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domingo, 26 de novembro de 2017

“COMO FOI A CHEGADA DO APÓSTOLO CHICO XAVIER NA ESPIRITUALIDADE. RELATADO POR JOANA DE ÂNGELIS”

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas. Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança.
Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação. Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam.
Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis. Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências. Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos.
Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade. Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem.
Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido. Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas. As enfermidades miraram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade.
A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade. Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém. Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos.
Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa. Por isso mesmo, o seu foi mediumato incomparável...
E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe: – Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus.
JOANNA DE ÂNGELIS (Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.) Texto extraido do Reformador - Agosto/2002 Especial - FEB
Autor

Joanna de Ângelis-Médium Divaldo Franco

“CASAMENTOS INFELIZES

Cremos que este seja um dos assuntos mais delicados da vida humana e não pode ou não deve ser tratado com displicência.
Vemos, no cotidiano, casais inúmeros que não se compatibilizam com o compromisso assumido com 'aquela' pessoa eleita para compor o lar, a família, e repartir a alegria, a felicidade e os eventuais imprevistos que o porvir reserva a todos.
Vemos, isso sim, casais desesperados que se arrependem do ato matrimonial, já no primeiro dia do casamento.
Outros, ao longo do tempo, enxergam outra estrada, que não aquela em que se encontram, a lhes oferecer melhor chance de bem-estar. Outros, ainda, simplesmente recuam frente ao que acreditam ser um grande desafio e retornam à origem, não ligando muita importância ao resultado dessa união: os filhos.
• Se considerarmos nossa extensa existência, através de vidas sucessivas, vamos compreender certas uniões consideradas como 'provacionais', em que duas almas se reencontram em processo de reajustamento, necessário ao crescimento espiritual. Estes, são os casamentos mais frequentes.
Fica evidente que não há, aqui, qualquer conotação de obrigatoriedade no tocante à necessidade de que este se concretize perante as autoridades religiosas ou mesmo em cumprimento à legislação civil, tão somente para estabelecer as regras de direito e sucessão, nas questões de valores e responsabilidades.
O que interessa, em qualquer caso, é o compromisso afim, a responsabilidade que ambos assumem, perante o Criador.
O médium Francisco Cândido Xavier nos presenteia com a mensagem 'Vida Conjugal', enviada por Emmanuel e que faz parte do livro Vinha de Luz:
"As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.
O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.
Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre escolas da fé, nos círculos do Cristianismo.
Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.
É possível que os sonhos, muitas vezes, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros, atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.
O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas. Com Jesus, é impossível destruíres divinos fundamentos da amizade real. Busque-se o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...
Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa? Lembra-te de que ela é mãe dos teus filhinhos e serva de tuas necessidades. Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é o companheiro que Deus te concedeu..."
Carlos Pompéia - Jornal Espírita - julho/05

Fonte_ A casa do Espiritismo
www.acasadoespiritismo.com.br/

“O CRIMINOSO NATO E A REENCARNAÇÃO”

Não podemos deixar passar em branco o problema do criminoso nato relativamente à reencarnação. Sabemos que o progresso espiritual não é, exclusivamente, uma função de ordem biológica, pois o Espírito tem o seu livre arbítrio e sua caminhada própria.
O homem, neste nosso plano, ainda sofre as influências de seu estado de humor e influências emocionais, mas não podemos ignorar a precedência do Elemento Espiritual nas relações da Personalidade. Os antigos já diziam, com segurança, que Espírito comanda a matéria.
Assim, tendo o homem o instinto assassino, concluímos que o seu próprio Espírito que já traz o aludido instinto. Sabemos que o instinto procede do Espírito e não da matéria. Podemos dizer que o instinto criminoso é relativo à inferioridade do Espírito. As desarmonias glandulares e as condições sociais favorecem à manifestação do instinto, mas não constituem a causa das más inclinações. A má inclinação é inerente ao Espírito. As disposições anatômicas são apenas os meios pelos quais o Espírito exterioriza os seus pendores. Sabemos que a nossa consciência é um patrimônio de ordem espiritual. A manifestação da consciência não depende do corpo somático.
A simples manifestação da nossa consciência já prova a emancipação do nosso Espírito. A lógica mais elementar, por certo, leva-nos a admitir que o Espírito é anterior à formação do corpo. Assim, ao reencarnar, o Espírito traz consigo, formando a sua personalidade, os princípios do bem e do mal, depen­dendo do seu grau de evolução.
O sonambulismo oferece elementos comprobatórios da independência entre o corpo somático e o Espírito. Assim, além da hereditariedade biológica, também existe a hereditariedade do próprio Espírito. Ao assumir o corpo físico, o Espírito já traz, de reencarnações pretéritas, o seu próprio instinto. Se o indivíduo já nasce com o instinto do crime, então, perante a Doutrina Espírita, temos que admitir a tese do criminoso nato.
Neste aspecto, a Educação tem um valor importantíssima Através de processos educativos que tocam o campo da reforma íntima, podemos guiar estes nossos irmãos, com tendências criminosas, ao caminho do bem. A filosofia espírita fundamenta-se no princípio reencarnacionista para justificar a assertiva do criminoso nato. É o Espírito, ao reencarnar, que já traz o germe do bem ou do mal.
Perante o Espiritismo, a personalidade humana participa, ao mesmo tempo, de três ordens de fatores: biológicos, ambientais e espirituais. Podemos dizer, ainda mais, que se, por um lado, o comportamento humano está sujeito ao determinismo ambiente e de organização biológica, por outro lado, a personalidade exterioriza reações e tendências inerentes a peculiaridades próprias do Espírito, mais identificadas com a existência anterior do que propriamente com as solicitações ou imposições da existência atual.
Nosso plano, como sustenta Allan Kardec, é um vasto cenário de provas e expiações. Aqui, deparamos com irmãos de todos os níveis, infelizmente, mais agressivos do que fraternos. Então, meus amigos, temos que ser bons equilibristas para não cairmos do arame da nossa evolução.
Domério de Oliveira - Jornal Espírita - abril/04

