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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

“A JUSTIÇA DIVINA E A LEI DE MERECIMENTO”

Jesus disse: “A cada um segundo suas obras”, ou seja, cada um receberá segundo o que tenha feito. Esta frase fala de recompensa futura, nossos atos ditarão o que colheremos na próxima encarnação. A lei divina não irá querer saber se erramos porque fomos excluídos, desprezados, humilhados, porque fomos pobres, dessa ou daquela raça, etc. Mas, como nos comportamos nestas situações. Então, deixemos a condição de “coitadinho”, de “vítimas” e lutemos para mostrar que todos somos capazes, inteligentes, dignos em qualquer situação... Ninguém veste um corpo físico que seja alto ou baixo, com ou sem defeito, precisando usar óculos ou não, dessa ou daquela raça ou posição social, etc., sem motivo. Tudo é teste e aprendizado. Precisamos passar por certas situações para podermos dar valor, para respeitarmos quem, talvez, desrespeitamos em outra encarnação, para aprendermos a utilizar o dinheiro sem egoísmo, sem uso inadequado ou viver sem ele sem revolta, sem buscá-lo de forma ilícita, etc. Se um teve mais recurso ou oportunidade, é porque ele deveria estar ali recebendo aquilo. Deus não erra de endereço. Observemos que muitos que nasceram com menos recursos e oportunidades alcançaram o que muitos com recursos e oportunidades não conseguiram. Os que tem menos, é lógico, terão que lutar mais, mas nada é por acaso. Muitos pediram, antes de encarnar, para estar naquela situação (prova). Se não pediram a lei divina os colocou ali (expiação). O que não devemos é sentir pena de nós e escolhermos um caminho errado e colocarmos a culpa no Governo, na sociedade, etc.
Texto de Rudymara-Grupo Espírita Alan Kardec

