Seguidores

sábado, 5 de agosto de 2017

“CHEGA DE CARREGAR CULPAS! ISSO ACABA COM À SUA ALMA.”

Inúmeras crenças religiosas têm sido imensamente nocivas ao desenvolvimento das pessoas, pois usam frequentemente a culpa como forma de atemorizar. Com isso, obtêm a submissão dos indivíduos, conduzindo-os a seu bel-prazer. 
Utilizam-se de comportamentos manipuladores baseados em crenças punitivas. Um dos conceitos mais apregoados é o de que a Divina Providência age através do castigo e da vingança e de que Deus, quando se decepciona conosco, impede-nos de desfrutar e participar das benesses do Reino dos Céus. 
A doutrina do fogo eterno (...) não produzirá bom resultado (...) Se ensinardes coisas que mais tarde a razão venha a repelir causareis uma impressão que não será duradoura, nem salutar". 
As religiões foram criadas para retirar as pessoas da convenção e transportá-las à espiritualização, mas, na atualidade, algumas religiões se transformaram nas próprias convenções sociais. 
Abordaremos agora algumas mensagens que produzem culpa e consequentemente infelicidade no íntimo das pessoas: 
"Vocês desobedeceram às leis divinas, mas, se sofrerem bastante, talvez serão perdoados". 
"Vocês não entrarão na Casa de Deus, a menos que se sacrifiquem muito pelos necessitados". 
"se vocês amassem ao Pai, não ousariam ter a atitude que tiveram".
A culpa é frequentemente difundida por religiosos ortodoxos de forma consciente e até mesmo inconsciente, como meio de, produzindo temor nos fiéis, estabelecer dependência religiosa e determinar comportamentos e posturas de vida que acreditam ser corretas e convenientes às suas "nobres causas missionárias". 
Esquecem-se, porém, de que cada ser tem uma idade astral, que lhe permite ver e compreender a existência de forma específica e única. Também não se lembram de que, por maior que seja a soma das culpas de um indivíduo, ele não poderá transformar seu comportamento passado nem mesmo suas atitudes do presente. Portanto, a única forma possível de levá-lo a uma transformação interior é a mudança de entendimento e de atitude. 
Somente através de uma real conscientização é que se estabelece o processo de amadurecimento das criaturas. Em outras palavras, tal conscientização se dá pelo somatório de sua experiências vivenciadas através do tempo, nunca pela imposição ou pelo receio. 
"Sacrifique-se pelos necessitados", poderá ser uma recomendação equivocada, quando endereçada a uma pessoa psicologicamente fragilizada, pois, se ela não consegue nem mesmo ajudar a si mesma, obviamente se sentirá culpada por não conseguir ajudar o próximo. 
Ela até poderá estar provida de boa vontade e tentar fazer algumas coisas, mas não conseguirá efetuar uma real ajuda, visto que é tão necessitada que dentro de si não há senão escuridão e desequilíbrio. Então, como poderá cooperar convenientemente com os outros? 
Só poderemos prestar auxílio a alguém que estiver se afogando se soubermos nadar. como ajudá-lo, se estivermos também afogando? 
Na realidade, pessoas imaturas se consideram profundamente culpáveis porque valorizam em excesso o que os outros dizem e pensam. Por lhes faltar independência interior, nem sempre reúnem condições de julgar seu próprio comportamento, pensamentos e emoções, responsabilizando-se pelas consequências que tais atos causam sobre elas. 
Não creem que Deus lhes fala diretamente; ao contrário, necessitam de homens que se autodenominam "iluminados", para conduzi-las, conforme julguem correto e justo São infelizes. Quando não se culpam, atribuem culpa aos outros. Não percebem que são elas mesmas que determinam o seu destino! 
A culpa não encontrará abrigo em nossa alma, se tivéssemos uma ampla fé no amor de Deus por nós e se acreditássemos que Ele habita em nosso interior e sabe que somos tão bons e adequados quanto permite nosso grau de conhecimento e de entendimento sobre nossa vida interior e também exterior.


