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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

"MEDIUNIDADE", FACULDADE NATURAL, SURGE NA ÉPOCA APROPRIADA, DEFINIDA NO PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO”

Natural, aparece espontaneamente, mediante constrição segura, na qual os desencarnados de tal ou qual estágio evolutivo convocam à necessária observância de suas leis, conduzindo o instrumento mediúnico a precioso labor por cujos serviços adquire vasto patrimônio de equilíbrio e iluminação, resgatando, simultaneamente, os compromissos negativos a que se encontre enleado desde vidas anteriores.
Outras vezes surge como impositivo provacional mediante o qual é possível mais ampla libertação do próprio médium, que, em dilatando o exercício da nobilitação a que se dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz.
Sem dúvida, poderoso instrumento pode converter-se em lamentável fator de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso.
A eclosão mediúnica pode, então, ocorrer sob duas formas:
Espontânea – não gerando maiores desconfortos, quer físicos quer emocionais, ao médium iniciante;
Provacional – o médium apresenta descompassos emocionais que atingem a sua organização física. Podem ocorrer perturbações espirituais.
Essa última é a forma mais comum do surgimento da mediunidade no estado evolutivo em que ainda nos encontramos.
O surgimento da faculdade mediúnica não depende de lugar, idade, condição social ou sexo. Pode surgir na infância, adolescência ou juventude, na idade madura ou na velhice.
Pode revelar-se no Centro Espírita, em casa, em templos de quaisquer denominações religiosas, no materialista. Os sinais ou sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito.
Reações emocionais insólitas, sensação de enfermidade, só aparente, calafrios e mal-estar, irritações estranhas.
Quando ao aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por ansiedade da sua (do médium) constituição fisiopsicológica.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos Espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que esta se reveste.
Por outro lado, quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.
Ao analisar as condições de surgimento da mediunidade no ser humano, podemos afirmar que ela aparece e se desenvolve de forma cíclica, ou seja, processa-se por etapas sucessivas, em forma de espiral.
As crianças a possuem, por assim dizer, à flor da pele, mas resguardadas pela influência benéfica e controladora dos Espíritos protetores, que as religiões chamam de anjos da guarda, nessa fase infantil as manifestações mediúnica são mais de caráter anímicos; a criança projeta a sua alma nas coisas e nos serem que a rodeiam, recebe as intuições orientadoras dos seus protetores, às vezes vê e denuncia a presença de Espíritos e não raro transmite avisos e recados dos Espíritos aos familiares, de maneira positiva e direta ou de maneira simbólica e indireta. Independente da persistência do fenômeno mediúnico, a criança deve ser encaminhada à Evangelização Espírita, para ser auxiliada mais efetivamente.
Com o crescimento, a criança vai-se desligando cada vez mais do mundo espiritual, passando a se envolver com as ocorrências do plano físico e, em consequência, as manifestações mediúnicas vão-se escasseando. Fecha-se o primeiro ciclo mediúnico. Considera-se então que a criança não tem mediunidade, a fase anterior é levada à conta da imaginação e da fabulação infantis.
É geralmente na adolescência, a partir dos doze ou treze anos, que se inicia o segundo ciclo. No primeiro ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança, quase sempre carregadas de reminiscências estranhas do passado carnal ou espiritual. Na adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. É tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre o problema mediúnico. O passe, a prece, as reuniões de estudo doutrinário são meios de auxiliar o processo (da eclosão da mediunidade), sem forçá-la, dando-lhe orientação necessária.
O terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre os dezoito e vinte e cinco anos. É tempo, nessa fase, dos estudos sérios do Espiritismo e da Mediunidade, bem como da prática mediúnica livre, nos centros e grupos espíritas.
Há ainda o quarto ciclo, correspondente a mediunidade que só aparecem após a maturidade, na velhice ou na sua aproximação. Trata-se de manifestações que se tornam possíveis devido às condições da idade: enfraquecimento físico, permitindo mais fácil expansão das energias perispiríticas; maior introversão da mente, com a diminuição de atividades da vida prática, estado de apatia neuropsíquica, provocado pelas mudanças orgânicas do envelhecimento. Esse tipo de mediunidade tardia tem pouca duração, constituindo uma espécie de preparação mediúnica para a morte. Restringe-se a fenômenos de vidência, comunicação oral, intuição, percepção extra-sensorial e psicografia.
