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quinta-feira, 6 de abril de 2017

“O ESPÍRITO QUE INFLUENCIOU UM BARBEIRO A CORTAR A GARGANTA DE CHICO XAVIER PARA IMPEDIR QUE O LIVRO NOSSO LAR FOSSE CONCLUIDO”!

Chico estava psicografando "Nosso Lar" . Numa das raras pausas que se permitia, saiu para fazer a barba. O barbeiro era dos antigos. Metódico, colocou-lhe a toalhinha sobre o queixo, ensaboou lhe o rosto. Essa rotina ordeira foi interrompida na primeira raspada.
-Chico, estou sentindo muita tonteira. Parece que vou desmaiar.
Posto em descanso no relativo conforto da cadeira, Chico inquietou-se, abriu os olhos e viu um espírito trevoso que enleava o barbeiro, dizendo-lhe aos ouvidos:
- Corta a garganta dele...corta.
Com o fio da navalha no pescoço do Chico, o pobre homem não via e nem ouvia o espírito, mas sofria-lhe as influências. Daí, aquelas sensações estranhas, o afrouxamento dos controles. Voltou a dizer:
- Chico, não sei se vou dar conta de terminar a sua barba.
- Não se preocupe, meu irmão. Barba, é assim mesmo, a gente faz quando dá certo. Se não der hoje, a gente faz amanhã.
Naquele momento, conta o Chico depois de uma pausa na conversa, tudo o que eu queria era que ele tirasse a navalha do meu pescoço.
Concluindo, explicou que eram as trevas querendo impedir que "Nosso Lar" fosse concluído e viesse à luz espargir luz.
Ao relembrar e escrever este caso, reflito que Nosso lar é o livro mais lido de toda a literatura mediúnica recebida por Chico Xavier. Um verdadeiro best seller, com milhões de exemplares vendidos.
Livro: Momentos com Chico Xavier
Autor: Adelino da Silveira
Outro Relato da Mesma Passagem
(…) Certa feita, Chico estava fazendo sua barba numa barbearia. No transcurso do fato, ele percebeu que o “barbeiro” – antigamente esse era o nome da profissão – estava com uma expressão muito esquisita. Apresentava a face avermelhada, leves contorções e até mesmo espasmos. Chico visualizou, então, uma entidade sombria envolvendo o barbeiro no intuito de que ele lhe cortasse sua veia aorta com a navalha.
Chico ficou perplexo. Ele não sabia se levantava da cadeira abruptamente, se ficava quieto ou se orava.(…) Chico orou com tanto fervor – pois temia estar próximo da desencarnação – que, passados alguns minutos, adentrou na barbearia uma entidade muito alta, com uma voz forte e com sotaque dos companheiros do sul do país. Esta entidade dirigiu-se ao obsessor de navalha e fez-se viril. ”Uê,Che! O que fazes aqui? Perdendo tempo com esses homens de saia?” – referia-se aos trajes do barbeiro , e à alma cândida de Chico – “Vamos embora já daqui, pois muitas raparigas nos esperam”. Quando os espíritos se afastaram do ambiente, após alguns minutos, o barbeiro, voltando a si do pequeno transe, desculpou-se com o Chico, afirmando que tivera um mal súbito, além de ter “se sentido possuído por uma força descomunal, que ansiava rasgar-lhe a pobre garganta”
“Coitado do barbeiro!”, disse o Chico.
Emmanuel se fez presente e lhe confabulou sobre as preces ouvidas e prontamente atendidas por um espírito que, se ainda não se engajara totalmente no bem, apesar de seus hábitos ainda comprometidos, acabou sendo um instrumento para livrar a garganta de Chico de uma navalha escorregadia.

Médium-Chico Xavier

"É DOLOROSA A SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO?"

