própria data da morte com grande exatidão”.
Em O Livro dos Médiuns, no item 14 do nº 289, ressalta-se a questão formulada por Kardec: “Como certas pessoas são avisadas, por pressentimentos, da época em que morrerão”? Os Benfeitores Espirituais frisam que “as mais das vezes, é o próprio Espírito delas que vem a saber disso em seus momentos de liberdade e guardam ao despertar, a intuição do que entrevia...”
Por seguinte, a Doutrina Espírita demonstra que as ocorrências paranormais repousam em leis normais, derrocando o império do maravilhoso e do sobrenatural, esclarecendo que a premonição vivenciada pelo integrante da Banda “Mamonas Assassinas” é explicada perfeitamente, no estudo do tema “Da Emancipação da Alma”, assim como o fato acontecido com uma amiga do copiloto, sonhando que ele morreria numa queda do avião. Conhecedor do fato, o aeronauta pediu a seus parentes que o cremasse em caso de morte, tendo sido sua solicitação atendida.
O Espiritismo, do mesmo modo, aclara a experiência dolorosa da namorada do “mamona” Dinho, Valéria Zopello, como foi noticiado nos jornais, acordando, na madrugada anterior do acidente, em pleno choro, já prevendo o que iria acontecer.
BOX-4 : Importante o Salto Evolutivo dado pelos Integrantes do Grupo.
O Espiritismo vem iluminar o caminho tortuoso da incredulidade e do acaso, indicando-nos que tudo tem uma razão e que há uma finalidade maior para a existência do homem e do Universo.
Os estimados integrantes da Banda, em que pese a irreverência em algumas oportunidades, deverão ser sempre lembrados pelo bem e pela alegria ofertados a seus sinceros admiradores, amigos e parentes.
Pensemos nos queridos artistas do grupo “Mamonas Assassinas” e nos outros vitimados, com otimismo e serenidade, porquanto, como Espíritos imortais e filhos amados do Criador de todas as coisas, deram um grande salto diante do Infinito.
Apesar de ter tido apenas sete meses de sucesso e já ter passado vinte anos da desencarnação coletiva, esses Espíritos bem especiais marcaram a atmosfera brasileira com sua bendita presença e ainda são lembrados com muita saudade e carinho. Seguramente retornarão, reencarnando novamente em terras brasileiras, já renovados e ainda mais alegres e brilhantes.
Que o Mestre Jesus ampare sempre a todos os envolvidos na expiação coletiva, derramando bênçãos de paz e iluminando o caminho que trilham em sua trajetória sublime em direção ao Criador.

Fonte: Correio Espirita. Por:  Américo Domingos Nunes Filho.
www.correioespirita.org.br/

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

“VISÕES NO LEITO DE MORTE. ALGUMAS PESSOAS, NOS MOMENTOS DA MORTE COSTUMAM RELATAR VISÕES DE FAMILIARES FALECIDOS ”