O próprio Jesus abordou de modo claro e sintético a questão do merecimento ao afirmar: "A cada um, segundo tem que estar de acordo com a razão, não contrariar a lógica e o bom senso. Em outras palavras, é inaceitável e perigosa a fé cega, alimentada pela ignorância condutora ao distanciamento da verdade e ao fanatismo.
Assim, é natural que o merecimento seja proporcional ao nosso trabalho no bem. E quando digo isso não me refiro somente à caridade, à esmola. Qualquer atividade que possa contribuir com o aperfeiçoamento do indivíduo, seja físico, intelectual, social ou moral, traz como consequência novas oportunidades de construção de si mesmo. Pela lei de Causa e Efeito, sempre recebemos o retorno de cada pensamento, palavra, expressão de sentimento ou ato praticado. Porém, ela funciona nas duas vias, isto é, tanto para o bem, paz e felicidade, como para o mal, perturbação e desconforto. Resumindo: a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Os frutos bons todos apreciamos. O difícil é deglutir os frutos amargos que as sábias e perfeitas leis da vida se nos impõem por força de nossas escolhas infelizes anteriores. Nessa situação, hora de expiações e provas, temos que apresentar nosso testemunho de fé verdadeira e nos resignar graças à compreensão de que as vicissitudes pelas quais estamos passando não representam determinismo divino ou capricho do destino.
Não há privilégios, boa estrela, sorte ou azar. A lei de justiça divina se distribui no tempo mediante o mecanismo da reencarnação. Por isso, ao olhar em redor temos a falsa impressão de que os bons e honestos sofrem enquanto os agentes da maldade e corruptos prosperam impunemente. Mas, em algum ponto do futuro, todos teremos que nos defrontar com as próprias consciências culpadas pelas agressões perpetradas contra a natureza e todos os seres vivos, especialmente os humanos.
Deus é a suprema inteligência do Universo e causa primária de todas as coisas, conforme a pergunta n° 1 de O Livro dos Espíritos. Desta forma, ele concede ao homem agir pelo seu livre-arbítrio para que o mesmo desenvolva-se espiritualmente até atingir estágios superiores de perfeição relativa em confirmação às palavras do Cristo "sois deuses" que refletem toda a potencialidade do espírito imortal. Portanto, pertencerá a cada indivíduo tanto o mérito pelas vitórias adquiridas sobre seus instintos inferiores como também os resultados desastrosos de seus descontroles.
Os frutos bons todos apreciamos. O difícil é deglutir os frutos amargos que as sábias e perfeitas leis da vida nos impõem pelas nossas escolhas infelizes anteriores... Não há privilégios, boa estrela, sorte ou azar.
O homem deveria ter sempre em vista a transitoriedade da vida material em que se encontra. Ele não é um corpo equipado com a lucidez de uma mente ou alma, mas uma alma ou espírito temporariamente revestido de um corpo físico que lhe serve de instrumento enquanto atua no palco da vida terrestre. Enquanto não aceitar isso, permanece em equívoco grave sobre si mesmo e seu futuro. Por conta dos interesses materiais distorce sua escala de valores privilegiando sempre justamente aquilo que menos lhe pode ser útil. Como nos alerta também o Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo XVI, ao falar sobre "A verdadeira propriedade", no momento de acerto de contas, após a desencarnação e chegada no mundo espiritual, não nos perguntarão quantos bens possuíamos ou que posição social ocupávamos. Simplesmente nos indagarão o que temos nas mãos, a soma de virtudes, os tesouros a que Jesus se referiu, aqueles "imunes à ação dos ladrões, das traças e da ferrugem".
Antes de mais nada é preciso seguir o ensinamento socrático "Conhece-te a ti mesmo". Na verdade, a imensa maioria de nós comporta-se de modo inadequado na ilusão quanto ao que somos, nossa natureza íntima. E, mais importante ainda que nos reconhecermos como espíritos imortais e responsáveis pelo próprio destino, é aprendermos a descobrir nossas qualidades e defeitos, potencialidades e imperfeições, primeiro passo para a correção de rota em nossas vidas. Vidas, assim mesmo, no plural, pois todo esforço positivo carrega em si a energia capaz de alterar o presente e o futuro, desta reencarnação e das próximas, além do tempo de permanência na dimensão espiritual.
A reforma íntima exige esforço e perseverança, o que significa acrescentar também muito tempo. Prazo este que nem sempre é suficiente o que temos disponível nesta etapa reencarnatória. Afinal, ainda que por caminhos tortuosos, nós estamos tentando fazer isso há milênios. Por tentativas e erros, a duras penas, estamos aprendendo que o mal não compensa, que só nos faz sofrer e torna cada vez mais distante a felicidade. Cada existência é um novo curso que frequentamos. Alguns poucos são diplomados com louvor; muitos são aprovados nos limites da avaliação e tantos outros são reprovados e terão que recomeçar na próxima vida letiva.
Nada que seja legítimo e duradouro para o espírito é alcançado sem muito trabalho, lutas e renúncias. É o preço a ser pago por aqueles que já se conscientizaram que a vida material é passageira e que, embora seja justo vivê-la bem, o mais importante é o patrimônio espiritual. Riqueza, fama, poder, beleza, nada disso tem valor para o espírito.
E por que as pessoas não mudam seu foco, então? Por que insistem em agir como se só existisse o "aqui" e o "agora"? Por que há escassez de informação consistente e racional sobre a nossa origem, natureza e destino. Por desconhecimento ou má fé, por fanatismo ou interesses espúrios, aqueles que deveriam orientar e preencher as lacunas de dúvidas angustiantes e sombras intelectuais das pessoas, acabam por criar mundos de fantasias, bons demais ou maus demais, irreais ambos. Fórmula perfeita de contornar esse problema foi enunciado pelo Espírito Verdade "Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instrui-vos, este o segundo".
Por Wilson Czerski
Fonte ADE-PR-Jornal Comunica Ação Espírita | 80ª edição | 07 de 2010.



domingo, 27 de agosto de 2017

“NÃO DEVEMOS TER MEDO DO UMBRAL”