É dolorosa a separação da alma e do corpo?           —
 Não; o corpo, frequentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.
Comentário de Kardec: Na morte natural, que se verifica pelo esgotamento da vitalidade orgânica em consequência de idade, o homem deixa a vida sem perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.
Como se opera a separação da alma e do corpo?
— Os liames que a retinham, sendo rompidos, ela se desprende.
a) A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca?
Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?
— Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco apouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem.
Comentário de Kardec: Durante a vida, o Espírito está ligado ao corpo pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório que se separa do corpo, quando cessa a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente- ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos. Para uns é bastante rápido, e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado e dura, às vezes alguns dias semanas e até mesmo meses, o que implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno á vida. mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre na razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado. a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea e quando a morte chega, é quase instantânea. Este é o resultado dos estudos efetuados sobre os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo é às vezes, muito penosa, porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de morte, verificando-se em alguns suicídios.
A separação definitiva entre a alma e o corpo pode verificar-se antes da cessação completa da vida orgânica?
— Na agonia, às vezes, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo, e, não obstante, ainda lhe resta um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração põe em movimento. Ele se mantém enquanto o coração lhe fizer circular o sangue pelas veias e para isso não necessita da alma.
No momento da morte, a alma tem, às vezes, uma aspiração ou êxtase, que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?
— A alma sente, muitas vezes, que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito.
O exemplo da larva, que primeiro se arrasta pela terra, depois se fecha na crisálida, numa morte aparente, para renascer numa existência brilhante, pode dar-nos uma ideia da vida terrena, seguida do túmulo e por fim de uma nova existência?
— Uma pálida ideia. A imagem é boa, mas é necessário não torná-la ao pé da letra, como sempre afazeis.
Que sensação experimenta a alma, no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos?
— Depende. Se fizeste o mal com o desejo desfazê-lo, estarás, no primeiro momento, envergonhado de o haver feito. Para ajusto, é muito diferente: ele se sente aliviado de um grande peso porque não receia nenhum olhar perquiridor.
O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele?
— Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar.
Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida se verificam simultaneamente?
— Geralmente é assim; mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto.
Após a decapitação, por exemplo, o homem conserva por alguns instantes a consciência de si mesmo?
— Frequentemente ele a conserva por alguns minutos, até que a vida orgânica se extinga de uma vez. Mas muitas vezes a preocupação da morte lhe faz perder a consciência antes do instante do suplício.
Comentário de Kardec: Não se trata, aqui, senão da consciência que o supliciado pode ter de si mesmo como homem, por meio do corpo, e não como Espírito. Se não perdeu essa consciência antes do suplicio, ele pode conservá-la por alguns instantes, mas de duração muito curta, e a perde necessariamente com a vida orgânica do cérebro. Isso não quer dizer que o períspirito esteja inteiramente desligado do corpo, mas pelo contrário, pois, em todos os casos de morte violenta, quando esta não resulta da extinção gradual das forças vitais, os liames que unem o corpo ao períspirito são mais tenazes, e o desprendimento completo é mais lento.
Livro dos Espíritos  

quarta-feira, 5 de abril de 2017

“PORQUE OCORREM TRAGÉDIAS COLETIVAS? ”