Especialista no tratamento de traumas e processo de superação, Dr Julio Peres, analisa as experiências no final da vida e o impacto das visões espirituais ao enfermo e sua família, assim como para os profissionais da saúde que atuam em cuidados paliativos.
De acordo com Dr. JulioPeres, pesquisas recentes demonstram que um grande número de pessoas de distintas culturas têm relatado experiências no final da vida – originalmente chamadas na literatura por end-of-life experiences – sob a forma de visões no leito de morte, sugestivas da existência espiritual.
Esta linha de pesquisa tem trazido contribuições que interessam diretamente aos profissionais que atuam com cuidados paliativos e mais especificamente, aqueles que desenvolveram a Síndrome de Burnout decorrente do esgotamento, angústia e incapacidade perante a falta de recursos para lidar com as sucessivas mortes de seus pacientes.
Relatos de visões no leito de morte encontrados em biografias e literatura de diferentes períodos históricos foram associados com a preparação espiritual da alma para vida após a morte. Quatro recentes estudos realizados na Inglaterra sobre experiências ocorridas 48 horas antes da morte coletaram informações específicas (questionários/entrevistas gravadas) em primeira mão (dos próprios pacientes terminais) e em segunda mão (de familiares, enfermeiros e médicos). As experiências descritas por familiares, enfermeiros e médicos foram vividamente lembradas por sua natureza de conforto espiritual, que em muitos casos ajudaram a abolir o medo da morte. Destacamos algumas informações coletadas de 38 enfermeiros e médicos com mais de uma década de experiência com pacientes terminais e acompanhamento de aproximadamente duzentos pacientes falecidos:
•    62% relataram que os pacientes ou seus parentes tinham falado sobre aparições ou visões espirituais no leito de morte envolvendo familiares falecidos.
•    35% relataram que o enfermo estava cercado de luz no momento da morte.
•    62% relataram que os pacientes tiveram sonhos vívidos que proporcionaram conforto preparando-os para a morte.
•    68% relataram que os pacientes manifestaram o desejo de resolver arestas familiares antes da morte.
•    79% relataram que as visões no leito de morte não poderiam ser atribuídas a alterações químicas no cérebro, à medicação ou febre.
•    50% sentiram que os pacientes que experimentaram visões no leito de morte tiveram uma morte pacífica.
•    83% disseram que não tinham recebido nenhuma formação para lidar com os pacientes que manifestam as visões no leito de morte, e 96% solicitaram enfaticamente uma formação complementar para esse trabalho.
•    82% sentiram-se mais capazes e seguros para falar sobre essas experiências com parentes e enfermos após o estudo realizado.
•    39% observaram que as visões no leito de morte ocorreram no último mês de vida e 46% relataram que as manifestações eram mais comuns nas últimas 48 horas antes da morte.
•    68% sentiram que as visões no leito de morte eram eventos de ordem espiritual e 82% concordaram que essas experiências ofereceram conforto espiritual para o paciente e 79% para os parentes.
Médicos e enfermeiros entrevistados relataram que essas experiências não foram relativas a confusão mental resultante da medicação ou processos tóxicos envolvidos na morte e que ocorreram com consciência clara. As visões no leito de morte foram compreendidas como eventos com um significado espiritual para o paciente muitas vezes ajudando-o a deixar a vida física sem medo de morrer. A maioria dos pacientes encontrou a liberação da agitação e ansiedade, morrendo em paz após as visões no leito de morte. Outros fenômenos como coincidências, aparições de parentes ou amigos distantes, sonhos vívidos com caráter apaziguador, motivação de resolver questões pendentes como a conciliação com os familiares podem acompanhar a fase terminal do enfermo, como uma preparação à morte.
Dr Julio Peres afirma que ele mesmo e muitos colegas que acompanharam de perto pessoas próximas à morte, dando suporte psicológico inclusive para seus familiares, percebem que os envolvidos parecem oscilar entre dois mundos. “Mesmo para aqueles mais céticos, a aproximação com a morte passa a ter um sentido de passagem para outro mundo. As visões espirituais no leito de morte acontecem com freqüência, e vão desde o medo e a agonia à aceitação serena”. Percepções similares às visões no leito de morte foram relatadas anteriormente por sobreviventes de paradas cardíacas em publicações cientificas sobre Experiências de Quase Morte.
As resistências dos profissionais da saúde em considerarem a natureza espiritual diminuem. Após a realização dos estudos em hospitais na Inglaterra, sendo o assunto legítimo para a investigação médica, o tabu de falar sobre experiências espirituais no leito de morte atenuou e os profissionais sentiram que o tema poderia ser discutido mais abertamente. Quase todos os entrevistados expressaram preocupação sobre a falta de educação e formação sobre as experiências do final da vida e requisitaram módulos sobre o tema nos cursos de especialização em cuidados paliativos.
A profissão médica está entre as profissões com maiores índices de suicídio, e esses índices estão relacionados com a perda da onipotência e a crescente ansiedade pelo temor em falhar. Até agora, evidência foi limitada para a eficácia das intervenções para reduzirem os níveis de estresse nos profissionais da saúde. A despeito das louváveis tentativas, as intervenções até então utilizadas não foram capazes de reduzirem sintomas da Síndrome de Burnout provavelmente porque o principal desencadeante da síndrome não foi abordado nessas medidas preventivas.
“Não é preciso esperar o fim da vida para abrir os olhos à dimensão espiritual do ser humano. Existem robustas evidências de distintas linhas de pesquisa que contrapõem a teoria da morte como finitute da vida, e esse corpo de pesquisas pode contribuir para aplacar a síndrome de Burnout decorrente da impotência e incapacidade de lidar com a morte” – finaliza Dr. Julio Peres.

Fonte: Clinica Júlio Peres

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...