É muito comum, nos momentos próximos à desencarnação, a ampliação das faculdades mediúnicas, sobretudo pela percepção de entidades espirituais. Podem ser momentos de grande beleza e alegria, se o Espírito cultivou o bem, ao longo da encarnação. Pode, no entanto, representar sofrimento para a criatura que não soube conquistar valores positivos, durante a experiência terrestre.
O momento da eclosão da faculdade mediúnica no Espírito encarnado é de fundamental importância, uma vez que essa faculdade poderá proporcionar benefícios ao próprio encarnado e ao próximo, se bem orientada e amparada fraternalmente.
Deve-se considerar, no entanto, que nem sempre a pessoa é convenientemente assistida logo que desabrocham suas faculdades mediúnicas; seja por ignorância a respeito do assunto, o que é mais comum, seja por desinteresse ou desatenção dos familiares ou dos amigos. O certo é que, no inicio do seu desenvolvimento, os médiuns enfrentam muitos conflitos.
Às vezes, não têm o menor esclarecimento da doutrina e nunca sequer transpuseram as portas de um Centro Espírita. Depois de tentarem solucionar os seus problemas pelos métodos convencionais (médicos, psicólogos) eis que recorrem, em última instância, ao Espiritismo.
Quando acontece assim, esses irmãos chegam completamente desnorteados à Casa Espírita, ainda sob o guante dos preconceitos religiosos que alimentaram por muito tempo.
Devidamente orientados para um tratamento espiritual através de passes e reuniões de estudos evangélicos, revelam-se incrédulos, exigindo que o Espiritismo lhes resolva as dificuldades de um instante para outro! Perguntam por um Centro que seja mais forte... Dizem não acreditar na influência dos Espíritos... Afirmam que não querem ser médiuns...
É natural que seja assim, porque se encontram em desequilíbrio psicológico. O dirigente espírita, ou aquele a quem couber a tarefa, necessita ter paciência e conquistar-lhe a confiança. Em outras ocasiões, os médiuns iniciantes por revelarem-se fascinados pelo entusiasmo excessivo, diante do impacto das revelações espirituais que os visitam de jato, solicitam o entendimento e o apoio dos irmãos experimentados, para que não se percam, através de engodos brilhantes.
As Casa Espíritas oferecem campo para estudo e educação da mediunidade a todos aqueles que desejam servir na seara do Cristo nessa área. Auxiliar o médium na tarefa de desenvolver a sua faculdade mediúnica em benefício do próximo e de si mesmo não é tarefa fácil. Exige do dirigente espírita não apenas devotamento a esse gênero de atividade, mas lucidez mental para auxiliar, com bondade e paciência, principalmente a criatura que apresenta mediunidade que eclodiu em bases provacionais.
Devem compreender os dirigentes espíritas, sobretudo, que, no início da mediunidade, os médiuns topam com o escolho de terem de haver-se com Espíritos inferiores e devem dar-se por felizes quando são apenas Espíritos levianos. Toda atenção precisam pôr em que tais Espíritos não assumam predomínio, porquanto, em acontecendo isso, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles. É ponto esse de tal modo capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas às precauções necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades.
É fundamental que os orientadores espíritas, empenhados no trabalho de estudo e educação mediúnica, tenham consciência do que representa essa prática para saber auxiliar acertadamente. O orientador espírita necessita conhecer com segurança a Doutrina Espírita e as sutilezas da prática mediúnica; deve ser alguém que busca vivenciar os ensinos evangélicos, para poder transmitir ao médium iniciante respostas esclarecedoras às dúvidas e conforto moral às suas alterações emocionais ou efetivas.
A criatura, cuja faculdade mediúnica eclodiu, e que se dispõe a iniciar o seu exercício, deve ter consciência da importância e da significação dessa faculdade. Por isso mesmo, os amigos desencarnados, sempre que responsáveis e conscientes dos próprios deveres diante das Leis Divinas, estarão entre os homens exortando-os à bondade e ao serviço, ao estudo e ao discernimento, porquanto a força mediúnica, em verdade, não ajuda e nem edifica quando esteja distante da caridade e ausente da educação.
Ana Maria Teodoro Massuci