Hammed - as dores da alma

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

"CORDÃO DE PRATA- A ANIMAÇÃO SOBRE O DESENCARNE QUE VEM EMOCIONANDO O MUNDO"

"Quando amamos alguém temos que aprender a deixa-lo ir..."
Saiba mais sobre o cordão de prata:
Como o próprio nome sugere, trata-se de uma espécie de "cordão" que liga o perispírito ao corpo físico. É imprescindível à vida carnal, pois assegura a perfeita realização das funções biológicas vitais durante o período do sono natural, quando então o espírito se desprende do corpo físico para interagir no mundo espiritual, embora sempre seu corpo e seu perispírito estejam sempre ligados através do chamado cordão de prata.
O cordão de prata é pré-requisito essencial para a vida orgânica, posto que no momento da morte física ele se rompe. Em alguns meios "espiritualistas" com pouco estudo, há uma discussão sobre os "perigos de rompimento" de tal cordão espontaneamente, durante o conhecido fenômeno das projeções para fora do corpo, como se algo no Universo pudesse acontecer "espontaneamente", ou seja, sem o consentimento e o conhecimento de Deus. Esse temor não tem lógica, nem sentido algum, a não ser que seja "a hora exata" de o indivíduo desencarnar.
O cordão de prata não é feito de material suscetível a atritos ou a acontecimentos que possam vir a "rompê-lo" - esse tipo de pensamento não apenas contraria diametralmente a lógica, mas sobretudo vai inteiramente contra os ensinamentos estabelecidos pela codificação Kardequiana.
FONTES:

MISSIONÁRIOS DA LUZ, de André Luiz, por Chico Xavier

“MORTES VIOLENTAS E PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO.”