Basta perguntar, a maioria dos espíritas que recebeu uma catequização católica, ao menos na infância. Talvez esteja aí a raiz de uma peculiar transferência. Ainda imerso nas descrições clericais da vida após a morte, o principiante espírita faz uma troca apenas de nome, deixa de temer o inferno, e passa a temer o umbral. Muda o nome, permanece a ameaça.
Uma senhora, no saguão da casa espírita me disse:
– Luto todo dia para não fazer nada de errado, me pelo de medo de ir para o umbral quando chegar a hora. Meu sonho são os jardins e delícias da colônia espiritual Nosso Lar!
É um senso comum, uma transferência natural de uma criação milenar, pertencente a diversas tradições pagãs e cristãs, os infernos, onde o sofrimento impera e castiga, e uma doutrina ainda pouco compreendida, contanto apenas 150 anos de sua elaboração, o espiritismo!
Allan Kardec sabia que seria necessário esclarecer minuciosamente estas questões, para apresentar o quadro novo do mundo espiritual aos egressos do dogmatismo católico. Por isso, retomou toda o catecismo e teologia adotada pela igreja e raciocinou quanto a cada ponto, em sua obra O céu e o inferno, publicada em Paris em 1 de agosto de 1865.
Há uma particularidade pouco lembrada quanto aos dogmas da igreja. Segundo eles, o sofrimento dos infernos deverá ser físico, pungente, na pele mesmo. O condenado deve sentir o calor do fogo, o queimar das carnes, o penetrar dos tridentes, a pressão e o trucidar das correntes. Mas quando são enviados aos infernos, esses condenados ainda são – como explica Kardec quanto à concepção da igreja – sem corpo, pois esse morreu e se desfez neste mundo:
Os condenados, presentemente no inferno, podem ser considerados puros Espíritos, uma vez que só a alma aí desce, e os restos entregues à terra se transformam em ervas, em plantas, em minerais e líquidos, sofrendo inconscientemente as metamorfoses constantes da matéria. (O céu e o inferno, página 53).
Não se pode esquecer-se desse processo, quando se trata da doutrina da igreja! No momento da morte, ninguém sofre ainda. Só depois, quando Deus destruir este mundo e, no juízo final, restituir os corpos, agora imortais, mas feitos igualmente de carne e ossos, para que o sofrimento no inferno seja físico, real, fisiológico. Desse modo, continua Kardec:
Os eleitos ressuscitarão, contudo, em corpos purificados e resplendentes, e os condenados em corpos maculados e desfigurados pelo pecado. Isso os distinguirá, não havendo mais no inferno puros Espíritos, porém homens como nós. Conseguintemente, o inferno é um lugar físico, geográfico, material, uma vez que tem de ser povoado por criaturas terrestres, dotadas de pés, mãos, boca, língua, dentes, ouvidos, olhos semelhantes aos nossos, sangue nas veias e nervos sensíveis. (Idem, ibidem).
Aqui está o ponto fundamental deste artigo. A concepção dos infernos considera um lugar físico, material, semelhante ao mundo atual, todavia, piorado. Não chega a luz do sol, não se percebe o suceder dos dias e noites, não há lua. Um cheiro insuportável de enxofre, fumaça, suor, sangue. Labaredas de fogo, caldeirões fumegantes. Desolação e sofrimento sem fim. É preciso considerar um Deus bastante vingativo e que odeia muito aqueles que o desobedeceram para condenar alguém a viver eternamente nesse horror! É algo para se pensar à parte.
Basta imaginar que uma inocente criança, simples e alegre em seu lar, nos braços de seus pais, cuidada com amor e carinho, mas que não tenha sido batizada! Corre o risco, a coitadinha, de sair desse lar aconchegante, e, depois do juízo, se ver sozinha, fugindo dos tormentos dos demônios, abandonada eternamente pelo seu criador!
A doutrina espírita oferece uma explicação bastante diverso da vida após a morte. Primeiramente, o mundo espiritual é também um lugar físico, mas cujas propriedades são completamente diferentes de nosso mundo. Enquanto aqui, se colocarmos pessoas de personalidades diversificadas, como a mãe de Jesus, um bandido, Herodes, camponeses, e um filósofo genial, todos numa sala, e fizermos uma fogueira enorme, todos irão suar de calor, não importa o quanto difiram moral e intelectualmente.