De vez em quando ocorrem grandes tragédias coletivas e é nessas horas que perguntamos: por que acontece esse tipo de coisa? Qual a finalidade desses acidentes que causam a morte conjunta de várias pessoas? Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas situações? Por que algumas pessoas escapam?
Claro que sabemos que Deus não nos julga e nem nos castiga.
Fatalidade, destino, azar são palavras que não combinam com a Doutrina Espírita, da mesma forma que a sorte daqueles que escapam desse tipo de situação, sempre há os relatos daqueles que desejavam estar no local da tragédia e não conseguiram; daqueles que estavam no cenário e não sofreram nada além do susto; e tantos outros.
Então, para a Doutrina Espírita, como se explicam casos como esse? A resposta está no resgate coletivo, conceito que envolve a correção de rumo de um grupo de Espíritos que em alguma outra encarnação cometeu atos semelhantes – e muitas vezes em conjunto – de descumprimento da lei divina e que, portanto, para individualmente terem a consciência tranquilizada  precisam sanar o débito. Toda a problemática, nesse caso, está no trabalho dos mentores na reunião desses Espíritos de modo a que juntos possam se reajustar frente à Lei Divina.
Pergunta-se às vezes o que se deve pensar das mortes prematuras, das mortes acidentais, das catástrofes que, de um golpe, destroem numerosas existências humanas. Como conciliar esses fatos com a ideia de plano, de providência, de harmonia universal?
Quem nos explica sobre esta questão é Leon Denis, o sucessor de Allan Kardec, em seu livro: O problema do Ser do Destino e da Dor, primeira parte, item X – a Morte:
“As existências interrompidas prematuramente por causa de acidentes chegaram ao seu termo previsto. São em geral, complementares de existências anteriores, truncadas por causa de abusos ou excessos. Quando, em consequências de hábitos desregrados, se gastaram os recursos vitais antes da hora marcada pela natureza. Tem-se de voltar a perfazer, numa existência mais curta, o lapso de tempo que a existência precedente devia ter normalmente preenchido. Sucede que os seres humanos, que devem dar essa reparação, se reúnem num ponto pela força do destino, para sofrerem, numa morte trágica, as consequências de atos que têm relação com o passado anterior ao nascimento. Daí as mortes coletivas, as catástrofes que lançam no mundo um aviso. Aqueles que assim partem, acabaram o tempo que tinham de viver e vão preparar-se para existências melhores.”
O Espiritismo explica com muita coerência, que cada um recebe segundo as suas obras, porque todos nós estamos submetidos à Lei de Ação e Reação ou de causa e efeito e à Lei de Evolução ou de Progresso.
Segundo a primeira, nós seres humanos, com nossos pensamentos, sentimentos e ações, criamos causas que terão um efeito posterior. Os caráteres positivos ou negativos das causas vão gerar o gênero desses efeitos. É uma Lei que não castiga, mas que reajusta as ações cometidas pelo uso do nosso livre arbítrio. Age devolvendo o caminhante desviado e perdido ao caminho correto do bem e do progresso, através das encarnações sucessivas.
A Lei de Evolução ou do Progresso rege a transformação contínua de tudo o que possui vida, desde os estados rudimentares e inferiores, até formas mais perfeitas e complexas. Por intermédio dessa Lei, o ser humano passou a ser o homem “civilizado” de hoje, abandonando suas etapas selvagens e primitivas. Graças à Lei de Evolução e às provas sucessivas, às quais ela nos submete em nossas existências múltiplas, nós seres humanos vamos corrigindo nossas imperfeições, transformando nossos defeitos e debilidades em virtudes ou qualidades, que nos empurram à conquista da vida espiritual. A aplicação do nosso livre arbítrio fará com que essa Lei nos faça caminhar pelas trilhas do bem, do amor e da felicidade, ou ao contrário, pelo caminho da dor.
Gerson Simões Monteiro, presidente da “Fundação Espírita Cristã C. Paulo de Tarso”, em um artigo sobre as mortes coletivas, escreve que as vítimas de um terremoto poderiam ser antigos guerreiros que, numa encarnação anterior, destruíram cidades, lares, mataram mulheres e crianças sob os escombros de suas casas e vitimaram a milhares de pessoas. Numa nova encarnação, são “atraídos por uma força magnética pelos crimes praticados coletivamente, reúnem em determinadas circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem. ” São faltas individuais que influem no coletivo.
Acrescentamos que os sobreviventes também são chamados a uma transformação moral, a uma mudança em suas vidas, mas há pessoas que se aproveitam da situação de caos, em uma região que sofreu citado terremoto, para saquear, roubar, violentar e que se beneficiam com egoísmo das doações recebidas. Para essas, a lição não é suficiente e se comprometem mais seriamente ante a coletividade.
Temos também outro exemplo real, explicado nas páginas da literatura espírita. No dia 17 de dezembro de 1961, um circo pegou fogo na cidade de Niterói (Rio de Janeiro) e cerca de 500 pessoas faleceram.
No livro “Cartas e Crônicas”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, o Espírito Humberto de Campos relata a causa do acidente explicando que no ano 177 da Era Cristã, Marco Aurélio reinava no império romano. Mulheres, homens, crianças, anciões e enfermos cristãos eram detidos, torturados e exterminados. “Mais de 20 mil pessoas já haviam sido mortas”.
Chegou a notícia da visita do famoso guerreiro Lúcio Galo naquelas terras e os donos do poder queriam homenageá-lo de maneira grandiosa e original. Decidiram queimar milhares de cristãos num espetáculo “à altura” do visitante.
“Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subsequente, ao Sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas alteadas ao sopro do vento, ou despedaçadas pelos cavalos em correria.”
“Quase dezoito séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento… Entretanto, a justiça da Lei, através da reencarnação, reaproximou todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se reuniram de novo para dolorosa expiação, a 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói, em comovedora tragédia num circo.”
O notável Mediunato de Chico Xavier também nos esclarece outro fato real ocorrido em São Paulo, no dia 1º de fevereiro de 1974, data em que o Edifício Joelma se incendiou e deixou 188 mortos.
O Espírito Cyro Costa e Cornélio Pires se manifestam por psicografia e deixaram dois sonetos que revelavam a causa das mortes em massa no incêndio. As vítimas resgatavam os “derradeiros resquícios de culpa que ainda traziam na própria alma, remanescentes de compromissos adquiridos em guerra das Cruzadas”.
Com relação a mortes coletivas em aviões, o Espírito André Luiz, no capítulo 18 do Livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, esclarece que piratas que afundaram e saquearam criminosamente embarcações indefesas no dorso do mar, ceifando inúmeras vidas, agora encarnados em outros corpos, morrem, muitas vezes, coletivamente nos acidentes aviatórios.
Ainda na mensagem “Desencarnações Coletivas”, o benfeitor espiritual Emmanuel esclarece outros motivos para as mortes que se verificam coletivamente. Diz ele: “Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação”.
Diz Allan Kardec, nos comentários da questão 738 de O Livro dos Espíritos, que “venha por um flagelo à morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de lagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo”.
E finalmente, segundo esclareceram os Espíritos Superiores a Allan Kardec, na resposta à questão 740 de O Livro dos Espíritos, “os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo”.