Fonte- A CASA DO ESPIRITISMO
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“O INFERNO DE UM POLITICO”

Eles se julgavam ainda internados num hospital da terra: - A comida aqui e muito regulada, mas, eu creio que no interior deste quarto você mantenha escondido algum salgado! - Arriscou Jaime.- Como poderia dispor de alguma guloseima! -Respondeu Afrânio -Se a minha filha tem sido a única a visitar-me e ainda o tem feito pela madrugada, com certeza para ludibriar o responsável pela portaria! Mesmo assim confesso que hoje excepcionalmente amanheci feliz ao receber a visita dessa criatura tão maravilhosa que nunca poupou atenções a este pai desnaturado.
- Como pai desnaturado se você tem se referido a sua filha com extremo carinho?- Na verdade meu ingresso neste hospital deve-se aos meus desvios de comportamento que balançou toda estrutura do meu lar, passei o maior vexame ao sofrer o enfarte no interior de uma dessas casas de curta permanência. Na ocasião estava acompanhado por uma jovem que auxiliava nos afazeres domésticos em minha residência e para piorar a situação fui obrigado a observar o olhar atônito de toda a família, enquanto eu, embora vivo, pivô de todo aquele escândalo, jazia inerte, sim, completamente paralisado, estirado no leito revolto do pecado. Você tinha que ver meu amigo, os impropérios que fui obrigado a ouvir, principalmente proferidos por minha mulher. Se não fosse a intervenção de alguns funcionários do lupanar e de minha filha, ela teria me agredido, ali mesmo.
- A propósito qual foi a reação de sua filha diante da cena patética ao vê-lo deitado, com perdão da palavra...No leito nupcial?-indagou Jaime com um sorriso de malícia. E você teve muita sorte por não haver morrido naquele momento, se não, creio que teria ido direto para o inferno!- Se você quer saber meu amigo -rebateu Afrânio irritado- Eleonora não deixou transparecer qualquer laivo de crítica contra mim, mas chorava copiosamente, chegando a demonstrar pelo seu desespero, albergar a infeliz ideia, que de fato, eu estaria morto! E tem mais, nessa última visita que recebi de minha filha ficou evidenciado o sentimento que ela nutre por este velho pai! Jaime curioso para inteirar-se sobre o que a filha do amigo havia dito, olhou de relance pelas mobílias, deteu-se na fruteira vazia e indagou:
- Afinal de contas o que foi que sua filha afirmou que o deixou tão embevecido? Na verdade, sou obrigado a reconhecer que você, em se tratando de familiares está bem servido, pois os meus, assim que se deu a minha internação neste hospital foram gozar férias na Europa, torrar o meu dinheiro!
- O que Eleonora segredou-me confesso que me levou as lágrimas. Ela depois de fitar-me nos olhos demoradamente, beijou minha face e afirmou lacrimosa: Meu pai, se eu soubesse que a dor da saudade seria tão grande assim, eu teria multiplicado por mil o amor que lhe dediquei enquanto o senhor estava lá em casa!- E quanto a você limitou-se a ouvi-la?-insistiu Jaime.- Não meu amigo, - retrucou Afrânio - Aleguei não merecer um sentimento tão puro assim, já que meu comportamento diante de toda família fora simplesmente vergonhoso!- Ainda bem que você reconhece! -exclamou Jaime- para o seu erro não há perdão!- Eu também pensava dessa forma até minha filha afirmar que o Amor ao nascer passa a ser imortal tanto quanto a vida e que tal sentimento independe do comportamento do Ser amado! Com isso só me resta acreditar que o coração que ama verdadeiramente não tem espaço para divagações de ordem negativa!
- Jaime esfregava o próprio ventre avantajado, dando sinais de impaciência. Afinal de contas as horas matinais avançavam e nem sinal da merendeira com o habitual café da manhã.- O amigo me parece nervoso - observou o pai de Eleonora - qual o problema?- Já vi que minha sina é morrer de inanição; nem mesmo os responsáveis pela cozinha se dignaram a me ajudar quanto ao fornecimento suplementar de alimento, mediante soma compensatória.- Você tentou suborná-los? - indignou-se Afrânio.- E daí? - retrucou o obeso - prefiro dispor de uma certa quantia a viver nesse regime forçado. O que mais me aborreceu foi o sorriso deslavado desses serviçais pobretões, quando lhes ofereci a propina. Fiquei transtornado com o pouco caso que fizeram da proposta; se eles conhecessem o meu potencial financeiro, assim não procederiam, pois temeriam a perda do emprego.- Por que razão deveriam temer?