Ao levarmos esse mesmo grupo para o polo norte, todos iriam sofrer um frio lancinante, igualmente. O corpo físico de todos nós reage da mesma forma, de acordo com o ambiente físico no qual se encontra. Esse raciocínio valeria caso a vida futura ocorresse como a doutrina das igrejas cristãs imaginam o céu e o inferno. Os espíritos superiores ensinam, porém, que o mundo espiritual tem a particularidade de ser influenciado diretamente pelo que pensam e sentem seus habitantes. É o inverso de nosso mundo.
Aqui, o ambiente influencia nosso corpo (lugar frio esfria o corpo). No mundo dos espíritos, segundo o espiritismo, o corpo espiritual tem a propriedade de ser mais denso e materializado, quando o espírito está apegado às emoções e imperfeições, e torna-se leve, tênue, alcança distâncias, pode transpor-se para outros planos, quando o espírito evolui intelecto-moralmente. Ou seja, um bom espírito, ganha, pela constituição mesma de seu perispírito, a liberdade de agir, de ir e vir, de transportar-se pelos orbes. Enquanto isso, um espirito imperfeito, pela condição materializada de seu corpo espiritual, em virtude do padrão de seus pensamentos e sentimentos, tem reflexos das sensações materiais, e vivencia as ilusões do frio, calor, sede, fome, medo, e tantos outros.
São ilusões, mas com plena realidade pela subjetividade do próprio espírito, ao se manter prisioneiro de suas próprias escolhas! Quando uma diversidade de espíritos presos aos seus apegos, imersos na raiva, medo, vingança, inveja, materializam o perispírito e estão juntos, vão moldando o ambiente ao seu redor pela força de seu pensamento. Eles poderiam criar um ambiente agradável, belo, sublime até. Mas suas ideias fixas não deixam. Seus pensamentos densos, criam ambientes escuros, pesados, desagradáveis. Ou seja, não há um lugar onde os espíritos sofredores sejam jogados para sofrer. É o inverso. São os pensamentos e sentimentos densos, as imperfeições morais do próprio indivíduo a causa do ambiente que ele cria para si mesmo.
O mundo espiritual é imanente a este, é bom lembrar. Nós, encarnados, estamos vivendo em dois mundos ao mesmo tempo. Aqui, com o  corpo físico. E no mundo espiritual com nosso perispírito. Não faz sentido, então, nos preocuparmos com o lugar que iremos após a morte. O raciocínio é outro! Onde já estamos no mundo espiritual agora? Segundo nosso padrão de pensamentos e sentimentos, estamos sintonizados, ambientados, em determinadas condições espirituais.
Quem tem raiva constante, materializa também o perispírito. Quem se desprende, permanece sereno, vive em cada momento sua emoção adequada. Não se apega aos fatos passados, revivendo emoções passadas. Esse mantém seu perispírito leve, suave, desmaterializado. Céu e inferno são criações pessoais de cada um de nós. São escolhas livres, regidas por leis naturais. A autonomia é o fundamento da vida.
E como se faz para sair dessa situação difícil na qual se encontram muitos espíritos depois da morte? Há uma só saída. A vontade. Nenhum outro ser pode mudar o padrão de pensamento e sentimento do outro, só ele mesmo. Só muda quem quer mudar. Quando um espírito decide sair do sufoco e sofrimento que está vivendo, basta uma prece sincera a Deus, um apelo aos bons espíritos, e será imediatamente auxiliado, por alterar voluntariamente seus pensamentos! Não é preciso ficar absolutamente puro para mudar sua vida. Basta uma mudança em suas disposições morais, explicou Kardec. E isso está ao alcance de todos. Guarde esse ensinamento. Um dia ele poderá, certamente, lhe ser útil!
Não há que se olvidar que o Umbral também faça parte da criação Divina, não estando os Espíritos que por lá transitam desamparados da proteção do Pai Celestial. Ao contrário da crença popular, não é o Umbral um local destinado ao sofrimento, mas sim ao aperfeiçoamento do Espírito, que terá condições de identificar “o que lhe falta para ser mais feliz e, desde então, procura(r) os meios de alcançá-lo”.
É nobre portanto a finalidade do Umbral, já que destina-se a depuração do Espírito. Jesus já afirmava que “não são os que gozam saúde que precisam de médico”. Tudo o que não serve para a vida superior torna o Espírito doente, por isso, não é de se admirar que “o pão, tão saboroso ao paladar saudável, seja enjoativo ao paladar enfermo, e que a luz, amável aos olhos límpidos, seja odiosa aos olhos doentes”. Alcançada a depuração necessária o Espírito prossegue em sua jornada, não ficando no Umbral sequer um segundo a mais do que lhe é preciso.
Fonte: Galeria Boa Nova.

