São muitos os casos de atendimentos
que acontecem por completa iniciativa dos organizadores da Espiritualidade, a
maioria certamente, e que surpreendem pelas circunstâncias em que ocorre. Certa
vez, numa reunião que poderíamos chamar de rotineira, num dado momento um dos
médiuns passou a descrever ambiente hospitalar e sua visão espiritual foi, aos
poucos, encaminhando-se para uma pessoa ligada aos próprios serviços de saúde
do local, médica ao que parecia.
Foi vista em estado mental e
espiritual deplorável, vinha perdendo a capacidade de falar, manifestar-se e
mesmo locomover-se. Um caso grave de obsessão em rápido processo de
agravamento, intimamente aceita pela encarnada em questão.
Não encontrara forças em si mesma
para resistir ao assédio a partir do momento em que credores do passado a
encontraram em busca de vingança. Entregara-se por completo à simbiose mental
que lhe perturbava até mesmo as funções orgânicas.
Foi pedido aos presentes à sessão
daquela noite que se firmassem nos propósitos de auxílio, de modo a criar-se
ambiente espiritual propício ao atendimento.
Durante as semanas seguintes e
certamente durante o sono do corpo dos médiuns, aquela servidora em doloroso
processo de recuperação moral-espiritual foi sendo atendida.
Pode ser que o rápido atendimento e,
certamente, seus méritos pessoais, permitiram que fosse gradualmente desfeito o
controle psicomotor que os credores lhe impunham.
Passados os dias, fomos recebendo,
pela mediunidade dos participantes da reunião, notícias acerca de sua
recuperação e informes de que seria orientada no sentido de precaver-se
adequadamente e assim evitar nova investida dos adversários invisíveis, eles
próprios igualmente carentes de atendimento e orientação.
Estava claro que aquela primeira
providência evitava o completo transtorno físico, emocional e mental, mas não
representava a cura completa, que só se daria por conta do tempo e do
entendimento com aqueles que se consideravam lesados por ela, de algum modo, em
alguma existência passada na qual estiveram juntos.
Casos assim são relativamente comuns
e independem da posição ou condição social.
Ter um cargo importante ou ser rico
não livra ninguém das consequências dos erros cometidos no passado.
Altos postos na vida terrena, nem a
riqueza material podem comprar a paz da consciência e menos ainda a segurança
espiritual. Só a vivência equilibrada e justa pode dar certeza da vida futura e
de relativa paz no presente.
É a lei à qual nos submetemos e que
não se subverte por interesses pessoais ou circunstanciais. Só se eliminam os
efeitos pela remoção das causas. As más influências das companhias, seja de
encarnados ou de desencarnados, trazem malefícios individuais e coletivos
dependendo das ações a que conduzem.
Se alguém deseja libertar-se, em
definitivo, desses dissabores, deve alinhar sua conduta, quanto possível, a uma
vida que privilegie o Bom, o Belo e o Justo. Nessa faixa mental e espiritual, é
virtualmente impossível ocorrer interferências negativas tão graves quanto a
que descrevemos acima e que, por misericórdia divina, pôde ser parcialmente
remediada.
Casos e Experiências com a
Mediunidade!
Fonte: ESPIRIT BOOK