Fonte: Letra Espírita

“VOCÊ SE SENTE MAL PERTO DE ALGUMAS PESSOAS? DESCUBRA O PORQUE? ”

Não é novidade para muitos estudiosos do espiritualismo a existência de indivíduos que possuem grande sensibilidade, e por isso acabam captando as vibrações que emanam do ambiente e das pessoas. Pessoas assim são chamadas de “esponjas”, pois têm um comportamento parecido com a esponja, ou seja, têm a capacidade de sugar o líquido que entra em contato com ela. Alguns chamam isso de “efeito esponja”, o processo de absorver do ambiente e de alguém seus fluidos, suas energias e vibrações, em especial as negativas e desarmônicas. 
Há pessoas que frequentam certos ambientes e após algum tempo sentem-se carregadas de energias intrusas, como se elas tivessem extraído do ambiente uma parte das vibrações que ele contém. Alguns pesquisadores afirmam que essa atração energética ocorre principalmente por intermédio do chakra do plexo solar. Isso por que esse centro de força é responsável por captar e distribuir as energias vitais em nosso corpo. Nesse processo, ele também capta e distribui as energias negativas que são assimiladas em certos locais, sejam igrejas, instituições públicas, residências, cemitérios, ou qualquer outro lugar. 
Ao ter contato com qualquer pessoa ocorre o mesmo: podemos nos sentir cansados, irritadiços, com mal estar ou sonolentos, podemos sentir um formigamento percorrendo nosso corpo, ou ainda sentir que nossa energia foi exaurida e que ficamos com o pior que havia naquela pessoa. O outro sente-se bem e o “esponja” sente-se muito mal. Por outro lado, é bem possível que o indivíduo esponja seja muito necessário em nossa sociedade, pois se não fosse sua capacidade de captar e eliminar alguns fluidos emanados de ambientes e pessoas, haveria demasiada concentração de energias negativas num dados ambiente, e este se tornaria muito difícil de ser frequentado. 
Há necessidade de pessoas que passem de local em local assimilando e drenando essas vibrações, caso contrário, alguns ambientes conteriam uma excessiva carga negativa, e seus habitantes estariam fadados a complicações e até enfermidades. Por esse motivo, algumas pessoas vêm ao mundo com essa missão de sugar e transmutar essas energias deletérias, e com isso assimilar os problemas dos outros e aprender alguma coisa com isso. Quando um indivíduo esponja assimila as energias negativas de outrem, ele está tomando para si, ao menos em parte, um pouco da experiência do outro. Dessa forma, ele pode se colocar no lugar do outro e sentir o que o outro sente, mesmo que apenas por alguns momentos. Isso o ajuda a assimilar experiências e conseguir se libertar delas. Além de ajudar outras pessoas, ele aprende muito com isso. No entanto, é muito importante que essa pessoa, muito sensível, se torne capaz de não apenas captar as vibrações alheias, mas também anulá-las, expeli-las, eliminá-las, ou mesmo transmutá-las, o que seria o mais recomendável. Em suma, o efeito esponja pode ser muito positivo quando a pessoa aprende a transmutar essas energias, pois pode ajudar muitas pessoas; por outro lado, pode se tornar uma desgraça quando ela se identifica com os problemas dos outros e toma tudo para si, sem conseguir transformar essas energias em algo positivo e elevado. 
Alguns terapeutas padecem dessa missão. Ao entrar em contato com os clientes, fazer uma imposição de mãos, ou mesmo apenas dialogar com eles, sentem que, ao final da intervenção, estão exaustos e acabaram ficando com boa parte da energia que originalmente era do atendido. Isso ocorre principalmente com pessoas que trabalham práticas de cura por imposição de mãos. As mãos podem emanar energias benéficas e elevadas, mas também podem ajudar a aspirar ou chupar as mazelas e aflições de outros. O terapeuta atento e bem treinado precisa saber como transmutar esta condição para que não fique retendo as moléstias de outrem. 