Escrito por Paulo Henrique de Figueiredo

sábado, 26 de agosto de 2017

“AQUI SE FAZ AQUI SE PAGA! PORQUE AS VEZEZ A EXPIAÇÃO CONTINUA NA TERRA?”

Dependendo da gravidade dos atos praticados e da condição espiritual de cada um, os Espíritos endividados sofrem após a morte pelos erros cometidos na existência terrestre e, após estágios em regiões de sofrimento no Mundo dos Espíritos, retornam à Terra para completar a expiação das mesmas faltas cometidas.
Quer dizer: sofrem lá e cá pelos mesmos motivos.
Daí não ser totalmente errado o ditado popular: “aqui se faz, aqui se paga”.
Mas já não seriam suficientes, para sua recuperação, as dores e sofrimentos no plano espiritual, após o desencarne?
O Mestre Kardec escreveu sobre isso na Revista Espírita:
Vejamos:
Pergunta (ao guia do médium). Por que a expiação e o arrependimento na vida espiritual não bastam para a reabilitação, sem que sejam necessários a eles acrescentar os sofrimentos corporais?
Resposta. Sofrer num mundo ou num outro, é sempre sofrer, e sofre-se tão longo tempo quanto a reabilitação não seja completa. Esta criança sofreu muito sobre a Terra; pois bem! isso não foi nada em comparação com o que ela sofreu no mundo dos Espíritos. Aqui tinha, em compensação, os cuidados e a afeição dos quais estava cercado. Há ainda esta diferença entre o sofrimento corporal e o sofrimento espiritual, que o primeiro é quase sempre voluntariamente aceito como complemento de expiação, ou como prova para avançar mais rapidamente, ao passo que o outro é imposto.
Mas há outros motivos para o sofrimento corporal: primeiro, é para que a reparação tenha lugar nas mesmas condições em que o mal foi feito; depois, para servir de exemplo aos encarnados. Vendo seus semelhantes sofrerem e disto sabendo a razão, são bem de outro modo impressionados do que saber que são infelizes como Espíritos; podem explicar melhor a causa de seus próprios sofrimentos; a justiça divina se mostra, de alguma sorte, palpável aos seus olhos. Enfim, o sofrimento corporal é uma ocasião, para os encarnados, de exercerem, entre eles, a caridade, uma prova para seus sentimentos de comiseração, e, frequentemente, um meio de reparar os erros anteriores; porque, crede-o bem, quando um infortunado se encontra sobre vosso caminho, não é o efeito do acaso. Para os pais do jovem François era uma grande prova ter um filho nessa triste posição; pois bem! eles cumpriram dignamente seu mandato, e disso serão tanto mais recompensados quanto agiram espontaneamente, pelo próprio impulso de seu coração. Se os Espíritos não sofressem na encarnação, é que não haveria senão Espíritos perfeitos sobre a Terra.
Dessa explicação oferecida pelo Mentor, podemos concluir:
Sofrimento após a morte:
- O sofrimento após o desencarne ocorre por conta dos erros cometidos em vida. Trata-se de uma consequência (Lei de Causa e Efeito) e uma forma de reabilitação do Espírito endividado por meio do corretivo da dor;
- Esse sofrimento após o desencarne favorece seu despertar, levando-o à percepção dos equívocos praticados. O Espírito toma conhecimento dos crimes que praticou e de suas consequências;
- Com o tempo, despertando sua consciência, arrepende-se. A partir desse ponto estará mais preparado para a reabilitação;
O sofrimento continua numa nova reencarnação para:
- Beneficiar o Espírito, retirando-o de zonas de sofrimento no Astral e situando-o entre pessoas que possam ajudá-lo a se recuperar;
- Situar o Espírito devedor junto àqueles a quem prejudicou (já reencarnados), possibilitando, por meio da convivência, a reconciliação com seus adversários;
- Oferecer, aos encarnados que o assistem, uma oportunidade de exercerem a caridade ao receberem com amor o Espírito devedor, muitas vezes, no seio da própria família.
Autor: Fernando Rossit

Referência: Revista Espírita, Allan Kardec, maio de 1867, “O Jovem Francois”.

