A juíza Mônica Cézar Moreno
Senhorello determinou internação provisória de aluno que atirou contra colegas
em escola de Goiânia. O crime aconteceu na manhã de 20 de outubro de 2017, no
Conjunto Riviera. Além das mortes de João Vitor Gomes e João Pedro Calembo,
ambos de 13 anos, outros quatros alunos, da mesma sala, foram baleados e estão
internados. O adolescente assassino deve ficar internado por 45 dias.
Acredita-se que o menor tenha planejado o crime e que efetuou os disparos
porque era alvo de bullying no colégio.
Outro caso chocante com outro
desfecho foi o da jovem Britney Mazzoncini, de 16 anos, de Glasgow, na Escócia
que decidiu tirar a própria vida após sofrer bullying de perfis falsos no
Facebook. Mazzoncini, tinha depressão, que foi piorada pelos traumas que os
agressores deixaram. Antes de se suicidar, ela deixou mensagens na rede social
reclamando das ofensas dizendo que "as palavras podem machucar as pessoas,
e elas precisam perceber isso antes que seja tarde demais".
Outra tragédia foi a chacina de
Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, em que meninos e meninas ficaram
irmanados num trágico destino. Suas vidas foram prematuramente ceifadas num
episódio que mais parecia um filme de terror. Jornais, redes de TV, revistas,
rádios e Internet noticiaram o crime horroroso ocorrido na Escola Municipal
Tasso da Silveira. Foi um episódio para cujas causas não há como permanecermos
estáticos na busca de entendimento.
O assassino Wellington Menezes de
Oliveira, embora com a mente arruinada e razão obliterada, fez sua opção de
atirar contra jovens estudantes. Na fita gravada, Wellington alegou ter sofrido
bullying, anos antes, na mesma escola; porém, poderia ter superado o trauma de
antanho. Ainda que admitamos sua provável subjugação por mentes perversas do além,
a responsabilidade da decisão recai integralmente sobre ele.
O bullying, que tem sido discutido
por especialistas das áreas do direito, da psicologia, da medicina, da
sociologia, da pedagogia e outras. O tema começou a ser pesquisado há cerca de
alguns anos na Europa, quando descobriram que essa forma de violência estava
por trás de muitas tentativas de homicídio e suicídio de adolescentes.
O que, à primeira vista, pode parecer
uma simples brincadeira inofensiva, pode afetar emocional e fisicamente o alvo
da chacota. Crianças e adolescentes que sofrem humilhações racistas,
difamatórias ou separatistas podem ter queda do rendimento escolar, somatizar o
sofrimento em doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que
influencie traços da personalidade.
Não há dúvida que atualmente há
muitos espíritos primários reencarnados na Terra. Por isso os pais devem ter
cuidado redobrado com a disciplina dos próprios filhos, reforçando na
intimidade doméstica os exemplos de moralidade. Pais, avós e professores formam
os grupos encarregados da educação. Não se pode permitir que esses espíritos
espiritualmente infantilizados reencarnados sejam entregues simplesmente às
mãos de funcionários despreparados, ou sob a estranha tutela da televisão, das
redes sociais da Internet e de violentos jogos eletrônicos.
Urge estabelecer limites aos nossos
filhos. Desde os primeiros anos, devemos ensiná-los a fugir do abismo da
liberdade, controlando lhe as atitudes e concentrando-lhe as posições mentais,
pois que essa é a ocasião mais propícia à edificação das bases de uma vida.
Sabemos haver filhos rebeldes e
“incorrigíveis”, impermeáveis a todos os processos educativos. Nesses casos
(filhos incorrigíveis) os pais, amando e norteando os passos dos filhos sem
desânimos e descontinuidades da atenção e do sacrifício, devem esperar a
manifestação da Providência Divina para o entalhe moral dos filhos
incorrigíveis, que deverá chegar através de dores e de provas acerbas, de modo
a semear-lhes, com êxito, o campo da compreensão, do sentimento e do respeito
ao próximo.
Oremos pelos pais do homicida e pelos
pais de suas vítimas cujas vidas prematuramente ceifadas deixam rastro de uma
dor demasiadamente intensa.
Fonte: Rede Amigo Espírita – Por: Jorge
Hessen
jorgehessen@gmail.com