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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

“POR QUE HÁ CENTROS ESPÍRITAS QUE TEM TRABALHOS DE CURA E OUTROS NÃO? ”

Na verdade, todo Centro Espírita possui um trabalho de cura muito bem montada através da FLUIDOTERAPIA, que são os passes e a água fluidificada e deveria ser o único.
O magnetismo tem poder de cura, o próprio Allan Kardec nos fala na Revista Espírita e nas obras da codificação. Antes de estudar fenômenos espíritas, ele estudou magnetismo por mais de 30 anos. O Espiritismo não faz milagres; unicamente descobriu algumas leis que regem os fluidos e as aplica em benefício da humanidade sofredora.
Os espíritos curadores se utilizam dos fluidos que os médiuns passistas irradiam para a produção das curas e manipulação dos remédios fluídicos.
Os que estão recebendo o passe deverão ligar seu pensamento ao alto, para ajudar a receptividade. De pensamento elevado, o magnetismo penetra mais facilmente. E de pensamento negativo, dificulta a penetração dos fluidos. Os doentes incuráveis (sabemos que nem todos receberão a cura) encontrarão profundo alívio no passe e na água magnetizada.
Por que muitas pessoas se curam na casa espírita?
Muitas pessoas se curam na casa espírita, fazendo promessa na igreja católica, passando óleo ungido dos templos protestantes (evangélicos), com florais de Bach, cromoterapia, etc., porque "é a fé que os cura" Elas estavam receptivas aos fluidos trazido pelos trabalhadores de Deus que se encontram em todos os lugares e casas religiosas. Eles não olham a forma que a pessoa escolheu para se curar e nem a religião, eles apenas se aproveitam da receptividade dessa pessoa para realizar a cura. Lógico que observam o mérito da pessoa, a chance daquela cura despertar na pessoa a busca da saúde do espírito e o planejamento dessa pessoa, antes de encarnar. Pois, há quem peça, por exemplo, uma doença como prova. Por isso, é preciso esclarecer, aos frequentadores da Casa Espírita, que a cura não acontece em todos os casos. Ás vezes, o bem do doente está em continuar sofrendo. Devemos explicar, segundo a visão espírita, porque ficamos doentes, porque uns conseguem curar-se e outros não, etc. Para que os que não alcançarem a cura, não saiam decepcionados achando que o Espiritismo é uma religião de charlatães. Os Centros Espíritas precisam, ao lado do passe, propiciar os meios para que frequentadores conheçam a doutrina e se exercitem num trabalho íntimo de evangelização, para a conquista da saúde definitiva, que é a cura das chagas da alma.
Fonte: Grupo de estudos Alan Kardec- Rudymara


“A MORTE NÃO EXISTE, É APENAS UMA TRANSIÇÃO EM SUA EXISTÊNCIA”

"Sobre a Terra, tudo é ilusão, tudo passa, tudo se transforma de um instante para outro. O   que  conta é o que guardamos dentro de  nós, tudo mais há de ficar com o corpo, que se desfará em pó.“ Chico Xavier