"QUAL O MOTIVO DO AUMENTO DO NÚMERO DE VÍTIMAS DO SUICÍDIO INFANTIL?"


“O PLANETA MARTE É HABITADO. LÁ EXISTEM CIDADES MARAVILHOSAS. ”

MARTE TEM UMA ÁREA HABITÁVEL MAIOR DO QUE A TERRA – OS CANAIS DE MARTE REVELADOS POR PESQUISADORES E PELO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS – AFIRMA O ASTROFÍSICO MÁRIO LIVIO: ET’s SÃO MAIS AVANÇADOS DO QUE NÓS – OS MARCIANOS SEMPRE ORAM EM BENEFÍCIO DA HUMANIDADE TERRESTRE
É possível ter vida em grandes áreas de Marte. Ao menos é o que cientistas australianos afirmam, após uma longa pesquisa sobre quanto do planeta poderia ser habitável. Os resultados mostram ainda que é possível haver vida em muito mais áreas de Marte do que na Terra.
Ora, na Terra, somente 1% do volume do planeta é habitável, se considerarmos todo o espaço desde o núcleo do planeta. Mas, após comparar modelos de temperatura e pressão da Terra com os de Marte, os pesquisadores da Australian National University concluíram que 3% do planeta vermelho é habitável, embora grande parte disso seja no subsolo.
“O que nós tentamos fazer, simplesmente, foi tomar o máximo de informação possível, juntá-la e então comparar uma visão macro da região, perguntando se ela pode ou não receber vida”, afirmou o astrobiologista Charley Lineweaver.
Considerando que a temperatura na superfície de Marte é, em média, de -63 graus Celsius, a baixa pressão do ambiente impede que exista água no estado líquido sobre o solo. Contudo, de acordo com a pesquisa, as condições do subsolo são ideais, pois o peso da terra acrescenta a pressão necessária.
OS CANAIS DE MARTE SEGUNDO DOIS ASTRONÕMOS
Em determinado trecho da matéria "O silêncio dos ET's", o jornal O GLOBO de março de 2010, publicou no caderno Ciências matéria assinada pela jornalista Roberta Jansen, o seguinte comentário a respeito da existência de canais em Marte:
“A ideia da existência de ET's inteligentes começou a ganhar força e a povoar o imaginário da população em geral e de escritores de ficção científica em particular a partir de observações feitas pelo astrônomo Giovanni Schiaparelli, em 1877, de um telescópio recém-construído. Schiaparelli notou que a superfície do planeta vermelho era marcada por linhas e sulcos intrincados, que chamou de canais.
(COLOCAR IMAGEM DE GIOVANNI SCHIAPRAELLI)
Ainda no século XIX, o astrônomo americano Percival Lowell retomou a ideia dos canais marcianos – ele chegou a criar um centro para estudá-los – popularizando-a. Tais canais, sustentava Lowell, só poderiam ter sido construídos por uma inteligência superior. A coisa chegou a tal ponto que ele chegou a localizar a região onde seria a capital de Marte, numa confluência de canais”.
Percival Lowell foi um grande promotor dos canais de Marte, trabalhando em um observatório privado construído em uma montanha próxima a Flagstaff, Califórnia, e equipado com um telescópio refrator de 24 polegadas, capaz de aumentar Marte cerca de 600 vezes, ele mapeou Marte de 1896 a 1916. Apesar da grande abertura do telescópio, as imagens do planeta eram difusas.
Através de cuidadosas observações, ele chegou à conclusão que as áreas escuras não eram corpos de água. Por outro lado, concluiu que os canais formavam uma rede de irrigação que levava água das calotas polares para os habitantes de Marte e que as mudanças nas áreas escuras refletiam variações sazonais devido ao cultivo de plantações.
(COLOCAR IMAGEM DE PERCIVAL LOWELL)
REVELAÇÃO MEDIÚNICA CONFIRMA OS CANAIS DE MARTE
A respeito da existência de canais condutores de água, vejamos o que diz o Espírito Humberto de Campos na mensagem sobre Marte, psicografada por Chico Xavier: “Na atmosfera ao longe, vagavam nuvens imensas, levemente azuladas, o que nos reclamara a atenção, explicando-nos o mentor da caravana fraterna que se tratava de espessas aglomerações de vapor d'água, criadas por máquinas poderosas da ciência marciana, a fim de que sejam supridas as deficiências do líquido nas regiões mais pobres e afastadas do largo sistema de canais, que ali coloca os grandes oceanos polares em contínua comunicação, uns com os outros”.