- Você não desconhece que esses hospitais sobrevivem as expensas de subsídio governamental e minha influência nessa área é muito grande.- Não creio que você teria a coragem de provocar o corte da verba de um hospital.- Ora meu amigo -respondeu Jaime abrindo os braços - Minha intervenção nesse campo é tão verdadeira quanto os processos que respondo atualmente por desvio do dinheiro público!- As acusações são procedentes? - arregalou os olhos Afrânio.- Claro que são! Não vou esconder de você que enriqueci, usando esse expediente nas minhas atribuições de parlamentar.- Isso não lhe pesa na consciência?- Tenho pesadelos todas as noites - respondeu Jaime cabisbaixo.- Como são esses pesadelos?- São tão horríveis que, às vezes, chego a bendizer quando sou acometido pela insônia. Nas oportunidades que consigo conciliar o sono, meu martírio toma proporção gigantesca. Geralmente sou levado por forças desconhecidas a caminhar pela madrugada, em ruas sombrias, onde se encontram adormecidas, sobre trapos e papelões, mães magérrimas em cujos dorsos se acotovelam crianças sujas e esquálidas, formando verdadeiros amontoados de abandono e fome.
Depois de pequena pausa para refazer-se, Jaime prosseguiu:- Como se não bastasse a visão do cenário miserável que se afigura, essas crianças, ao invés de ressonar, que seria o procedimento normal, gemem como se estivessem suplicando por socorro. Vozes acusatórias ecoam nos meus ouvidos com insistência! Está vendo? Está vendo? Outras vezes, essas forças me obrigam a caminhar saltitando sobre os enfermos que se estendem nos corredores do hospital sem recursos; ali me apontam a ausência de remédios que seriam indispensáveis para a manutenção da vida; em seguida, me conduzem ao velório da Casa de Saúde, para que eu anote o desespero de criaturas a se despedirem, debruçadas, sobre os caixões de velhos e crianças. O pior de tudo é quando essas forças desconhecidas me forçam a pedir desculpas para os chorosos circunstantes, impelindo-me a confessar: Sou eu o culpado!- Que horror! - admirou-se Afrânio - suas noites se constituem em verdadeiro suplício. Em seu lugar, por certo, eu teria enlouquecido!
- Quero lhe confessar, amigo. Na realidade, esses pesadelos já perduram por tempo incomensurável, ocasionando distúrbios que me levaram a conviver com criaturas esquizofrênicas em pátio lodoso de um sanatório. Lá os internos se intitulavam meus inimigos, fazendo-me passar por toda a sorte de acicates e humilhações, até que um bom homem compadecendo-me de minhas agruras burlou a vigilância do manicômio (trevas) transferindo-me para cá, com o compromisso de notificar meus familiares sobre meu novo paradeiro.
Espero que você guarde sigilo sobre esses relatos que acabo de fazer, pois nem mesmo à minha esposa dei a conhecer tais detalhes, principalmente no que diz respeito às práticas que me levaram à fortuna.- Ela nunca desconfiou? - perguntou Afrânio de olhos arregalados.- Creio que sim, mas talvez tenha praticado a silenciosa conivência em nome do luxo, do conforto que sempre lhe proporcionei. Nossa casa se constitui num verdadeiro salão de festas, e Otília faz questão de esmerar-se como anfitriã sem qualquer economia.
- Se eu lhe fizer uma pergunta atrevida, você não se aborrecerá?- Fique à vontade - disse Jaime.- Como você convive com o fato de gozar da luxúria e da abastança, sabendo que para tanto está desnutrindo crianças, comprometendo seu desenvolvimento e por consequência ocasionando retardo irreversível? Nesse momento, Jaime crispou os dedos parecendo querer encrava-los nas palmas das mãos. Virou o queixo sobre o ombro esquerdo, precipitou-se ao chão a espumar. Afrânio descontrolou-se e se pôs a gritar, enquanto o amigo político permanecia em convulsão.
Álvaro Basile Portughesi - Jornal Espírita - julho/04