“Devemos aceitar a chegada da chamada morte, assim como o dia aceita a chegada da noite – tendo confiança que, em breve, de novo há de raiar o Sol !... “
"A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. Para além da campa, abre-se uma nova fase de existência. O Espírito, debaixo da sua forma fluídica, imponderável, prepara-se para novas reencarnações; acha no seu estado mental os frutos da existência que findou.
Por toda parte se encontra a vida. A Natureza inteira mostra-nos, no seu maravilhoso panorama, a renovação perpétua de todas as coisas. Em parte alguma há a morte, como, em geral, é considerada entre nós; em parte alguma há o aniquilamento; nenhum ente pode perecer no seu princípio de vida, na sua unidade consciente. O Universo transborda de vida física e psíquica. Por toda parte o imenso formigar dos seres, a elaboração de almas que, quando escapam às demoradas e obscuras preparações da matéria, é para prosseguirem, nas etapas da luz, a sua ascensão magnífica.
A vida do homem é como o Sol das regiões polares durante o estio. Desce devagar, baixa, vai enfraquecendo, parece desaparecer um instante por baixo do horizonte. É o fim, na aparência; mas, logo depois, torna a elevar-se, para novamente descrever a sua órbita imensa no céu.
A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. A própria morte pode ter também a sua nobreza, a sua grandeza. Não devemos temê-la, mas, antes, nos esforçar por embelezá-la, preparando-se cada um constantemente para ela, pela pesquisa e conquista da beleza moral, a beleza do Espírito que molda o corpo e o orna com um reflexo augusto na hora das separações supremas. A maneira por que cada qual sabe morrer é já, por si mesma, uma indicação do que para cada um de nós será a vida do Espaço.
Há como uma luz fria e pura em redor da almofada de certos leitos de morte. Rostos, até aí insignificantes, parecem aureolados por claridades do Além. Um silêncio imponente faz-se em volta daqueles que deixaram a Terra. Os vivos, testemunhas da morte, sentem grandes e austeros pensamentos desprenderem-se do fundo banal das suas impressões habituais, dando alguma beleza à sua vida interior. O ódio e as más paixões não resistem a esse espetáculo. Ante o corpo de um inimigo, abranda toda a animosidade, esvai-se todo o desejo de vingança. Junto de um esquife, o perdão parece mais fácil, mais imperioso o dever.
Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. Depois de certo tempo de perturbação, tornamos a encontrar-nos, além do túmulo, na plenitude das nossas faculdades e da nossa consciência, junto dos seres amados que compartilharam as horas tristes ou alegres da nossa existência terrestre. A tumba apenas encerra pó. Elevemos mais alto os nossos pensamentos e as nossas recordações, se quisermos achar de novo o rastro das almas que nos foram caras.
Não peçais às pedras do sepulcro o segredo da vida. Os ossos e as cinzas que lá jazem nada são, ficai sabendo. As almas que os animaram deixaram esses lugares, revivem em formas mais sutis, mais apuradas. Do seio do invisível, onde lhes chegam as vossas orações e as comovem, elas vos seguem com a vista, vos respondem e vos sorriem. A Revelação Espírita ensinar-vos-á a comunicar com elas, a unir os vossos sentimentos num mesmo amor, numa esperança inefável.
Muitas vezes, os seres que chorais e que ides procurar no cemitério estão ao vosso lado. Vêm velar por vós aqueles que foram o amparo da vossa juventude, que vos embalaram nos braços, os amigos, companheiros das vossas alegrias e das vossas dores, bem como todas as formas, todos os meigos fantasmas dos seres que encontrastes no vosso caminho, os quais participaram da vossa existência e levaram consigo alguma coisa de vós mesmos, da vossa alma e do vosso coração. Ao redor de vós flutua a multidão dos homens que se sumiram na morte, multidão confusa, que revive, vos chama e mostra o caminho que tendes de percorrer.
Ó morte, ó serena majestade! Tu, de quem fazem um espantalho, és para o pensador simplesmente um momento de descanso, a transição entre dois atos do destino, dos quais um acaba e o outro se prepara. Quando a minha pobre alma, errante há tantos séculos através dos mundos, depois de muitas lutas, vicissitudes e decepções, depois de muitas ilusões desfeitas e esperanças adiadas, for repousar de novo no teu seio, será com alegria que saudará a aurora da vida fluídica; será com ebriedade que se elevará do pó terrestre, através dos espaços insondáveis, em direção àqueles a quem estremeceu neste mundo e que a esperam.
Para a maior parte dos homens, a morte continua a ser o grande mistério, o sombrio problema que ninguém ousa olhar de frente. Para nós, ela é a hora bendita em que o corpo cansado volve à grande Natureza para deixar à Psique, sua prisioneira, livre passagem para a Pátria Eterna.
Essa pátria é a Imensidade radiosa, cheia de sóis e de esferas. Junto deles, como há de parecer raquítica a nossa pobre Terra” O Infinito envolve-a por todos os lados. O infinito na extensão e o infinito na duração, eis o que se nos depara, quer se trate da alma, quer se trate do Universo.
Assim como cada uma das nossas existências tem o seu termo e há de desaparecer, para dar lugar a outra vida, assim também cada um dos mundos semeados no Espaço tem de morrer, para dar lugar a outros mundos mais perfeitos.
Dia virá em que a vida humana se extinguirá no Globo esfriado. A Terra, vasta necrópole, rolará, soturna, na amplidão silenciosa.
Hão de elevar-se ruínas imponentes nos lugares onde existiram Roma, Paris, Constantinopla, cadáveres de capitais, últimos vestígios das raças extintas, livros gigantescos de pedra que nenhum olhar carnal voltará a ler. Mas, a Humanidade terá desaparecido da Terra somente para prosseguir, em esferas mais bem dotadas, a carreira de sua ascensão. A vaga do progresso terá impelido todas as almas terrestres para planetas mais bem preparados para a vida. É provável que civilizações prodigiosas floresçam a esse tempo em Saturno e Júpiter; ali se hão de expandir humanidades renascidas numa glória incomparável. Lá é o lugar futuro dos seres humanos, o seu novo campo de ação, os sítios abençoados onde lhes será dado continuarem a amar e trabalhar para o seu aperfeiçoamento.
No meio dos seus trabalhos, a triste lembrança da Terra virá talvez perseguir ainda esses Espíritos; mas, das alturas atingidas, a memória das dores sofridas, das provas suportadas, será apenas um estimulante para se elevarem a maiores alturas.
Em vão a evocação do passado, lhes fará surgir à vista os espectros de carne, os tristes despojos que jazem nas sepulturas terrestres. A voz da sabedoria dir-lhes-á: “Que importa as sombras que se foram! Nada perece. Todo ser se transforma e se esclarece sobre os degraus que conduzem de esfera em esfera, de sol em sol, até Deus”. Espírito imorredouro, lembra-te disto: “A morte não existe”.
Léon Denis - O Problema do Ser, do Destino e da Dor