Ora, se lá existe água, e sabendo que ela é o elemento primordial para que haja vida como a nossa aqui na Terra, é lógico admitir-se, sem medo de errar, a existência de seres inteligentes habitando o planeta Marte, naturalmente em outra dimensão física. Interessante que o astrônomo Percival Lowell chegou à conclusão que esses canais serviam para levar a água dos polos para todo o planeta para ser utilizado por seus habitantes.
AS CIDADES E AVENIDAS
A respeito da existência de canais condutores de água, vejamos ainda o que diz Humberto de Campos, na mensagem sobre Marte, psicografada por Chico Xavier:
“Marte tem cidades fantásticas pela sua beleza inaudita: avenidas extensas e amplas, sendo as construções análogas às da Terra; a vegetação, de tonalidade vermelha, é muito mais exuberante do que a terrena; Marte é “um irmão mais velho e mais experimentado na vida; seus habitantes sempre oram ao Senhor do Universo, em benefício da humanidade terrena”; habitantes têm arcabouço físico algo diferente do terrestre; alimentação: através das forças atmosféricas”.
OS SERES HUMANOS DE MARTE
As revelações feitas pelo Espírito Maria João de Deus, através do médium Francisco Cândido Xavier, no livro Cartas de Uma Morta, lançado em 1935, ao descrever uma excursão ao planeta Marte, fala da existência de seres humanos, como poderemos constatar nos seguintes trechos do seu relato:
“Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análogas às da Terra. (...) Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Além dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à guisa de asas, que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas. (...) O ar é muitíssimo mais leve: conhecem os enigmas profundos da eletricidade, que usam com maestria; as edificações são análogas às da Terra; a vida em Marte é mais aérea – poderosas máquinas; embora existam oceanos, há pouca água; sistemas de canalização; poucas montanhas.
Assegurou-me, ainda, o desvelado mentor espiritual, que a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais, nunca precisou destruir para viver, longe das concepções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheios de vísceras e de vitualhas de outros seres da criação”.
Além dessa revelação de Maria João de Deus, o Espírito Humberto de Campos, também realizando uma excursão ao planeta Marte, observou que as formas de vida nele existentes são bem superiores às da Terra. A Sociedade Marciana está moral e cientificamente alguns séculos mais adiantada que a do nosso planeta, porque lá não existem guerras nem conflitos. Observa-se, através desse relato, a perfeita concordância com os comentários do Espírito Maria João de Deus, inclusive sobre a superioridade dos habitantes de Marte.
ET’s SÃO MAIS AVANÇADOS DO QUE NÓS
Afirma o astrofísico Mario Livio, do instituto responsável pelo Telescópio Hubble, que se os ET's existem, o mais provável é que sejam mais avançados do que nós por, talvez, um bilhão de anos (vale lembrar que nós somos uma civilização tecnológica por cerca de 100 anos apenas e a probabilidade de outra civilização estar no mesmo estágio é extremamente remota). Eles podem, inclusive, estar impedindo que nós os descubramos. Além do mais, a possibilidade de recebermos um sinal que consigamos entender também é muito baixa. Entretanto, nunca saberemos as respostas se não fizermos a experiência.
CONCLUSÃO
Buscando argumentos racionais que justifiquem a doutrina da pluralidade dos mundos habitados, não se pode olvidar a vastidão do universo, com os seus incontáveis planetas, sistemas solares, galáxias etc. Com o avanço da astronomia e da astrofísica evidencia-se um universo infinito, e afirmar que só a Terra teria o "privilégio" de possuir uma humanidade seria condenar essa humanidade a ser exceção dentro das leis naturais ou divinas.
Do ensino dado pelos espíritos resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há os que são inferiores à Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores em todos os aspectos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que, nos mundos mais adiantados, a vida é, por assim dizer, toda espiritual.

Gerson Simões Monteiro-: Correio Espírita-

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...