Inegavelmente, vivemos um período em que a violência se acentua, tomando conta, quase que integralmente, da mídia televisiva e escrita. São notícias diárias de sequestros, roubos, estupros, homicídios e mortes causadas por acidente de carro.
A violência é fruto da nossa imperfeição moral, da predominância dos instintos agressivos (adquiridos pelos Espíritos nas vivências evolutivas no reino animal), que a razão ainda não converteu em expressões de amor.
Neste período de transição planetária, vivenciamos o ápice das provas e expiações, de forma que a violência atinge índices alarmantes, praticada por Espíritos ainda primários, que não desenvolveram os sentimentos nobres, os quais, nesse processo de expurgo evolutivo (separar o joio do trigo, como ensinava Jesus), após a desencarnação, já não terão mais condições vibratórias de reencarnar no planeta Terra. Lembremos, ainda, a assertiva de Jesus: Os mansos herdarão a Terra.
Anote-se que a tônica deste artigo é abordar a incidência do planejamento reencarnatório nos casos de mortes violentas, isto é, a vítima teria que desencarnar dessa maneira? E o agressor, também teria assumido esse papel de algoz antes de reencarnar?
Alguns autores espíritas defendem a ideia de que a morte causada pela violência alheia não fazia parte do contexto reencarnatório, em virtude de que ninguém reencarna para o mal, portanto o agressor não havia planejado matar alguém, de tal sorte que a vítima desencarnaria em função do mau uso do livre arbítrio daquele (agressor).
Em que pese o nosso respeito por aqueles que nutrem esse tipo de ponto de vista, sabemos que as vítimas que desencarnam em razão da violência alheia estão inseridas, basicamente, em três tipos de situações:
1) Prova – a vítima vivencia uma situação de violência que gera a sua desencarnação, o que lhe trará um teste, um desafio para que ela exercite as virtudes no sentido de perdoar sinceramente o agressor (gera aprendizado, evolução – esse tipo de morte foi solicitado pela vítima antes de sua reencarnação). Lembremos que prova pressupõe avaliação, ou seja, colocar em teste as virtudes aprendidas. Caso vença moralmente a situação, podemos dizer que o Espírito alcançou determinada virtude.
2) Expiação – são as situações mais frequentes. A vítima foi a autora de violência em vidas anteriores que lesou alguém e, como não se liberou desse compromisso através do amor, sofre as consequências na atual existência. Expiar é reparar, quitar, harmonizar-se com as leis divinas.
3) Missão – algumas almas nobres morrem de forma violenta, uma vez que seus exemplos de amor e tolerância geram antipatias nas pessoas mais embrutecidas. Menciono como exemplos os casos de Jesus e Gandhi.
Notem que estamos abordando a questão das violências mais graves, que acabam gerando a nossa desencarnação, pois as violências menores que vivenciamos em nosso cotidiano, tais como calúnias, traições, indiferença e outras, normalmente são circunstâncias naturais da vida num mundo atrasado moralmente como o nosso, a estimular nosso aprendizado espiritual (veja questão nº 859 do Livro dos Espíritos). Jesus já nos orientava: “No mundo só tereis aflições”.
Dessa forma, à luz do Espiritismo e da justiça divina (a cada um segundo suas obras), temos a certeza de que a desencarnação violenta fazia parte de seu cronograma reencarnatório.
Aliás, O Livro dos Espíritos, na questão nº 853-a, nos ensina que nós somente morreremos quando chegar a nossa hora, com exceção do suicídio, conforme acima exposto.
Não há acaso, mesmo nas hipóteses de “bala perdida” e erro médico. Não há desencarnação casual, produzida por falha de terceiros ou mau uso do livre arbítrio alheio.
Caso não tenha chegado a hora de morrer, os benfeitores espirituais interferirão para evitar essa afronta às leis divinas, como inúmeros casos que conhecemos (veja o capítulo X - lei de liberdade - da 3º parte do O Livro dos Espírito, no subcapítulo “fatalidade”).
A questão crucial diz respeito aos autores dessas violências graves. Concordo que ninguém reencarna com o compromisso de matar outra pessoa (veja questão nº 861 do Livro dos Espíritos). Quando, por exemplo, o agressor opta por assassinar alguém, ele o faz em virtude de sua inferioridade espiritual, ou quando atropela alguém por estar alcoolizado e/ou em excesso de velocidade, o faz em razão de sua imprudência, de forma que, em ambas as hipóteses, está usando indevidamente sua liberdade de escolha e ação, o que gerará compromissos expiatórios.
Consigne-se, ainda, que num mundo de provas e expiações, como a Terra, há muitos Espíritos na faixa evolutiva do primarismo, que se comprazem na violência e na imprudência, de forma que não faltará matéria-prima ou instrumentos para que se cumpram as leis divinas quando algum Espírito necessite desencarnar de forma violenta.
Assim sendo, quando a vítima reencarna com o compromisso de morrer violentamente, não haverá nesse momento algum Espírito predeterminado a matá-la, que assuma esse compromisso reencarnatório antes de nascer, mas haverá na Terra inúmeros Espíritos atrasados que, ao dar vazão à sua inferioridade (violência e/ou imprudência), ceifarão a vida daquela (vítima). Esses autores da violência funcionarão como instrumentos das leis divinas. Todavia, tal situação não os isentará das consequências morais e espirituais de suas ações, pois, repita-se, os agressores não estavam predeterminados a agirem dessa forma, poderiam ter elegido outro tipo de conduta, e foi Jesus quem nos ensinou que os escândalos eram necessários, mas ai de quem os causar.
Para fixar o ensino, recordemos do recente e trágico caso da escola de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. O assassino poderia ter deixado de agir daquela forma, pois ele não havia planejado aquilo na espiritualidade (antes de nascer), e se não tivesse adentrado na escola e efetuado os disparos com a arma de fogo, os menores que morreram naquela circunstância sobreviveriam, mas, mais adiante (dias, semanas ou meses – não há dia e hora certa para a desencarnação, mas um período provável), desencarnariam em outra situação violenta.
Poder-se-ia perguntar: Mas como o agressor identifica a pessoa que deve desencarnar? Aprendemos com o Espiritismo que o indivíduo que deve desencarnar de forma violenta, notadamente nos casos de expiação, tem uma vibração espiritual específica, que denuncia e reflete esse débito, de forma que o agressor, inconscientemente, identifica-se com aquele e promove-lhe a desencarnação. É essa particularidade vibracional que, da mesma forma, explica outros tipos de violência (estupro, roubos, sequestros,...), fazendo com que o autor do delito aja em desfavor daquele que deve vivenciar a situação traumática.
É dessa maneira que compreendemos a justiça divina, mas convém enfatizar que a lei divina maior é a lei de amor, portanto, conforme assevera o apóstolo Simão Pedro, o amor cobre uma multidão de erros, de tal sorte que aquele que venha com o compromisso expiatório de desencarnar de forma violenta, poderá amenizar ou diluir integralmente esse débito com as leis divinas através do bem que realize em sua vida, que poderá libertá-lo de uma possível desencarnação violenta. Não nos esqueçamos de que Deus é amor.