Fonte. ESPIRIT BOOK
www.espiritbook.com.br/

“PODEMOS ACESSAR INFORMAÇÕES DE OUTRAS ENCARNAÇÕES? ”

É possível acessarmos experiências de outras encarnações?
A reação psicológica chamada déjà vu demonstra que sim. O termo é uma expressão da língua francesa que significa “já visto”. Freud explica o déjà vu como produto de fantasias inconscientes, quando algo inconsciente emerge à consciência, provocando uma sensação de “estranheza”.
Cerca de 60% das pessoas dizem que já tiveram esta sensação e as ocorrências são mais frequentes entre pessoas de 15 a 25 anos de idade. Saiba mais sobre.
Aparentemente sem explicação e extremamente repentino, o déjà vu pode ocorrer quando conhecemos pessoas novas e visitamos locais ou cidades que nunca estivemos antes.
As expressões são, na grande maioria dos casos, as mesmas: “Estou com a impressão que te conheço de algum lugar…”, “Acho que já estive aqui antes…”, “Este lugar não me é estranho…”
Neste momento surge uma espécie de “acesso espiritual” que admite o contato às energias adormecidas pelo esquecimento das vivências anteriores.
Como a Doutrina Espírita explica o déjà vu?
Conhecendo os princípios da Doutrina codificada por Allan Kardec entendemos que reencarnamos diversas vezes, passando por muitas experiências que, em algumas vezes, podem ser acessadas. Desta forma, ocorre o déjà vu.
Sabe aquela pessoa que você acabou de conhecer e parece que já conhece há anos? Sim, você pode já conhecê-la (até mesmo há séculos)! Sabe aquele lugar que você pensou já ter passado, sem nunca ter estado antes? Você pode já ter visitado em outra existência!
No capítulo VIII de O Livro dos Espíritos Kardec pergunta a espiritualidade se duas pessoas que se conhecem podem se visitar durante o sono. A resposta mostra uma das relações com o déjà vu:
“Sim, e muitas outras que creem não se conhecerem, se reúnem e conversam. Podes ter, sem disso suspeitar, amigos em outro país. O fato de ir ver, durante o sono, os amigos, os parentes, os conhecidos, as pessoas que vos podem ser úteis, é tão frequente que o fazeis quase todas as noites”.
Se nós fazemos isso durante a noite, imagina quantos reencontros temos durante o nosso dia a dia, que muitas vezes nem percebemos?
Vamos ficar atentos com estas sensações oferecidas por Deus para não perdermos grandes oportunidades de nos conhecermos melhor e de nos reconciliarmos com nosso próximo.

Radio Boa Nova- Fonte. ESPIRIT BOOK

www.espiritbook.com.br/

“HISTÓRIA DE UM ESPIRITO QUE DECIDIU PERMANECER NA CASA ONDE SEMPRE VIVEU. ”

