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quinta-feira, 22 de março de 2018

“PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO”

O retorno a um novo corpo, através da reencarnação, se dá para o crescimento do espírito. É um processo educativo, e não punitivo. Encarado dessa forma, não há um número definido de encarnações para um espírito. Sobre a chamada “lei” de causa e efeito atua a lei de misericórdia, que é uma das variantes da lei de Amor. Os processos não se dão de forma linear, isto é, não se passa pelo que se causou a outrem na mesma proporção e na mesma intensidade. As circunstâncias a que um espírito está sujeito numa encarnação expiatória são sempre atenuadas pela Misericórdia Divina. Achamada “lei” de causa e efeito não é como a pena de Talião. Não é “olho por olho dente por dente”. Às vezes, no período de intermissão, o espírito atravessa sofrimentos, resultantes de suas atitudes quando no corpo físico. Ao reencarnar para aprender, os processos a que estará sujeito não poderão ser idênticos aos que proporcionou aos outros, em face do que aprendeu no período de intermissão, bem como em função da necessidade de educar-se a partir de estratégias amorosas das leis de Deus..
Em geral, as reencarnações são planejadas com antecipação, cujo tempo de preparo será proporcional às necessidades educativas do espírito. Quanto mais evoluído o espírito, maior seu tempo de intermissão, consequentemente mais tempo terá ele para seu planejamento. O planejamento exigirá o concurso de muitos espíritos, os quais participarão, direta ou indiretamente, das relações futuras do reencarnante. Tais preparativos vão desde a escolha dos pais ao tipo e detalhes do corpo que se utilizará o espírito. Escolhe-se o gênero de provas que se atravessará, o tipo de morte que se terá, as principais experiências que deverão ocorrer após o nascimento, que reencontros se darão, que doenças se terá, qual a época mais propícia para se reencarnar, etc.
Tais experiências planejadas se dão no nível de probabilidades, podendo haver alterações, a depender das necessidades do espírito, bem como de seu livre arbítrio e de terceiros. Fundamental é perceber que, embora planejado o destino e a existência da pressão interna das experiências pregressas, o livre arbítrio é soberano, podendo alterar quaisquer daqueles fatores. As escolhas havidas que sejam diferentes do planejado, levarão a consequências - positivas ou negativas - para o espírito. O espírito, após a reencarnação , poderá alterar seu planejamento. Poderá ele, adquirir novos compromissos, como fugir de outros. Poderá ampliar suas realizações previstas, tanto quanto diminuí-las.
A vida na Terra deixa de ser um acaso para ter um objetivo. Cada ação humana tem implicações, pois nada ocorre por acaso. Não se volta à Terra como a uma colônia de férias. A Terra não é uma instância de lazer. Viver é construir para o espírito. Estar no corpo físico é conscientizar-se da responsabilidade por vários processos de aprendizagem que o Universo faculta.
Aqui se está para algo aprender. Não se deve desprezar o mundo social ou o corpo, pois, mesmo sendo a realidade espiritual matriz geradora, não é exclusiva e nem deve contribuir para alienação ao mundo dos ditos vivos. Há uma complementaridade entre a vida material e a espiritual. Viver fora do mundo físico é saber viver nele.
Viver bem na Terra, aspirando a uma vida melhor após a morte, é legítimo, porém não deve ser um fim em si. O espírito não pode esquecer que, além de almejar seu progresso, deve tornar o mundo material um local bom de se viver. O reino dos céus, pregado nos meios cristãos, é tão “além” quanto aqui, isto é, na Terra deve-se implantá-lo, pois ela faz parte do “reino”. A localização desse reino é uma questão de consciência e responsabilidade.
É claro que as escolhas feitas nem sempre obedecem aos compromissos havidos em encarnações anteriores. Tais escolhas podem levar à compulsoriedade, que impõe, ao espírito, determinado processo educativo, independente de seu arbítrio. Há encarnações compulsórias para muitos espíritos que acumulam compromissos, principalmente quando envolvem terceiros. O seu passado espiritual tem influência decisiva nesse processo de escolha. As ligações com desafetos são geradoras de reencontros para que se desfaçam os laços de inimizade e ódio. Os desafetos geralmente nascem juntos para transformarem seus sentimentos aversivos em amor, aprendendo, dessa forma, o real significado do viver. As provas e expiações a que estão submetidos os espíritos, decorrem desses compromissos pregressos. Tais compromissos são vulgarmente chamados de dívidas, cujos correspondentes processos de resgates, chamo de educativos.
O processo de escolha que o espírito faz, guarda relação direta com seu livre arbítrio. O planejamento é um balizador para o espírito. Existe apenas um único determinismo imposto ao espírito. Tal determinismo inexorável é a evolução. Evoluir sempre. O ser humano pode se desenvolver muito nos diversos campos do saber, porém jamais poderá alterar as leis de Deus, e uma delas é a lei de Progresso. Progredir sempre, na direção do Bem, do
Belo e do Amor, para que alcance a felicidade, essa é a lei. Nos processos de escolha não se deve prescindir do bem coletivo.
Cada escolha do espírito tem implicações com o direito dos outros.
Nas mudanças de planejamento que visem auxiliar maior número de pessoas, os resultados serão sempre benéficos para o espírito. Essas mudanças ocorrem, geralmente a pedido do espírito que, desejando continuar encarnado para completar alguma tarefa relevante, conta com auxílio espiritual para a alteração de seu planejamento anterior.
Os conflitos e problemas atuais, antes de serem creditados às existências passadas, devem ser analisados, como faz a Psicologia, a partir da vida atual. Será que a origem de tais conflitos não está na infância problemática? Será que a relação materna e paterna não provoca traumas que eclodem adiante? Certamente que tais fatores influenciam. O retorno de um espírito a uma nova família é sempre uma novidade cheia de receios e carregada de expectativas.
A sociedade muda. Os costumes e regras sociais não são os mesmos para o espírito que esteve ausente da sociedade dos encarnados durante muito tempo. Ele tem que reaprender muito.
Há métodos educativos coletivos, os quais visam alcançar grupos de espíritos necessitados de um mesmo aprendizado. A humanidade, por vezes, atravessa processos educativos coletivos, cujo planejamento pertence a instâncias superiores e visam dar novo ritmo ao planeta. São planejados num nível superior às encarnações individuais. Pela sua interferência nos destinos de uma coletividade, suas particularidades merecem a atenção de espíritos mais elevados.
O suicídio é um exemplo do algo não planejado antes da encarnação e que é uma forma (in)voluntária de alterar o planejamento.
A negligência de alguém que, como consequência leve à sua desencarnação, promove alteração no planejamento reencarnatório. Alguns acidentes se encaixam nessa situação, por ocorrerem fora dos processos educativos do espírito e por vontade (negligente) de seu autor. Como exemplo, cito os casos de adolescentes que correm em ruas das grandes cidades, de forma alucinada, sem a mínima segurança, em brincadeiras conhecidas pelo nome de “pegas”.
Há filhos não planejados antes da reencarnação, que conseguem realizá-la por intercessão de espíritos que obtêm a concordância do casal.
Trechos do livro: Reencarnação: Processo Educativo
Adenáuer Novaes

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...