Por: ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

“QUEM É NOSSO MENTOR ESPIRITUAL E QUAL O SEU PAPEL EM NOSSAS VIDAS”



Segundo a Doutrina Espírita, todos os homens que empenham em seguir determinado caminho têm ao seu lado o amparo espiritual daqueles, que, desencarnados, se propõem a ajudar encarnados que têm o mesmo objetivo, crença ou propósito. Médicos, Professores, atores, juízes, religiosos, todos contam com a parceria e orientação, embora muito sutil, do plano espiritual. Quem nunca recorreu a um amigo ou conselheiro para resolver determinadas questões? Para os médiuns não é diferente, pois estão imbuídos do compromisso que assumiram antes da reencarnação de servir de intermediário entre os dois planos da vida. E todos eles, sem exceção, contam com a presença de um guia espiritual.
    O papel de um mentor é muito parecido com o trabalho de um professor. Quando se aproxima de um médium, é pela sintonia de afinidade. E o seu papel, diferente do que muitos espíritos imaginam, não é o de proteger o seu pupilo, mas sim orientar e ensinar. A proteção espiritual fica a cargo dos espíritos protetores do médium, normalmente familiares e amigos de outras existências, e, também, do anjo da guarda. A função do mentor é exclusivamente de orientação espiritual. André Luiz os classifica como grandes almas, pelo papel desempenhando junto aos homens. Estão muito ligados à humanidade e certamente ainda têm a possibilidade de retorno à carne. Não sabem tudo e estão empenhados em aprender e aprimorar seus conhecimentos para melhor amparar os seus protegidos.
    Um único médium pode ter mais de um mentor e um único espírito pode amparar vários médiuns ao mesmo tempo. Chico Xavier é o nosso maior exemplo: teve Emmanuel como guia por varias décadas de sua existência, e contou também como a colaboração de várias outras entidades que, em momentos diversos, o orientaram e guiaram os seus trabalhos. No caso de Chico, estes espíritos sempre trabalharam com a supervisão de Emmanuel, que era o mentor e orientador de toda a sua vida mediúnica, com o qual havia traçado sua missão na terra.
    A importância deles em nossa vida: “se que as vejais, perambulam em vosso meio, atuam em vossos atos, sem que vossos nervos visuais lhes registrem a presença. Edificante é observarmos o sacrifício de tantos seres envolvidos que se consagram a sagrados labores, no planeta das sombras, quais os da regeneração de individualidades obcecadas no mal, atirando-se com destemor a tarefas penosas, cheios de renúncia santificadora”. Analisando as palavras de Emmanuel entendemos que os mentores estão mais próximos de nós do que imaginamos e sua interferência em nosso dia a dia vai além das orientações passadas através da intuição. Eles militam diretamente no plano material e usam este trânsito livre entre os dois planos para auxiliar melhor os seus protegidos. Um mentor sempre guiará seu pupilo nos caminhos certos e se afastará dele naqueles momentos em que o protegido se render as escolhas com as quais o espírito não comunga. Há neste caso, uma divergência de ideias, normalmente ligada aos prazeres inferiores. O mentor costuma se reaproximar do médium quando ele apresenta a vontade de retorna ao caminho certo.
    Allan Kardec perguntou sobre a possibilidade de um espírito abandonar o trabalho junto ao médium que não segue as suas recomendações, obtém a seguinte resposta: “ele se afasta quando vê que seus conselhos são inúteis e a vontade de aceitar a influência dos Espíritos inferiores é mais forte no seu protegido. Mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir; é; porém, o homem quem fecha os ouvidos. O protetor volta logo que seja chamado.”
C.A.Espiritual-ESPIRIT BOOK

“ESPÍRITO DO DR. FRITZ E SUAS IMPRESSIONANTES CIRURGIAS ESPIRITUAIS. ”