Fonte: Página Espírita

“SABEMOS DECODIFICAR O AVISO DO NOSSO SER INTERIOR? ”

Primeiramente, é interessante pararmos para pensar se sabemos que o nosso ser interno nos manda “sinais de fumaça” a cada situação em que nos sentimos perdidos.
É engraçado falar isso, porque se formos analisar rapidamente, diríamos que não. Quando estamos vivenciando os momentos difíceis, nada parece fazer muito sentido, parece que estamos muito sós e que não sabemos como agir. Mas, por incrível que pareça, isso não é verdade.
O tempo todo estamos mandando para nós mesmos avisos sobre o comportamento que temos, sobre as experiências que vivenciamos, mas nos fazemos de surdos diante deles.
Ora, se não temos todas as respostas para as nossas perguntas como o nosso Ser interior poderia nos orientar sobre elas? Fácil: se acreditamos que estamos preparados para as experiências que vivenciaremos, podemos não ter todas as respostas, mas temos condições de consegui-las. E o nosso Ser interno sabe disso!
Como, então, conseguiremos decodificar os avisos? Estando atentos às nossas reações diante das coisas. Essas reações, normalmente, vêm na forma de emoções e sentimentos.
Queria compartilhar uma experiência com vocês para que compreendam o que eu estou falando: estava eu conversando com uma amiga e ela me fez umas críticas sobre uma postura que eu adoto como mãe. Tenho que admitir que eu fiquei muito chateada. Tudo o que foi falado me parecia muito injusto, porque eu sempre dei o meu “melhor” para compreender e auxiliar os meus filhos, mesmo quando eu me sinto completamente perdida.
Continuando, por eu já compreender que sou eu quem construo a minha felicidade ou o meu sofrimento, percebia claramente, em meu íntimo, ambos batalhando para ver quem tomaria conta do meu estado emocional. Infelizmente, por um tempo considerável, eu permiti que o sofrimento prevalecesse, alimentando-o ante a “injustiça” cometida.
Quantas vezes vocês não sentem a mesma coisa? Quantas vezes vocês raciocinam que manter aquela atitude está lhes trazendo sofrimento, mas, nenhum pensamento razoável faz com que vocês abram mão de continuar sofrendo?
Acho que foi isso que eu fiz. Eu queria que a pessoa entendesse que aquelas palavras foram fortes e que eu não gostei do que ouvi porque acredito que dou o meu melhor.
Depois de um tempo, quando os ânimos esfriaram em mim, parei para pensar e percebi que, talvez, eu não estivesse tão certa como eu achava; percebi que, talvez, o cerne daquela questão não estava em eu dar o meu melhor, mas simplesmente estar trilhando um caminho equivocado; percebi que, talvez, eu pudesse ouvir aquele “conselho” e agradecer por alguém se importar comigo, a ponto de me falar as suas verdades; percebi que, talvez, eu poderia modificar alguns parâmetros que tenho.
Sabem, eu aprendi com a espiritualidade amiga que quando a gente se perturba com algo é porque esse algo não está bem trabalhado em nós, é porque nem a gente está seguro de nossas próprias “convicções”...
Se assim é e se somos nós que criamos o ambiente em que vivemos, podemos escutar os nossos avisos e criar os melhores sentimentos e emoções a cada circunstância de nossas vidas, sejam elas boas ou não.
Levei um tempo para me recompor daquela experiência, mas percebi que o que me deixou muito triste não foi o que me disseram, mas sim de eu estar insegura em relação aquele assunto e não estar preparada para ter que mudar aquele ponto.
Será que as reações que cada um de vocês está tendo com o próximo não é um reflexo de suas próprias convicções em ruínas? Será que não é o nosso Ser interior pedindo para que a gente busque empreender mudanças que estão mais do que na hora de serem abraçadas e a gente não quer ouvi-lo? Será que, diante de nossa surdez, ainda precisaremos do outro para nos dar esses toques?
Se estivermos atentos aos avisos de nosso Ser interior, compreenderemos que os nossos sentimentos e emoções chegam sem conseguirmos impedi-los, mas que não somos escravos deles. Assim, poderemos escolher se desejamos segui-los ou desconstrui-los um a um através de uma conscientização de nosso Ser.
Se reagirem negativamente a uma circunstância, alertem-se. Se reagirem positivamente a ela, alegrem-se.
Que possamos nos dar a oportunidade de nos vermos como os engenheiros de nossa própria vida, ficando tudo muito mais leve a cada “degrau” construído e a cada “andar” ultrapassado.

