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quinta-feira, 31 de maio de 2018

“O SIGNIFICADO DO CORPUS CHRISTI PARA O ESPIRITISMO” DIVALDO FRANCO EXPLICA"


O dia de Corpus Christi é uma festa de origem católica celebrada por tradições religiosas cristãos no mês de junho. A expressão em latim significa “Corpo de Cristo”, que se refere à ressurreição do Cristo após sua crucificação, por esse motivo é associada à morte sacracrificial.
Para o espiritismo que não crê na ressurreição, mas sim na reencarnação em um novo corpo para um novo aprendizado do espírito, a representação desta data, pode ser associada além de seu sentido apenas religioso.De acordo com os princípios da Doutrina Espírita como pode ser interpretada a aparição de Jesus em após sua morte? Este fenômeno representa a confirmação da sobrevivência além da matéria, transcendendo as barreiras físicas.Este episódio marcante, da materialização de Jesus aos discípulos revela ainda a possibilidade de comunicação entre encarnados e desencarnados, que segundo os ensinamentos da Doutrina Espírita é perfeitamente possível, uma prova de que a vida continua além do túmulo.Além da crença na verdadeira realidade da vida, que é a espiritual, podemos ressaltar nesta data a importância da mensagem de Jesus, que com seus exemplos de amor deixou ensinamentos eternos, capazes de transformar moralmente o ser humano. Portanto essa pode ser uma excelente ocasião para deixarmos renascer dentro de nós a paz do Cristo!
BLOG MUNDO MAIOR Fonte: Chico de Minas Xaxier

quarta-feira, 30 de maio de 2018

“QUAIS OS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE?”

A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico.
À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo, amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural da mediunidade.
Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência.
Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenômenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.
Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto.
Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas.
Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada.
No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.
Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.
Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para que não lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido.
Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo.
Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre.
Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium a realizar o autodescobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje.
O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.
Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual.
A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz.
A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.
Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o ritual'>espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueloutros que as captam e as transformam em mensagens significativas.
Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.
A correta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador.
É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenômenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranqüila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.
Cuidadosamente atendida, a mediunidade proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz.
Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus.
(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 10 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia).
(Jornal Mundo Espírita de Março de 2001)



"OS MECANISMOS DA CURA ESPIRITUAL ! ENTENDA COMO FUNCIONA..."


A mediunidade de cura oferece ao médium a possibilidade de curar um ser doente, buscando fluidos em fontes energéticas da natureza. Mas será que doenças cármicas também podem ser curadas espiritualmente? A mediunidade de cura é a capacidade possuída por certos médiuns de curarem moléstias por si mesmos, provocando reações reparadoras de tecidos e órgãos do corpohumano, inclusive as oriundas de influenciação espiritual. Assim como existem médiuns que emitem fluidos próprios para a produção de efeitos físicos concretos (ectoplasmia), temos igualmente os médiuns que emitem fluidos que operam todas as reparações acima referidas.
Na essência, o fluido é sempre o mesmo, uma substância cósmica fundamental. Mas suas propriedades e efeitos variam imensamente, conforme a natureza da fonte geradora imediata, da vibração específica e, em muitos casos (como este de cura, por exemplo), do sentimento que precedeu o ato da emissão.
A diferença entre os dois fenômenos é que no primeiro caso (ectoplasmia), o fluido é pesado, denso, próprio para elaboração de formas ou produção de efeitos objetivos por condensação, ao passo q~e no segundo (curas), ele é sutilizado, radiante, próprio para alterar condições vibratórias já existentes.