Esta história serve para exemplificar aqueles espíritos, até mesmo entes queridos, que possuem certo apego a vida terrena e não partem para um plano mais elevado. São espíritos que habitam nos lares onde muitas vezes nasceram ou nos quais viveram momentos muito bons ou muito ruins.
Encontrei este conto num livro da Zíbia Gasparetto, que dá instruções muito elucidativas para aquelas pessoas que ainda não possuem grande conhecimento da dinâmica do plano espiritual, explicando no final como tais fenômenos podem ocorrer.
Giovane Mastrososa, casado com Rosa, tinha quatro filhos e residia em Luca, na Itália. Ele era marinheiro, ela tomava conta da família. Cansado da miséria em que viviam, tendo ouvido falar muito sobre o Brasil, Giovane resolveu emigrar com a família. Vieram para o Brasil.
Rosa pensava em voltar para a Itália quando a situação do país melhorasse, mas isso nunca aconteceu. Foram para Minas Gerais, compraram um pedaço de terra e construíram sua vida. Aos poucos, começaram a amar este país, desistiram de voltar. Os filhos foram crescendo, casando e morando todos ao lado dos pais.
Giovane desencarnou, mas a nona Rosa, como era carinhosamente chamada por todos, continuou comandando a família. Mudaram-se todos para São Paulo. Nona Rosa, já com 86 anos, lúcida, usando um avental, passava horas sentada ao lado do fogão, pitando o cigarrinho de palha que ela mesma fazia, tendo ao lado uma latinha, forrada com um pedaço de jornal, a qual, religiosamente de hora em hora, ela cuspia dentro.
Morreu muito idosa, depois de todos os seus filhos já haverem desencarnado, só ficando seus netos e bisnetos.
Seu neto Bruno era um dos herdeiros e alugou a casa da família por vinte anos entrando em acordo com os demais.
Um dia ele resolveu demolir a casa que já estava muito velha para construir uma nova.
Começou a demolição, e numa tarde, Rosana, filha de Bruno, foi visitá-lo nas ruínas, levando sua filhinha de dois anos, que se chamava Bruna.
Entraram nas ruínas e Rosana procurou desviar dos entulhos e chegar até onde seu pai estava quando viu a pequena Bruna acenar com a mão e dizer:
— Oi, nona!
Rosana pensou não ter ouvido bem e continuou procurando chegar até o pai. Conversaram algum tempo e quando ela chamou a filha para ir embora viu que a menina olhou para o lugar onde a nona costumava sentar-se, ao lado do fogão, e acenou alegre dizendo:
— Tchau, nona!
Rosana ficou arrepiada. Foi para casa e comentou com sua mãe e as duas resolveram perguntar para Bruna:
— Para quem você acenou lá na casa do vovô?
— Para a nona Rosa. Ela estava fumando e cuspindo em uma latinha!
Explicação da Zíbia Gasparetto para tal fenomenologia:
As crianças têm muita facilidade de perceber a presença de seres do mundo astral. Nos primeiros sete anos de vida ainda estão muito ligadas ao mundo espiritual. Contudo, conforme vão crescendo, essa percepção vai desaparecendo.
É comum as narrativas infantis de seres que elas veem, de amiguinhos que ninguém mais vê e com os quais elas brincam com naturalidade. Os adultos dizem que tudo não passa de fantasia, mas diante do caso de Bruna, quem se atreveria a dizer isso?
Bruna nasceu depois de a nona ter desencarnado. O fato de a menina reconhecer a nona Rosa pode ter sido por causa de alguma foto que ela tinha visto. São comuns as pessoas da família conservar fotos antigas nas paredes e mostrarem às crianças dizendo quem foi.
Bruna pode ter reconhecido a nona assim. Esse ponto não foi esclarecido por quem relatou o caso. Mas se ninguém lhe mostrou nenhuma foto, ela pode ter conhecido a nona Rosa no astral, antes de reencarnar. Bruna também poderia ter conhecido a nona em outra encarnação.
O mais importante é que uma criança de apenas dois anos, nunca teria como inventar uma história dessas.
Quanto à nona, após a morte do corpo físico, pode ter continuado a viver ali, junto das pessoas da família, no lugar a que se habituara por tantos anos, fazendo o que fazia antes.
Quando a pessoa morre é assistida por amigos espirituais que a convidam a deixar este mundo. Contudo, quando ela se recusa, eles deixam que as coisas sigam um curso natural.
Nona Rosa ficou apegada ao passado durante anos, alheia à realidade. Mas a vida providenciou a mudança, inspirando seu neto Bruno a que demolisse a casa e construísse outra no lugar.
Com a construção da nova casa, nona Rosa com certeza percebeu que o passado não mais existia. Que tudo estava diferente e que era hora de seguir outro rumo.
Fonte: 
Eles Continuam Entre Nós. Zíbia Gasparetto. 1ª edição, 2008.



