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domingo, 15 de abril de 2018

UM POUCO DO QUE DESCOBRIMOS QUANDO NOS TORNAMOS ESPRITAS

Quando eu era criança, minha família era católica, minha mãe nos levava na missa de domingo e fiz a comunhão, como era a tradição da família. Para mim a religião era isso, rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria quando estava aflita e pronto. Caridade e ação no bem era coisa para padre e freira, ou similares de outras religiões; as pessoas normais só iam à missa. Essa foi a minha fase de católica não praticante.
Na fase adulta, aos poucos, fui me interessando por reflexões mais profundas sobre a vida. Os assuntos exotéricos começaram a me chamar a atenção e li alguns livros sobre o assunto. Depois fui fazer yoga e estudávamos com a professora, na fase mais aprofundada, livros de autores hindus, suas leis morais e Os Upanishads, que era a parte final dos Vedas. Aquilo tudo fazia muito sentido para mim, mas não me completava.
Notei a existência do Espiritismo porque um casal de tios meus paternos eram espíritas. Depois, num belo dia, eu procurava um livro que me interessasse na livraria, quando olhei para uma cesta cheia de livros em oferta. Bem à vista, li “O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec”. Pensei: “Vai que sou médium e estou sendo convidada por espíritos a ler!”. Levei e quando abri, achei muito complicado. Guardei na prateleira de livros e lá ficou por um bom tempo parado.
A partir daí, o Espiritismo começou a entrar devagarinho em minha vida e comecei a ler os livros espíritas, a frequentar uma casa espírita e rapidamente entrei no Estudo da Doutrina e lia feito uma sedenta que encontra água no deserto. Finalmente tinha encontrado algo que fazia sentido, que me completava.
Existem muitas sendas para se chegar a Deus, mas a minha era essa.
No Espiritismo aprendemos que não somos “eu” mais, somos “nós”, portanto, a partir de agora não uso mais “eu” neste ensaio.
Aprendemos que a caridade é que nos salva, pois quando ajudamos os outros espontaneamente, já é uma evidência que evoluímos espiritualmente e, pela lei da ação e reação, o bem volta para nós, logo, ao fazermos os outros felizes, ficamos mais felizes. Todas as células do corpo sorriem e uma pálida luzinha se acende em nós. Não é mais só dever dos padres e das freiras ajudarem os outros. Nós somos os instrumentos de Jesus para que todos se sintam felizes. Somos médiuns dos Espíritos parecidos conosco, ou pouco mais ou menos evoluídos. Vamos viver várias vidas até que os nossos sentimentos sejam humanos de verdade, então não precisaremos viver num corpo denso de carne.
Aprendemos que um verdadeiro Espírita é o que atua, age no bem e tenta não falar mal dos outros, não julgá-los, não criticá-los, ser menos orgulhoso, menos vaidoso e menos egoísta. Mas todos nós sabemos o quanto é difícil. Jesus disse: “Sedes perfeitos”, mas sabemos que não é fácil. Custa muito caro o trabalho de “conhecer-se a si mesmo” e descobrir as sombras que não queremos enxergar, vida após vida.
Assumimos um compromisso com a casa espírita onde trabalhamos o que para os outros é fanatismo, é coisa de padre, pastor, freira etc. Aliás, lá aprendemos na prática que os maiores necessitados somos nós mesmos. Lá é onde compreendemos que a nossa cura está em nossas mãos, mas que podemos ser instrumentos de ajuda na cura das pessoas que vão pedir ajuda e dos espíritos desencarnados trazidos pelos bons espíritos da casa. Lá é o nosso ensaio de como ser com a família e com todas as pessoas. Tentamos ser igual com todos sempre, mas são tentativas, ainda erramos, muito. Aceitamos qualquer pessoa nas casas espíritas, independente do credo, cor ou sexo.
Aprendemos que precisamos ser muito resolutos e disciplinados para treinar o nosso teimoso cérebro, que se acostumou a fazer tudo automaticamente de acordo com o ego, não com o bom senso. Descobrimos que somos totalmente responsáveis por absolutamente tudo que nos acontece. Isso nos dói, por isso muitos fogem.
O ideal do Espírita é ser bom, melhorar-se, conhecer-se, assim aprimorando a mediunidade para sintonizar-se com espíritos bons.
E sobre a humildade? Emmanuel, o Espírito mentor de Chico Xavier, nos orientou: “Seja humilde para evitar o orgulho, mas voe alto para alcançar a sabedoria”. Isso implica o uso da razão. Precisamos saber mais, crescer intelecto e moralmente, mas não precisamos sair por aí nos jactando, pois somos espíritos endividados e com muito a crescer e não somos melhor que ninguém, se temos o que temos foi pura misericórdia divina, recebemos muito mais do que merecemos.
Jesus nos ensina que se conhece a árvore pelos frutos que dá. Graças a Deus, o Espiritismo tem dado bons frutos. É só fazer uma busca no google e ver as obras de caridade do espiritismo pelo Brasil e pelo mundo. Existem outras organizações no planeta que fazem muita caridade, pois são vários os caminhos a Deus. Qualquer um pode ser bom e conquistar o Reino do Céu que Jesus falava, é só se esforçar e agir, pois temos Deus na nossa consciência. Isso, aprendemos no Espiritismo também. E muito mais que está na Codificação de Kardec e em muitas outras obras psicografadas por grandes espíritas.
Aprenderemos também que o Espiritismo avança lado a lado com a ciência, explicando sobre forças imateriais sensíveis pelos sentidos humanos, não pelos olhos que vêm a matéria. E mostra que vamos evoluindo até ser um espírito de Luz; qualquer um pode, é só querer curar-se.
As pessoas normais a que me referi no primeiro parágrafo são as sem religião, materialistas, com a consciência adormecida, centrados em si mesmos, mas agora, o planeta está numa transformação e todos os “normais” estão sendo convidados por Jesus a serem anormais, ou seja, aceitarem Deus e acordar para a vida verdadeira. Ele nos fala no Seu Evangelho que o Espiritismo é a terceira tentativa para alertar os que dormem. Estamos na undécima hora, mas tem vaga ainda para merecer herdar a terra, mas precisamos ser mansos de coração, bem com Jesus mostrou e mostra, porque Ele nunca nos deixou e quem nunca foi não precisa voltar.
A descoberta disso tudo é uma salvação. Agradeçamos a Jesus, a Espiritualidade Maior, a Deus, que nos enviou Kardec e todos os outros que o sucederam e solidificaram o Espiritismo que tem salvado muitas vidas encarnadas e desencarnadas no Planeta Terra. Agradeçamos por sempre estarem conosco. Que bom ser anormal!