Alguns mestres espirituais mais desenvolvidos espiritualmente são capazes de haurir as energias dos outros, e até mesmo trazer para si suas enfermidades. No livro “Vivendo com os Mestres do Himalaia” Swami Rama conta que, certa vez, seu mestre foi chamado para tratar um caso de lepra que estava quase tirando a vida de um menino da região. Seu mestre havia enviado o discípulo, o próprio Swami Rama, mas ele foi incapaz de tratar o garoto. Então o mestre foi ao local e se postou diante do menino. Repentinamente, a doença do menino foi desaparecendo e o mestre começou a apresentar os mesmos sintomas. O mestre então saiu do local e colocou as mãos sobre uma árvore, passando para ela a doença. A árvore pereceu e o mestre voltou ao local onde estava a criança. Todos puderam observar que a criança já não mais apresentava os sintomas da doença, e foi diagnosticada como curada. 
Outro caso de uma pessoa que parecia absorver dos outros suas moléstias era o Padre Pio de Pietrelcina. Dizem que Padre Pio fez um pedido a Jesus desejando que lhe fosse dada a graça de pegar para si mesmo o sofrimento dos outros. Após esse dia, Padre Pio ficava constantemente doente, e começaram a aparecer em várias partes da Itália casos de pessoas que haviam sido supostamente curadas após orar pedindo ajuda ao Padre. Aparentemente, Padre Pio era capaz de absorver o sofrimento e a doença dos outros e senti-los em si mesmo, e assim, trabalhava essas moléstias em seu interior e ele mesmo se curava. 
Esses exemplos servem para ilustrar como é de fato possível uma pessoa chupar, sugar e reter as energias externas, de lugares e pessoas. Isso é particularmente verdadeiro dentro de uma família. Um dos membros de uma família pode ser um sensitivo com essa incrível capacidade, e pode não apenas tomar para si as energias dos familiares, como concentrar nele mesmo toda a problemática do seu núcleo familiar. É muito possível que alguns familiares sintam isso e inconscientemente passem a depositar neste elemento todas as dificuldades e turbulências que caracterizam o drama familiar. Neste caso, o familiar pode começar a ser colocado na posição de bode expiatório, e tudo de sórdido e disfuncional que há na família seja transferido para um membro, geralmente o mais fragilizado e mais sensível. De qualquer forma, não se deve acreditar que toda pessoa com sensibilidade do tipo “esponja” seja necessariamente transformada no bode expiatório, mas algumas vezes isso acaba ocorrendo. 
O fato é que há elementos de uma família que são transformados no depósito de todo o lixo emocional de uma família, e isso acaba os prejudicando severamente e pode até mesmo abrir caminho para doenças e quadros sintomáticos de transtornos mentais. Isso ocorre por que os familiares não desejam admitir seus problemas, seus desgostos, os dissabores de sua vida, e mesmo sua infelicidade, e por isso passam a jogar tudo numa só pessoa, e fazê-la como bode expiatório, ou como depósito do lixo emocional familiar. Fazem dela o responsável por tudo o que lhes ocorre de ruim, e por isso colocam-no numa posição de inferioridade diante dos demais. Há também familiares que se aproveitam da fragilidade de alguns parentes para auferir alguma vantagem dele, seja financeira ou emocional, exercendo um poder e usando a pessoa como suporte que os impede de decair e ir para o fundo do poço (onde provavelmente já se encontram sem saber). 
Algumas pessoas desejam colocar o outro para baixo para se sentirem por cima. Ao invés de se erguerem com suas próprias pernas, com seus próprios meios e recursos, eles recusam esse esforço e passam a desejar rebaixar o parente para que possam sentir-se, ou ter a ilusão de estarem por cima. Nem é preciso dizer que isso é um dos caminhos mais rápidos para a frustração, posto que ilusoriamente estamos nos valendo de nossa posição e da fraqueza do outro para deter o controle de nossa descontrolada e turbulenta existência.