Adriana Machado

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

“EMIGRAÇÃO E IMIGRAÇÃO DOS ESPÍRITOS. ”

35. No intervalo de suas existências corporais, os Espíritos estão no estado de erraticidade, e compõem população espiritual ambiente do globo. Pelas mortes e nascimentos essas duas populações se permutam incessantemente; operam-se, pois, incessantemente, emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual, e imigrações do mundo espiritual para o mundo corporal: este é o estado normal.
36. Em certas épocas, reguladas pela sabedoria divina, essas emigrações e imigrações se operam em massas mais ou menos consideráveis, como resultado das grandes revoluções que fazem partir ao mesmo tempo, quantidades inumeráveis, as quais são logo substituídas por quantidades equivalentes de encarnações. Portanto, é preciso considerar os flagelos destruidores e os cataclismos como ocasiões de chegadas e partidas coletivas, meios providenciais de renovar a população corporal do globo, de a retemperar mediante a introdução de novos elementos espirituais mais purificados. Se, nessas catástrofes, há destruição de um grande número de corpos, ali não há senão vestes dilaceradas, porém nenhum Espírito perece: nada fazem senão mudar de ambiente; em lugar de partir isoladamente, partem em quantidades _ eis toda a diferença _ pois, quanto a partir por uma causa, ou por outra, para eles não muda a fatalidade de que mais cedo ou mais tarde deverão partir.
As renovações rápidas e quase instantâneas que se operam no elemento espiritual da população, como consequência dos flagelos destruidores, aceleram o progresso social; sem as imigrações e emigrações que ocorrem de tempos a tempos viessem dar-lhe um violento impulso, progrediria com extrema lentidão.
É notável que todas as grandes calamidades que dizimam as populações, são hoje seguidas de uma era de progresso na ordem física, intelectual e moral, e por conseguinte, no estado social dos que vivem naquele determinado povo onde se realizam. É que tiveram por finalidade operar um remanejamento na população espiritual, que é a população normal e ativa do globo.
37. Essa transfusão que se opera entre a população encarnada e a população desencarnada de um mesmo globo opera-se igualmente entre os mundos, seja individualmente nas condições normais, seja por massas em circunstâncias especiais. Há, pois, emigrações e imigrações coletivas, de um mundo para outro. Delas resulta a introdução, na população de um globo, de elementos inteiramente novos; novas raças de Espíritos, que vêm se misturar às raças existentes, constituem novas raças de homens. Ora, como os Espíritos não perdem jamais o que adquiriram, trazem com eles a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem; por conseguinte, imprimem seu caráter à raça corporal que vieram animar. Para isso, não têm necessidade de que novos corpos sejam criados especialmente para seu uso; desde que a espécie corporal existe, encontram-nos prontos a recebê-los. São, pois, simplesmente, novos habitantes; chegando sobre a Terra, a princípio fazem parte de sua população espiritual, e depois encarnam-se como os demais.
Fonte:
"A Gênese" -Cap XI - Emigração e Imigração dos Espíritos.
Livraria Allan Kardec Editora.