quarta-feira, 15 de novembro de 2017

“PERANTE A DESENCARNAÇÃO, COMO SE COMPORTAR EM VELÓRIOS? ”

Resignar-se ante a desencarnação inesperada do parente ou do amigo, vendo nisso a manifestação da Sábia Vontade que nos comanda os destinos.
Maior resignação, maior prova de confiança e entendimento.
Dispensar aparatos, pompas e encenações nos funerais de pessoas pelas quais se responsabilize, abolir o uso de velas e coroas, crepes e imagens, e conferir ao cadáver o tempo preciso de preparação para o enterramento ou a cremação.
Nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo.
Emitir para os companheiros desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual for a sua condição.
Proceder corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte.
O companheiro recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se.
Desterrar de si quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecer.
A solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana.
Transformar o culto da saudade, comumente expresso no oferecimento de coroas e flores, em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário, fazendo o mesmo nas comemorações e homenagens a desencarnados, sejam elas pessoais ou gerais.
A saudade somente constrói quando associada ao labor do bem.
Ajuizar detidamente as questões referentes a testamentos, resoluções e votos, antes da desencarnação, para não experimentar choques prováveis, ante inesperadas incompreensões de parentes e companheiros.
O corpo que morre não se refaz.
Aproveitar a oportunidade do sepultamento para orar, ou discorrer sem afetação, quando chamado a isso, sobre a imortalidade da alma e sobre o valor da existência humana.
A morte exprime realidade quase totalmente incompreendida na Terra.
"Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte." - Jesus - (João, 8:15).


André Luiz.

“JESUS VOLTARÁ? O QUE DIZ O ESPIRITISMO SOBRE A SEGUNDA VOLTA DO CRISTO! ?”