Maria Lúcia Garbini Gonçalves


“O MONSTRO ADORMECIDO DENTRO DE NÓS. ”

É comum ouvirmos comentários em geral dizendo: “se eu voltar numa outra vida quero ser de outro sexo”, “na próxima encarnação não quero casar, ou não quero ter filhos”. Outros dizem que é melhor ser cachorro de rico, do que filho de pobre. Em fim, são tantas as assertivas, e por incrível que pareça muitas das pessoas que falam em vida futura, não acreditam no retorno do espírito à carne.
Também é comum comentarem o que teriam sido em vida passada, quando fazem uma relação dos momentos que vivem atualmente, mas a maioria não acredita já ter vivido anteriormente.
Como pertencemos a variante das pessoas que não duvidamos de que já vivemos várias vidas e vamos viver tantas outras ainda, portanto acreditamos na reencarnação, já que o corpo se decompõe, mas o espírito sobrevive, e temos provas disso por ocasião das atividades mediúnicas, onde recebemos vários depoimentos e mensagens dos que se foram, tratamos com seriedade essa questão e procuramos viver consciente da Lei de Retorno.
Como pela Misericórdia Divina esquecemo-nos das vidas passadas, pois assim é possível voltarmos a conviver com desafetos do pretérito e solucionar as contendas, devemos ter cuidado para não deixar eclodir costumes, manias, hábitos que tivemos em outras existências, principalmente vícios dos mais diversos.
O apóstolo Paulo nos disse que “tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém”, e é exatamente o que devemos observar quando nos é oferecido algo pernicioso a nossa saúde e que poderá aflorar algo que se encontra adormecido em nós.
Quantas pessoas que a certa altura da vida resolve provar alguma bebida, droga, energéticos, estimulantes, aromatizantes e a partir dai não mais conseguem abster-se? Certamente estas pessoas acabam acordando um mostro que estava adormecido e que muitas vezes foi difícil de ser tratado no passado, e agora ao ser provocado, reaparece com força total.
Convenhamos! Certas atitudes não devemos levar em consideração ao nos serem apresentada nesta vida! Infelizmente já vi pais que ao ingerirem cerveja, molham a boca do filho que traz ao colo, querendo demonstrar que o inocente é “macho”. Uma irresponsabilidade cuja atitude poderá ter sérias consequências, principalmente pelo adulto não conhecer algumas questões da vida e não dar uma interpretação correta das Leis Divina.
Trazemos gravado o histórico do que fomos na vida anterior e poderemos ter a tendência de voltarmos a incorrer nos mesmos erros se não estivermos vigilantes. Façamos o que o Mestre Jesus nos disse: “vigiai e orai”, e evitemos consequências tristes.
Nilton Cardoso
Fonte: Portal do Espirito


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...