Fonte- A Casa do Espiritismo
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“VISUALIZANDO O INVISÍVEL. ”

Quando Chico Xavier ainda residia na Comunhão Espírita de Uberaba, num sábado de manhã, tive a nítida visão de um espírito trajando roupas usadas pelos astronautas lunares. Éramos umas seis pessoas entrando no quarto do médium. Foi um rápido lampejo de luz esbranquiçada. Foi a minha primeira visualização, apesar de que ele – o espírito – não notou, ou fez que não notou aquele meu olhar de admiração.
Lembro também que havia uma imagem pequena fixada na bandeirola da porta do quarto. Entre os presentes, um senhor bem trajado, apontando uns 50 anos, perguntou em tom irônico:
– Chico, o Santo Expedito ali... ainda se usa imagens aqui?
Chico respondeu imperturbável:
– Olha, em alguns lugares mais adiantados, não se usa imagem. Mas eu ainda venero meu antigo padroeiro, Santo Expedito. Também levo comigo Nossa Senhora, a Mãe Santíssima.
E arrematou:
– Veja, irmão, há pessoas mais adiantadas que não mais precisam de imagens de espíritos iluminados. Mas eu ainda não atingi esse ponto.
Houve certo silêncio no ambiente após a explicação do médium, mas já era meio-dia e todos fomos almoçar no refeitório da instituição.
Observei também que Chico não estava sentado conosco na cabeceira da mesa por estar servindo pratos com feijão, arroz, carne e alface para crianças e adultos que estavam participando da refeição.
O Espírito Veio Agradecer
No episódio que vou contar fui protagonista não premeditado, mas real nos planos físico e espiritual.
Éramos amigos, Círia e eu. Não é necessário dizer seu nome completo, o importante é que aconteceu. Encontramo-nos pela primeira vez em 1974, início dos trabalhos junto a Chico Xavier. Várias foram as visitas que fizemos na casa do médium em Uberaba. Ela formou-se em Psicologia, foi professora e por volta dos 45 anos casou e cinco anos depois enviuvou. Reencontramo-nos mais quatro vezes naquela casa santificada, e, nesse penúltimo encontro, perguntei-lhe porque não frequentava algum centro espírita da cidade, mas não lembro se ela respondeu a esse questionamento. Falamos sobre enigmas da vida e ela me disse: “Fernando, ninguém sabe nada do dia de amanhã, mas tenho andado adoecida e, se por ventura eu vier a desencarnar, espero dizer-te adeus antes ou depois do desencarne. ”
Bem, a última vez em que nos reencontramos foi um mês depois do desencarne de Chico Xavier, em 2002, no cemitério de Uberaba.
Mantivemos correspondência por vários anos e, subitamente, ela não mais me respondeu. Soube mais tarde que Círia falecera e orei por ela.
Em julho de 2008, tive um sonho no qual ela veio claramente dar-me notícias na condição de espírito. Pediu desculpas por não ter escrito quando enfermou gravemente num hospital, disse que sentia muitas saudades de Chico e que, graças às preces que fazia para ele e Maria, Nossa Senhora, ela atualmente permanece em uma colônia espiritual na qual estuda profundamente a Doutrina Kardecista. Ela era amiga e admiradora de Chico e recebia muitos conselhos evangélicos.
Acrescentou estar satisfeita pela oportunidade recebida de poder me agradecer os saudosos tempos de Uberaba, sorriu e desapareceu no sonho. Seguidamente eu oro pelo seu caridoso espírito.
Comunicações com Chico Após seu Desencarne
Quanto aos contatos que mantínhamos quando Chico estava encarnado, nós nos comunicávamos por meio da fala e através de correspondências; agora, evidentemente, é pela prece, pelas vibrações do coração e pelo pensamento. Na última fase da sua vida física e logo após seu falecimento, eu sentia muito a falta dele, em forma de saudade – Chico definia saudade como sendo a “falta do magnetismo de alguém”. Mas, como tudo muda e evolui na vida e no Universo, com muita oração, no passar do tempo, percebi aos poucos que, por via das consciências, Chico respondia às minhas indagações e demandas. Qual se fora uma luz distante que aos poucos veio se aproximando.
Não obstante eu aprendi a ver o que era meu e o que vinha de Chico. E até hoje é assim. Chico a todos nos faz falta, nos dois planos

Por: Fernando Ós-Folha Espírita –Fonte: ESPIRIT BOOK
www.espiritbook.com.br/

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...