“IMPRESSÕES DIGITAIS PODERIAM PROVAR A REENCARNAÇÃO? ”

"Mamãe, eu morri num rio...." a frase dita a alguns anos por Felipe (nome adotado para este relato) ao passar sobre uma ponte, chocou sua mãe, que aqui chamaremos de Amélia. O menino, que desde muito cedo manifestava um grande medo do mar, tinha na ocasião apenas dois anos de idade e a família morava em Santos, litoral de São Paulo. Hoje, Felipe tem treze anos e mora com a família na cidade paulista de Jarinu. Já não se lembra mais dos detalhes da estória que contava aos atônitos pais : a de que havia vivido em Campos de Jordão, que se chamava na ocasião Augusto Ferreiro, que mexia com ferragens e cavalos e que havia morrido num acidente em que um automóvel Gol cor de vinho caberá num rio. Quando pequeno, o menino contava ainda detalhes da cidade serrana que não poderia conhecer – como o clima frio e a grande quantidade de flores azuis (hortênsias) nas ruas – já que a sua família atual jamais estivera ali.
O tempo passou e a família de Felipe nunca teve oportunidade de verificar a veracidade da estória. Até que, em dezembro passado, ao assistir ao programa "Espiritismo Via Satélite", hoje "Visão Espirita", no canal executivo da Embratel, dona Amélia conheceu o entrevistado daquele domingo, Dr. João Alberto Fiorini de Oliveira, delegado titular do Serviço de Registros Policiais para Investigações em Curitiba - Paraná. E quando soube que ele realiza pesquisas de casos de reencarnação, utilizando-se de técnicas avançadas de investigação, não teve duvidas: mandou um fax contando sua estória e pedindo o auxilio do perito.
O Dr. Fiorini interessou-se pelo caso e saiu a campo para investigar. Foi a campos de Jordão na semana do Natal de 2000 e, depois de muito procurar por pistas do tal Augusto Ferreiro – individuo que Felipe dizia ter sido em encarnação anterior – não logrou êxito. Consultou registros na Prefeitura , delegacia, cemitério, hospitais... e nada . Nenhum sinal daquele senhor. Até que, passando próximo ao teleférico num ponto de charretes (que em Campos de Jordão desempenham a função de táxi), decidiu parar e indagar aos carreteiros mais idosos.
- "Perguntei a um deles, chamado seu Antônio, se havia conhecido um tal de Augusto Ferreiro. Ele respondeu:" - conheço !, conta Fiorini. "Fiquei perplexo". Tudo indicava, portanto, tratar-se de um caso de paranormalidade, mas não de reencarnação já que Augusto Ferreiro continuava vivo. Fiorini, então, telefonou para a mãe de Felipe e relatou-lhe o fato. Ela por sua vez, contou a estória ao seu filho, que teve uma reação inusitada: entrou em um estado de profunda agitação, quase de pânico, ao se lembrar do verdadeiro Augusto Ferreiro.
Diante disso, Fiorini decidiu ir à procura desse personagem que, nesta altura dos acontecimentos, era a única pessoa capaz de decifrar o enigma. Voltou, então, ao ponto de charretes e, retomados os contatos, foi levado a residência daquele senhor.
Ali, numa casa simples, distante sete quilômetros do teleférico, Fiorini encontrou um ancião de 80 anos que o atendeu com cortesia, mas bastante desconfiado. Soube, então, que Augusto Ferreiro era um apelido. Sue nome verdadeiro é José Chagas, embora ninguém o conheça como tal, ganhara o apelido de Augusto ainda bebê, quando uma outra criança que havia nascido no mesmo dia que ele – esta sim chamada de Augusto – falecera dois dias depois. O "sobrenome" Ferreiro só veio muito mais tarde, quando passou a trabalhar com charretes, metais, ferraduras.... Feitas as apresentações, travou-se o seguinte dialogo:
Eu trouxe aqui um documento – principiou Fiorini, entregando-lhe o fax que a mãe de Felipe lhe havia enviado com o relato da historia - e gostaria que o senhor o visse e me desse algumas informações.