"Digo-vos, em verdade, que alguns daqueles que aqui se encontram não sofrerão a morte, sem que tenham visto vir o Filho do homem no seu reino." (S. Mateus, cap. XVI, vv. 24 a 28.)
É crescente o número de doutrinas ditas cristãs que divulgam o retorno de Jesus no plano físico terreno. A maioria delas, para não dizer todas, se apoiam nas escrituras sagradas para sustentar tal afirmação. Segundo essas doutrinas, Jesus voltará para separar o joio do trigo e assim presidir o juízo final, onde os bons terão seu lugar assegurado no paraíso e os maus, condenados ao sofrimento eterno.
Analisemos alguns aspectos que nos ajudarão a esclarecer o ponto chave do assunto proposto:
1) Deus, inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas, em sua infinita sabedoria e misericórdia não imporia a nenhum de nós o sofrimento eterno. Ao contrário, Ele nos concede a oportunidade de regeneração através de uma nova existência (reencarnação). Mas então, alguém questionaria: Aquele que se arrepende sinceramente não é perdoado de imediato?  De fato, o arrependimento é um passo importante para evolução moral do espírito. É o início da reparação, entretanto não nos exime da culpa de um mal causado a outrem ou a nós mesmos. É necessário corrigir o erro para seguirmos adiante. Nossa própria consciência nos cobrará, portanto, não há necessidade de um "juízo final" e por consequência, a volta de Jesus para este fim. Aqueles que insistirem em permanecer estacionados na jornada evolutiva, serão destinados a mundos compatíveis com seu adiantamento, mas jamais serão excluídos da misericórdia divina.
2) Algumas doutrinas religiosas "levam ao pé da letra" o que está contido na bíblia. É importante ressaltar que Jesus não deixou nada escrito e que sua pedagogia era permeada de alegorias e metáforas, o que pode gerar erro de interpretação. O Mestre de Nazaré julgou não ser oportuno a abordagem aprofundada de diversos temas (incluindo a reencarnação, que ajuda a compreender várias questões), pois o homem naquela época era incapaz de entender certos assuntos. Ele apenas plantou a semente pra que ela germinasse no tempo devido. Sabe-se ainda que as escrituras existentes começaram a ser produzidas após o retorno de Jesus a pátria espiritual, pelas pessoas que foram próximas a ele e que também tinham dificuldade em compreendê-lo. Posteriormente a bíblia para chegar ao formato que conhecemos hoje, teve que passar pelo crivo de homens imperfeitos que adequaram os textos para que se atingisse o interesse desejado na época. Não há como garantir que as mensagens que temos acesso hoje, são fiéis ao que o Cristo propagou em sua época.
E para os espíritas, Jesus voltará?
O Espiritismo é alvo de duras críticas por parte das doutrinas que acreditam na volta de Jesus, justamente por analisar o assunto sob  outro prisma. Para responder a essa indagação, vamos considerar um dos livros que compõem a Codificação Espírita, intitulado "A Gênese". Nele, Allan Kardec faz uma breve reflexão sobre o assunto, no item 45:
43. Disse então Jesus a seus discípulos: Se alguém quiser vir a mim, que tome sua cruz e siga-me; _ pois aquele que quiser salvar sua vida perdê-la-á, e aquele que perder sua vida por amor de mim a reencontrará.
E de que valeria ao homem ganhar todo o mundo, e perder sua alma? Ou por que preço poderá o homem resgatar sua alma, depois de havê-la perdido? _ Pois o Filho do homem deve vir na glória de seu Pai com seus anjos, e então dará a cada um segundo suas obras.
Digo-vos, em verdade, há alguns dos que estão aqui, que não experimentarão a morte senão depois de haverem visto o Filho do homem vir em seu reino. (S. Mateus, cap. XVI, vers. de 24 a 28).
44. Então o sumo-sacerdote, levantando-se no meio da assembleia, interrogou a Jesus e lhe disse: Vós não respondeis nada aos que depõem contra vós? _ Mas Jesus permaneceu em silêncio e nada respondeu. O sumo-sacerdote ainda o interrogou e lhe disse: Sois vós o Cristo, o Filho de Deus abençoado para sempre? _ Jesus lhe respondeu: Eu o sou, e vereis um dia o Filho do homem sentado à direita da majestade de Deus, vindo sobre as nuvens do céu.
Logo o sumo-sacerdote, rasgando suas vestes, lhes disse: Que necessidade temos de mais testemunhas? (S. Marcos, cap. XIV, vers. 60 a 63).
45 - Jesus anuncia o seu segundo advento, mas não diz que voltará à Terra com um corpo carnal, nem que personificará o Consolador . Apresenta-se como tendo de vir em Espírito, na glória de seu Pai, a julgar o mérito e o demérito e dar a cada um segundo as suas obras, quando os tempos forem chegados."