Autor: Hugo Lapa



terça-feira, 4 de abril de 2017

“DE QUE ADIANTA A REENCARNAÇÃO SE NÃO ME LEMBRO DAS VIDAS PASSADAS. ”?

De que adianta a reencarnação se eu não lembro? Como vou pagar por algo que não me lembro se fiz?        
Eu vou dizer uma coisa para você:
Se eu não acreditasse na reencarnação eu seria ateu – mas ATEU!
A mesma energia que eu dispendo propagando o Evangelho e o Espiritismo eu dispenderia propagando o ateísmo. E assim como eu tenho bons argumentos para falar de Evangelho e de Espiritismo, eu teria bons argumentos para destruir as crenças das pessoas e conduzi-las ao ateísmo.
Por quê?
Porque se essa fosse a nossa única vida, se a nossa vida se resumisse a essas poucas décadas que nós vivemos com um corpo de carne, esse mundo seria terrivelmente injusto. E se esse mundo fosse assim tão injusto o seu criador seria terrivelmente injusto – mais que isso: o seu criador seria sádico, cruel e nojento!
Nada, além da reencarnação, pode explicar tanta desigualdade no mundo. Como é que alguém nasce em berço de ouro, com toda comodidade, num corpo bonito, com dinheiro, com carinho da família, tudo de bom; e outro nasce miserável, numa vila, enjeitado pelos pais, se criando ao Deus dará, desnutrido, feio, sem nenhuma perspectiva de melhora na vida?
Como eu sei que o público que me acompanha é um público pensante, eu não preciso dar mais exemplos de desigualdade.
Hoje é comum as pessoas compartilharem no Facebook fotos de crianças com doenças terríveis, totalmente deformadas, às vezes sentindo dor o tempo inteiro.
Um ateu quando vê isso grita de raiva contra Deus. Para ele o culpado é Deus. Por isso ele é ateu. Ele diz que não acredita em Deus porque ele acha que Deus é ruim. É claro que existe o ateu mais bem fundamentado. Esse tipo de ateu deve atribuir tudo isso ao acaso.
Mas o religioso, principalmente o cristão, seja ele católico ou protestante, o religioso que acha que só existe essa vida, que nós não existíamos antes: como é que ele explica isso?
Não explica! O máximo que ele diz é:
– Deus tem um plano pra você, meu irmão!
Mas que plano desgraçado é esse?       
Eles podem argumentar, com muita razão, que essa vida é passageira, que são alguns anos de sofrimento aqui, mas depois tem a eternidade no céu.
Tudo bem. Mas isso não explica as diferenças aqui. Passar a eternidade no céu, tudo bem; mas por que um vive com tudo de bom e o outro com tudo de ruim?
Ainda tomando o mesmo exemplo da criança doente:
Esses religiosos ficam indignados com os espíritas porque os espíritas acreditam na Lei de causa e efeito – eles olham essa criança, pequena, frágil, indefesa, que não teve tempo de fazer mal nenhum, tão sofrida, tão cheia de dor, e acham um absurdo a ideia de que aquela criança esteja pagando por algo que ela supostamente teria feito em outra vida. Para esses religiosos essa ideia é criminosa. É como se um espírita olhasse para aquela criança doente e acusasse ela de ser a culpada pelo seu sofrimento atual.
Não é assim.
Ninguém ignora que existem pessoas muito mais inteligentes, muito mais sábias, mais bem preparadas para a vida do que outras. Pessoas que demonstram talento desde crianças, seja na música, na matemática ou em qualquer outra área.
Essas pessoas muitas vezes têm pais comuns, tiveram uma criação comum, não há nada nesta existência atual que explique a sua vantagem em relação aos demais. Mas se nós levarmos em consideração o processo reencarnatório, tudo fica muito claro: as pessoas com grandes talentos são espíritos que já desenvolveram sua inteligência em determinadas áreas. Desenvolveram como? – Numa série de existências anteriores!
Uma coisa que tem que ser desconstruída no meio espírita é o conceito de culpa. Não somos culpados. Somos responsáveis pelos nossos atos, isso sim. Se acreditamos que existe uma inteligência suprema, responsável por toda a criação, e que essa inteligência, que nós chamamos de Deus, é infinitamente justa, a sua criação deve obedecer a essa justiça.
Para a nossa compreensão, Deus é a Lei. Deus é o grande conjunto de Leis que nos rege e que rege a toda a criação. Essa Lei evidentemente é justa.
O nosso problema é que nós percebemos uma partícula infinitamente pequena da criação e fazemos os nossos julgamentos em cima disso. Por exemplo: nós observamos o momento presente e vemos sofrimento e desigualdades – mas se nós conseguirmos ampliar a nossa compreensão; se nós tornarmos a nossa visão da vida mais abrangente; nós seremos capazes de perceber que para tudo existem causas; que essas causas evidentemente remontam ao passado; e o que não pode ser explicado levando em conta apenas a existência atual pode ser explicado se considerarmos que nós já existíamos antes, que nós já tivemos muitas existências, que nós cometemos erros e acertos em todas as nossas existências, e que esses erros e acertos geram resultados.