Augusto Ferreiro dispôs-se a colaborar.
Esse menino – prosseguiu o delegado – esta dizendo que é o senhor. É claro que está enganado ! Mas existe alguém na sua família que morreu afogado num rio ?
Não, foi a resposta categórica – não existe.
Bem, então como explica que um menino que nunca ouviu falar do senhor saiba seu nome, a cidade onde mora e como é essa cidade, mesmo nunca tendo estado aqui ?
Eu não sei – respondeu, sincero, o distinto senhor - Eu não sei nada sobre esse assunto- finalizou .
Fiorini agradeceu e se despediu, frustrado. Mas, a perplexidade não havia sido só dele, soube-o mais tarde . Naquele dia, o velho Augusto Ferreiro não consegui conciliar o sono. Disse, posteriormente, que custou a dormir e, quando pegou no sono, sonhou com um neto seu, Fernando, que ele não via há quase quinze anos. Fernando era filho de uma de suas filhas, Cidinha, que morava em Ubatuba, litoral norte de São Paulo. O que intrigou o senhor Augusto foi o fato de que o menino, no sonho, só lhe aparecia de costas. E, segundo ele, quando uma pessoa aparecia de costas - num sonho - era porque essa pessoa estava morta.
No dia seguinte, Augusto Ferreiro reuniu os filhos e contou-lhes a estória toda: o aparecimento em sua casa, na véspera, de um sujeito estranho contando uma estória igualmente estranha, de um menino que dizia ser ele e que havia morrido afogado. Depois, emendou o relato do impressionante sonho que tivera com Fernando, que há muito tempo não via, e perguntando-lhes se estavam escondendo algo sobre o neto.
Os filhos ficaram horrorizados. Entre confusos e encabulados, contaram ao pai que seu neto, Fernando, realmente havia falecido há vários anos - afogado - no rio do Boi, em Ubatuba, dragado por um tubo, ao cair de uma ponte que o próprio Augusto havia ajudado a construir. Na ocasião, a família deliberou esconder o fato do avô, para que ele não sofresse. Sim, era verdade, disseram-lhe os filhos, Fernando não estava mais entre eles.
Foi uma comoção geral e Augusto Ferreiro decidiu procurar o estranho que lhe visitara na véspera para contar-lhe o ocorrido. Mas, onde encontra-lo ? Decidiu, então, dirigir-se ao ponto de charretes e deixar recado para Fiorini procurá-lo, caso ele voltasse a passar por ali.
E foi o que ocorreu. No dia de Natal, Fiorini - que havia feito amigos entre os charreteiros - voltou para presenteá-los com panetones e vinhos. Foi quando recebeu o recado de Augusto Ferreiro e voltou a procurá-lo, ouvindo de sua boca a estória toda:
Há quinze anos, minha filha Cidinha teve um problema de tuberculose e eu fui buscá-la para fazer tratamento aqui em Campos. Ela veio e trouxe o filho, Fernando, que ficou comigo durante o período em que ela se tratava . Na época, um outro filho meu tinha um carro Gol cor-de-vinho e eles passeavam bastante pela cidade; só que esse carro não caiu no rio, não; foi destruído, tempos depois, num incêndio. Eu fazia carrinhos e brinquedos de boi para Fernando, que se afeiçoou bastante a mim, e eu a ele. Foi nessa época que ele conheceu o frio e as flores da cidade. Quando a mãe melhorou, voltaram para Ubatuba e, depois disso, eu nunca mais vi Fernando. Meus filhos contaram, agora, que pouco tempo depois de voltar para casa, meu neto - brincando num rio - foi dragado por um tubo, debaixo de uma ponte que eu ajudei a construir e morreu afogado. Eles esconderam essa estória de mim e só agora eu soube de tudo.
Mesmas digitais