Analisando esta afirmativa de Kardec, entendemos que a questão permanece em aberto. Jesus pode em algum momento retornar ao plano terreno, entretanto não deixou claro como e quando este fato ocorrerá. O espírito de Amélia Rodrigues também retrata o assunto no livro "Quando a primavera voltar", através da psicografia de Divaldo Franco:
“Jesus prossegue sendo a eterna Primavera por que todos anelamos. Esperar a Sua volta é a ambição que devemos, no momento, acalentar, preparando a Terra desde então para esse momento de vida, beleza e abundância...”.
O fato é que Ele não retornará para mediar o "Juízo Final". Para nós espíritas, o fim dos tempos não significa que o mundo acabará, tão pouco que seremos julgados de alguma forma por Jesus. O Cristo é exemplo de amor e quem ama não julga.
Através do desenvolvimento moral e intelectual da humanidade, a Terra também passará pelo inevitável progresso e aqueles que já estiverem em condições de participar dos tempos ditosos deste planeta, permanecerão neste mundo para desfrutar daquilo que cultivou no pretérito. Quem ainda não atingiu este patamar, será convidado a habitar outros mundos conforme seu adiantamento.
Jesus esteve e permanece entre nós, nos mostrando o caminho para a felicidade eterna, seja através de suas ideias, ou de seus prepostos enviados a Terra de tempos em tempos.
“Eis que estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28:20).
Então, como entender os sinais dos tempos?
Para muitos, os acontecimentos catastróficos que acometem o planeta são sinais apocalípticos, indicando a volta de Jesus e o fim dos tempos. Esses sinais, para algumas religiões, são caracterizados pelos desastres naturais; as guerras; as crises econômicas.
Os primeiros, desde a origem do planeta, ocorrem de forma sincronizada e são interpretados pelos espíritas como consequência da Lei do Progresso, pela qual todos nós estamos submetidos, inclusive o orbe planetário. Terremotos; tsunamis; fenômenos climáticos de todas as ordens, sempre aconteceram e nunca deixarão de existir. Aqueles que são vitimados nessas intempéries, que por vezes, são comunidades inteiras ou até mesmo civilizações, estão sujeitos ao aperfeiçoamento moral, afim de acelerar a evolução desses povos e por consequência, o progresso do próprio  globo. Todos as grandes civilizações da história da humanidade saíram de cena para dar lugar a povos mais adiantados (Civilização Egípcia, Civilização Romana, etc.;). Se analisarmos desde o surgimento dos primeiros homens até os dias atuais, concluiremos que a humanidade experimentou um progresso incalculável e que se tornou mais acentuado nos últimos séculos.
"O progresso da Humanidade se cumpre, pois, em virtude de uma lei. Ora, como todas as leis da Natureza são obra eterna da sabedoria e da presciência divinas, tudo o que é efeito dessas leis resulta da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável."
As guerras e as crises econômicas nada mais são do que fruto da ignorância do homem, que acaba por abusar de seu livre-arbítrio. Certamente, todos os atos bárbaros trazem consequências a humanidade. Talvez, se não tivéssemos atravessado duas grandes guerras, já estaríamos vivendo em um mundo mais ditoso.
"Sim, decerto, a Humanidade se transforma, como já se transformou noutras épocas, e cada transformação se assinala por uma crise que é, para o gênero humano, o que são, para os indivíduos, as crises de crescimento. Aquelas se tornam, muitas vezes, penosas, dolorosas, e arrebatam consigo as gerações e as instituições, mas, são sempre seguidas de uma fase de progresso material e moral."
(A Gênese - Allan Kardec)
Estamos vivendo o fim dos tempos?
De certa forma sim. Deixaremos este tempo em que vivemos em um mundo de provas e expiações,  para viver no tempo de um mundo regenerado. Isso significa um mundo melhor, com menos sofrimento, menos egoísmo e mais solidariedade entre os povos. As provas  e expiações dolorosas que são características de mundos pouco evoluídos como a Terra, não mais existirão.
[...] "Quando, por conseguinte, a Humanidade está madura para subir um degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus, como se pode dizer também que, em tal estação, eles chegam para a maturação dos frutos e sua colheita."
(A Gênese - Allan Kardec)
Quando se completará a transição?
Não há uma data definida para o planeta se tornar um mundo de regeneração. Sabe-se apenas que as transformações já se iniciaram. A cada dia, somos convidados a mudar nossos hábitos e corrigir nossas tendências viciosas para progredir ao máximo. A maioria de nós está vivendo a última oportunidade na Terra. É preciso evoluir para permanecer no novo mundo regenerado.

Fonte: Espiritismo em Cristo-
espiritismoemcristo.blogspot.com/

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...