Nós não pagamos por nossos erros do passado – não se trata de pagamento porque não se trata de dívida. Mas todos os nossos atos geram consequências.
Se nós acreditamos que existe Deus e que existe um bom propósito para a criação, nós concluímos que a vida, como nós a conhecemos hoje, é um processo de aprendizado. Aprendemos a amar e aprendemos a usar as nossas potencialidades. Isso não se aprende numa única existência. Nosso aprendizado é lento, porque precisamos de repetição para criar um padrão.
Tudo é aprendizado, a Lei (ou Deus) conspira para o nosso aprendizado. Podemos aprender de muitas formas. Você certamente já ouviu a expressão “pelo amor ou pela dor” – existem infinitas possibilidades de aprendizado dentro do amor e existem infinitas possibilidades de aprendizado dentro da dor.
O espírita não gosta da dor. Ninguém gosta da dor. Mas nós compreendemos a dor como um recurso de aprendizado. Se temos grande dificuldade de aprender alguma coisa aprender a valorizar as pessoas, por exemplo) – a vida nos conduz a meios de aprendizado cada vez mais estreitos. Até que um dia – por exemplo – reencarnamos num corpo que não nos permita ser autossuficientes: experimentamos então uma vida em que dependemos de alguém para coisas básicas. Essa dependência é um recurso que a vida nos oferece para aprendermos a valorizar as pessoas.
Esse é apenas um exemplo. Se você largar um pouco o smartphone, deixar de lado a televisão, os noticiários sangrentos, se você aquietar a sua mente e observar as diversas facetas da vida, você verá que tudo são oportunidades de aprendizado.
Mas a principal pergunta não foi respondida:
– De que adianta a reencarnação se eu não lembro? Como vou pagar por algo que não fiz?
Uma pessoa não precisa ser reencarnacionista, não precisa nem acreditar em Deus para constatar que existe um oceano gigantesco abaixo da ponta do iceberg que é a nossa consciência racional e objetiva. Nós usamos, normalmente, em nosso dia-a-dia, em quase todas as atividades que nós fazemos, apenas a nossa consciência superficial, que é racional e objetiva.
Essa consciência, que nós achamos que é o “eu”, é apenas a ponta do iceberg. O eu verdadeiro está no subconsciente. Nós somos seres de um potencial inimaginável. O Gênesis diz que nós somos imagem e semelhança de Deus. Jesus disse que nós somos deuses. Acontece que nós estamos mergulhados num mundo material denso. O nosso único contato com a realidade exterior são os nossos cinco sentidos físicos.
Nós somos muito mais que isso. Em nosso subconsciente está tudo gravado. Todos os nossos sentimentos, pensamentos, palavras e ações estão gravados em nosso subconsciente. Foi a isso que Jesus se referiu quando disse que “até os fios de cabelo de vossas cabeças estão todos contados”.
Você não precisa ser reencarnacionista nem acreditar em Deus para entender o que é um trauma de infância ou um recalque. Grande parte do seu comportamento, das suas escolhas, da sua visão de mundo são fruto de coisas que aconteceram com você quando você era uma criança pequena, são fruto de experiências suas de que você não lembra.
Ou seja: você é dirigido, em grande parte, por coisas que você não lembra – mas isso não quer dizer que essas coisas não existiram.
Você lembra de tudo o que você fez na sua infância? Você lembra de quando você tinha um ou dois anos de idade? Claro que não lembra. No entanto, a sua primeira visão de mundo, as suas primeiras impressões sobre as coisas, sobre o mundo, sobre as pessoas nasceram nesse período da sua vida.
Isso não é Espiritismo, isso até um estudante de psicologia sabe.
Mas não vamos tão longe: você lembra do que você fez exatamente um ano atrás? Não lembra!
O fato de não nos lembrarmos não quer dizer que não tenha acontecido. Está tudo registrado. Quando reencarnamos nós assumimos um novo corpo. Esse corpo não pode vir carregado com o armazenamento das nossas memórias anteriores.
Todos os meus vídeos, todos os textos que eu público e outros trabalhos inéditos estão arquivados no meu computador. Se eu comprar um novo computador ele não vai vir com esses arquivos. O computador é novo, ele não tem nada a ver com os arquivos do computador antigo.
Mas quem é o dono do conteúdo do arquivo? Quem é que sabe, que conhece tudo o que compõe o arquivo? Sou eu! E se precisar eu posso fazer tudo de novo, porque o produtor do conteúdo sou eu!
Mas se eu escrever tudo de novo, se eu gravar tudo de novo, muito provavelmente, quase certamente, eu vou fazer melhor do que eu fiz antes. Eu sei mais do que eu sabia antes. Eu tenho um pouco mais de conhecimento, eu desenvolvi mais habilidade para escrever, eu tenho mais facilidade para falar num vídeo do que eu tinha antes.