A estória de Felipe, aparentemente, termina aqui. Fiorini gostaria de ter as impressões digitais de Fernando, o neto de Augusto Ferreiro, mas isso não será possível. Fernando faleceu aos seis anos de idade. Dois anos mais tarde, reencarnou em Santos, onde recebeu o nome de Felipe. Se fosse possível confrontar as digitais das duas crianças... Fiorini está convencido de que elas seriam idênticas. E esta seria a prova definitiva da realidade da reencarnação.
Essa, alias, é a polemica tese do Dr. João Fiorini : a de que carregamos as mesmas impressões digitais de uma encarnação à outra quando o intercurso – tempo decorrido entre uma encarnação e a seguinte – é relativamente curto.
Sabe-se que não existem dois seres humanos com as mesmas impressões digitais. Fiorini cita os estudos do medico Almeida Jr., já falecido, que foi professor de Direito da Faculdade do largo São Francisco, em São Paulo, e de Medicina Forense da Escola Paulista de Medicina. De acordo com esses estudos, numa relação sexual existem cerca de dezessete milhões de espermatozóides se debatendo para fecundar um dos óvulos da mulher. Isso resulta na espantosa cifra de possibilidades de combinações diferentes. Daí a improbabilidade de duas pessoas terem as mesmas digitais.
Não obstante, lembra Fiorini, existe - nos Estados Unidos - um serviço centralizado de cadastramento de pessoas com cinqüenta milhões de indivíduos registrados, todos com suas digitais. Pois bem, sempre que ocorre uma repetição de digitais, uma das pessoas envolvidas no episodio já faleceu. Jamais a digital se repete entre pessoas vivas. Como os americanos, de maneira geral, não acreditam na reencarnação, tudo para eles não passa de uma fortuita coincidência.
Segundo Fiorini, quando o período entre as encarnações é longo, as digitais acabam por sofrer a influência genética dos pais do reencarnado. Mas, se a reencarnação ocorre pouco tempo depois de desencarne anterior, a possibilidade de o períspírito manter as digitais inalteradas é bastante acentuada.
Neto de si mesmo.
Entre os casos que estão sendo pesquisados pelo perito, está o de uma criança de Maceió, Alagoas, que segundo a família seria a reencarnação do próprio avô. Também, neste caso, as evidências são significativas. A estória é a seguinte: um advogado de 80 anos de idade faleceu e, em sonhos de vários familiares, avisou que retornaria como seu próprio neto. Ocorre que esse advogado, quando tinha dezoito anos, sofreu um acidente durante uma caçada  quando a espingarda que utilizava disparou por acaso e diversos chumbos alojaram-se em sua mão direita. Todos os chumbos foram removidos, menos um, que se instalara na junta do polegar direito; o que resultou numa deformidade local: seu dedo ficou torto puxando para a palma da mão.
O advogado faleceu em 1977 e depois dos avisos em sonho - de que voltaria - em 1999 nasceu seu neto, hoje com três anos de idade. Atualmente, a criança começa a apresentar o mesmo defeito de que seu avô era portador no polegar da mão direita. A família enviou para o Dr. Fiorini as impressões digitais do menino, tiradas rudimentarmente com batom, e xerox de um documento do advogado com sua digital. Numa analise preliminar, Fiorini – que é especialista em identificação – encontrou algumas semelhanças intrigantes, mas como a digital que existe no documento do advogado é aparentemente o polegar esquerdo – talvez devido à sua deformidade na mão direita – os sinais correspondentes na impressão digital da criança estão "espelhados", já que foi tirada da mão direita. Agora, Fiorini aguarda novas impressões digitais do menino, tiradas com maior técnica, para verificar se há - realmente - as tais correspondências.
Lembranças da guerra