Dr. Fritz, outra vez
Paulo Germano é um dos mais renomados jornalistas de Porto Alegre. Em sua coluna de fim de semana de Zero Hora (11 e 12 de junho), ele relata impressionante caso de presumível cura obtida por seu amigo Fabian Chelkanoff, professor de jornalismo, mediante “cirurgia espiritual” feita pelo médium gaúcho, Mauro Vieira, que estaria “incorporando” o espírito Doutor Fritz.
O fenômeno Dr. Fritz é bastante conhecido no Brasil e no mundo, desde que, lá pela década de 50/60 do século passado, a entidade, que teria sido um médico alemão, passou a operar através do médium Zé Arigó, com métodos nada convencionais. Os relatos, registrados em livros, documentários e reportagens, em diversos países, mostram o médium enfiando tesouras e facas, sem qualquer assepsia, no nariz, na boca ou no estômago de pacientes, não sentindo estes dor alguma e sem que disso resultasse qualquer infecção. Dessa forma, eram retirados tumores e tecidos doentes, registrando-se curas, tidas como “milagrosas”. Depois de Zé Arigó, vários médiuns, utilizando idênticos métodos, afirmaram atuar sob a influência do Dr. Fritz.
A razão
A coluna “A razão e o Doutor Fritz”, que pode ser lida em zhora.co/pg_1106  , relata com minudência a intervenção a que se submeteu o amigo de Paulo Germano, com o mais recente médium que afirma operar sob a intervenção do Dr. Fritz. O paciente havia sofrido três AVCs e uma isquemia cerebral, com sequelas muito graves. Mas estas sumiram, como por encanto, após nada mais dos dois minutos em que Mauro, um servente de obras de Rosário do Sul, manteve enfiada uma tesoura na narina do professor universitário.
Ao se reportar ao episódio, Germano confessa que uma de suas maiores inquietações se refere à existência ou não de Deus e de qualquer “fenômeno sobrenatural”. Mas que, diante de episódios assim, uma coisa ele aprendeu: “a ciência não dá conta de tudo” e “a razão, muito menos”.
O humano e o divino
Escrevi a ZH - http://wp.clicrbs.com.br/doleitor/?topo=13,1,1,,,13 – sugerindo ao colunista que, para tentar administrar suas dúvidas, começasse por tirar Deus dessa história. Não precisamos, para conferir razoabilidade a episódios dessa natureza, recorrer à velha fórmula de que existem: a) uma razão divina, inacessível à compreensão dos homens, onde se situam os “milagres”; e b) uma razão humana, à qual a ciência e a lógica terrenas estão submetidas. Essa dicotomia entre o sagrado e o profano, o sobrenatural e o natural, é uma criação arbitrária das religiões. O princípio filosófico da sobrevivência da consciência – ou do espírito -, defendida por pensadores de todos os tempos, inclusive do nosso, desvinculados da religião, por si só, confere razoabilidade a fenômenos dessa ordem.
Simples: se sobrevivemos, é natural que guardemos valores humanos como amor e ódio, egoísmo e solidariedade, disposição e/ou aptidão, - ou não - para agirmos em favor ou em prejuízo dos que aqui ainda estão. Mediunidade é coisa muito humana.
Inteligência e causa
E Deus? Bem, se guardarmos dele a ideia defendida pelas religiões, de uma entidade pessoal todo poderosa, mas arbitrária, voluntarista, que a uns concede graças e a outros as nega, que a uns castiga e a outros premia, por critérios somente seus, descomprometidos da razão, fica, realmente, difícil aceitá-lo.
Retirando Deus da sobre naturalidade e inserindo-o no âmbito das leis naturais, como propôs Kardec, a coisa começa a mudar.
A filosofia espírita nunca teve a pretensão de explicar Deus, nem lhe cabe provar sua existência. O objeto de estudo do espiritismo é o espírito, sua sobrevivência e sua relação com o mundo material. Mas, o conceito de Deus exarado na questão número 1 de O Livro dos Espíritos – “inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas” – além de afastá-lo do antropomorfismo em que o prenderam as religiões, insere-o num universo racional e inteligente, por onde tudo transita, inclusive o espírito humano.

(Coluna publicada nas edições de julho dos jornais OPINIÃO, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e ABERTURA, do Instituto Cultural Kardecista de Santos)

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...