Ou seja: o conteúdo dos arquivos não está perdido. Ele está em mim. O computador é apenas uma máquina – assim como o meu corpo é apenas uma máquina.
Tudo o que experimentei nas minhas existências anteriores está dentro de mim. Eu sou o somatório de tudo. Eu não lembro do que eu fiz, porque a máquina através da qual eu me manifesto nesse momento não contém esses arquivos. Mas o conteúdo dos arquivos está em mim. Isso me faz um ser único: eu tenho habilidade para algumas coisas e dificuldade para outras coisas – como todo mundo.
A dificuldade de quem não compreende a reencarnação é a sua identificação com o ego. Podemos chamar de ego ou podemos chamar de personagem. Isso que nós apresentamos é uma personagem Essa personagem foi programada desde o seu primeiro dia de vida. Programada pelo que viu, pelo que ouviu, pelo que sentiu, pelo que desejou, pelo que concluiu, pelo que fez…
Mas eu não sou essa personagem. Eu sou um ser imortal. Podemos chamar de individualidade, consciência, espírito, o nome não importa. Eu sou um ser único e imortal. Esse ser se manifesta e se desenvolve através de várias dimensões, ocupando vários corpos através do tempo.
A dificuldade de quem não compreende a reencarnação é a sua identificação com a personagem. A pessoa enxerga a si mesma apenas como isso que ela aparenta ser no momento presente.
Se hoje a pessoa é Pedro, ela não entende porque tem que pagar pelos erros do João que viveu no século passado.
Em primeiro lugar, como eu já disse antes, nós não estamos aqui para pagar nada. Estamos num permanente processo de aprendizado. Nesse aprendizado nós colhemos o que nós plantamos, porque isso é uma Lei – Lei ensinada por Jesus no Evangelho: “a cada um segundo as suas obras”.
Em segundo lugar, você não é Pedro e você não foi João. Você está Pedro e você esteve João. Você é espírito imortal. Você viveu uma experiência como João e hoje vive uma experiência como Pedro. João e Pedro são diferentes modos de você expressar o ser que você é.
Mas o ser que você é de verdade está muito além disso que você apresenta agora. Você apresenta apenas a superfície do seu ser. Você é muito mais. E num nível de consciência bem mais profundo, nós sabemos de tudo isso. Sabemos que vamos e voltamos muitas vezes, quantas vezes forem necessárias para o nosso aprimoramento.
– Mas como é que nós aprendemos com os erros de outras vidas se nós não lembramos deles?
Você não se questiona a respeito das diferenças entre as pessoas? Você não nota que existem pessoas com mania de perseguição, pessoas deprimidas sem razão aparente, pessoas que têm raiva de todo mundo, pessoas que preferem viver isoladas, pessoas que são revoltadas por sua condição social, pessoas de todos os tipos?
Podemos atribuir à genética, podemos atribuir ao meio em que essas pessoas vivem, e tudo isso exerce grande influência – mas nada explica tudo satisfatoriamente. Há pessoas com a mesma genética, que receberam a mesma educação, que vivem exatamente no mesmo meio, sofrendo as mesmas influências, e no entanto são muito diferentes.
Nós trazemos a nossa bagagem de experiências quando reencarnamos. Não como memória acessível – porque o computador é outro – mas como sentimentos, como tendências, como facilidades ou dificuldades naturais.
Nada explica a Justiça Divina como a reencarnação. Nada explica a lógica e o encadeamento de tudo na vida como a reencarnação.
Isso tudo é filosofia. Cientificamente a reencarnação não pode ser provada. Quando nós dissemos “cientificamente” nós estamos nos referindo aos meios cartesianos.  Não tem como provar que existe reencarnação num laboratório, como se faz com experimentações químicas, por exemplo. Assim como não existe nenhum mecanismo capaz de detectar a existência do espírito independente do corpo
Mas existem pesquisas sérias, de pessoas não religiosas, como o Dr Ian Stevenson, que dedicou a sua vida a pesquisar casos sugestivos de reencarnação.
Além disso, mais de dois terços da população mundial tem a reencarnação como uma realidade biológica. Aliás, a dificuldade de aceitar a reencarnação está no Ocidente, onde predominam as três grandes religiões abraâmicas monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Todas têm a mesma origem. Todas partem do princípio da obediência sem questionamento. O conhecimento parece ser um tabu para as religiões abraâmicas monoteístas: Lá no comecinho do Gênesis Deus proíbe comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Conhecer é proibido. Questionar é proibido. Pensar é proibido.
Pense! Questione-se! Conheça!
Morel Felipe Wilkon-Espírito Imortal


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...