Na cidade paulista de Riberão Preto, um outro caso curioso esta sendo investigado pelo delegado Fiorini. O menino Geraldo, (nome fictício) quando tinha apenas três anos e quatro meses de idade, voltou-se para sua avó e disse "Vó, quando eu era grande e você era pequenininha, eu era seu pai"... A frase, dita assim de supetão, deixou a pobre senhora abismada.
Hoje, Geraldo tem oito anos e, nesse período, muitas outras revelações sobre supostas vidas passadas foram feitas por ele, como a de que algumas das marcas de nascença que carrega no corpo são resultado de tiros que teria levado em outras vidas.
Ele vive tendo pesadelos, sempre relativos a guerra – diz Fiorini que, após investigações, descobriu que o bisavô de Geraldo, efetivamente, participou de uma luta armada, a Revolução Constitucionalista de 1932, quando levou um tiro na perna.
Geraldo traz uma marca de nascença na parte posterior da perna esquerda e outras quatro marcas semelhantes às de tiros; duas menores, como se os projéteis tivessem entrado por ali e, duas maiores, como se marcassem a saída dos disparos. Essas marcas maiores estão posicionadas na parte oposta da perna e em diagonal.
Uma informação dada pelo garoto, no entanto, parece não fazer muito sentido. Ele fala da sua participação numa guerra em 1968. Ora, a única guerra que acontecia naquela época, que se saiba, era a do Vietnã. Fiorini levanta uma hipótese:
Supostamente, ele teria sido um norte-americano nessa encarnação. Como o bisavô de Geraldo morreu em 1950  e a guerra do Vietnã aconteceu em 1968, portanto dezoito anos depois, é possível que Geraldo, realmente, tenha participado dela, já que a idade para alistamento militar nos Estados Unidos é de dezesseis anos. Nesse caso, essa seria uma encarnação intermediária entre a de Geraldo e de seu bisavô.
Analisando as digitais de Geraldo, de sua avó e de seu tio, Fiorini chegou a uma coincidência no tipo de "arco" dos dedos médio e indicador da mão esquerda de todos. Mas, para concluir a pesquisa, Fiorini precisa comparar as digitais do menino com as de seu bisavô. Em quanto isso não ocorre – as buscas estão em andamento -  a expectativa permanece.
Divisor das águas
Além destes casos, Fiorini investiga outros igualmente intrigantes, como por exemplo, um que lhe chegou ao conhecimento por meio do conferencista espirita Henrique Rodrigues, de Belo Horizonte. É a estória de um sujeito Italiano chamado Giuliano Bonomi que, certa feita, procurou um pesquisador também Italiano, o professor Rancanelli, para lhe dizer que seu nome verdadeiro era Edward Schimit, que era um cidadão americano e que "durante um combate", entre 1939 e 1945, "dormiu" e depois "acordou" pequenino, numa casa Italiana, onde recebeu o nome com que agora era conhecido". Bonomi forneceu a Rancanelli os nomes dos atuais pais Italianos e dos pais americanos. O professor, que era católico e não acreditava em reencarnação, apenas anotou os dados numa ficha e anexou os retratos dos dois personagens: o italiano e o de sua suposta personalidade anterior, o americano.
Bonomi nasceu em Consenza, ao sul da Itália, em 1972. de posse dessas informações, Fiorini pretende dirigir-se aos dois paises, Itália e Estados Unidos, para pesquisar "in loco" este caso.
Com a documentação dos casos que já investigou e com as que se encontram em andamento, o delegado João Fiorini pretende escrever um livro que, acredita, será um divisor de águas na historia das pesquisas científicas de identificações. A comprovação documental da reencarnação, sem duvida, dará em salto qualitativo não só na investigação policial, como também – e principalmente – em outras áreas do conhecimento científico com ênfase para a Medicina e a Psicologia.

Fonte: Espiritismo e Razão. Por: Dr. João Fiorini

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...