MÉDIUM CURADOR

Além do magnetismo próprio, o médium curador goza da aptidão de captar esses fluidos leves e benignos nas fontes energéticas da natureza, irradiando-os em seguida sobre o doente, revigorando órgãos, normalizando funções, destruindo placas e quistos fluídicos produzidos tanto por auto-obsessão como por influenciação direta.
O médium se coloca em contato com essas fontes ao orar é Se concentrar, animado pelo desejo de fazer uma caridade evangélica. Como a lei do amor é a que preside todos os atos da vida espiritual superior, ele se coloca em condições de vibrar em consonância com todas as atividades universais da criação, encadeando forças de alto poder construtivo que vertem sobre ele e se transferem a.o doente. Por sua vez, este se colocou na mesma sintonia vibratória por meio da fé ou da esperança.
Os fluidos radiantes interpenetram o corpo físico, atingem o campo da vida celular, bombardeiam os átomos, elevam-lhes a vibração íntima e injetam nas células uma vitalidade mais intensa. Em conseqüência, acelera as trocas (assimilação, eliminação), resultando em uma alteração benéfica que repara lesões ou equilibra funções no corpo físico.
Nas operações cirúrgicas feitas diretamente no corpo físico, os espíritos operadores incorporam no próprio médium que dispõe desta faculdade. Este, como autômato, opera o paciente com os mesmos instrumentos da cirurgia terrena, porém sem anestesia e dispensando qualquer precaução de assepsia. Em certos casos, embora raros, o espírito incorporado logra o mesmo resultado cirúrgico utilizando objetos de uso doméstico (facas, tesouras, garfos ou estiletes comuns) como instrumentos operatórios, igualmente sem quaisquer cuidados anti-sépticos.
O cirurgião invisível incorporado no médium corta as carnes do paciente, extirpa excrescências mórbidas, drena tumores, desata atrofias, desimpede a circulação obstruída, reduz estenoses ou elimina órgãos irrecuperáveis. Semelhantes intervenções, além de seu absoluto êxito, são realizadas em um espaço de tempo exíguo, muito acima da capacidade do mais abalizado cirurgião do mundo físico. Em tais casos, os médicos desencarnados fazem seus diagnósticos rapidamente, com absoluta exatidão e sem necessidade de chapas radiográficas, eletrocardiogramas, hemogramas, encefalogramas ou quaisquer outras pesquisas de laboratório.
Nessas operações mediúnicas processadas diretamente na carne, os pacientes operados tanto podem apresentar cicatrizes ou estigmas operatórios como ficarem livres de instrumentos da cirurgia terrena. Normalmente são espíritos experimentados, que ajudam no diagnóstico e na intervenção cirúrgica quaisquer sinais cirúrgicos. Em seguida à operação, eles se erguem lépidos e sem qualquer embaraço ou dor, manifestando-se surpreendidos por seu alívio inesperado e a eliminação súbita de seus males.
Quando opera incorporado no médium, o espírito sempre é auxiliado por companheiros experimentados na mesma tarefa, que cooperam e ajudam no controle da intervenção cirúrgica, no diagnóstico seguro e rápido e no exame antecipado das anomalias dos enfermos a serem operados. Entidades experimentadas na ciência química transcendental preparam os fluidos anestesiantes e cicatrizantes, transferindo-os depois do mundo oculto para o cenário físico através da materialização na forma líquida ou gasosa, conforme seja necessário.

CIRURGIAS À DISTÂNCIA

Embora o êxito das operações mediúnicas dependa especialmente do ectoplasma a ser fornecido por um médium de efeitos físicos e controlado pelos espíritos de médicos desencarnados, há circunstâncias em que, devido ao teor sadio dos próprios fluidos do enfermo, as operações produzem resultados miraculosos no corpo físico, apesar de processadas somente no perispírito.
O processo de "refluidificação", com o aproveitamento dos fluidos do próprio doente, lembra algo do recurso de cura adotado na hemoterapia praticada pela medicina terrena, na qual o médico incentiva o energismo da pessoa debilitada extraindo-lhe algum sangue e, em seguida, injetando-o novamente nela, em um processo que acelera a dinâmica do sistema circulatório.
No entanto, mesmo que se tratem de operações mediúnicas feitas diretamente na carne do paciente ou mediante fluidos irradiados à distância pelas pessoas de magnetismo terapêutica, o sucesso operatório exige sempre a interferência de espíritos desencarnados, técnicos e operadores, que submetem os fluidos irradiados pelos "vivos" a um avançado processo de química transcendental nos laboratórios do lado espiritual.
E quais são as diferenças entre as cirurgias realizadas com a presença do paciente e as realizadas à distância? No primeiro caso, os técnicos desencarnados utilizam o ectoplasma do médium de efeitos físicos e também os fluidos nervosos emitidos pelas pessoas presentes. Esta aglutinação polarizada sobre o enfermo presente possibilita resultados mais eficientes e imediatos. No segundo caso, os espíritos operadores procuram reunir e projetar sobre o doente os fluidos magnéticos obtidos pelas pessoas que se encontram reunidas à distância, no centro espírita.
Porém como se tratam de fluidos bem mais fracos do que os fornecidos pelo médium de fenômenos físicos, eles são submetidos a um tratamento químico especial pelos operadores invisíveis, a fim de se obterem resultados positivos. Mesmo assim, os fluidos transmitidos à distância servem apenas para as intervenções de pouco vulto, pois, sendo fluidos heterogêneos, exigem a "purificação" à qual nos referimos.
Existem alguns fatores que impedem as cirurgias à distância de serem tão eficazes e seguras como as intervenções diretas. Para muitos desses voluntários doadores de fluidos, faltam a vontade disciplinada e a vibração emotiva fervorosa, que potencializam as energias espirituais. Além disso, alguns deles não gozam de boa saúde, fumam em demasia, ingerem bebidas alcoólicas em excesso ou abusam de alimentação carnívora. Aliás, nos dias destinados a esses trabalhos espirituais, os médiuns deveriam se submeter a uma alimentação sóbria, já que, depois de uma refeição por vezes indigesta, o indivíduo não tem disposição para tomar parte em uma tarefa que exige concentração mental segura.

DIFICULDADES PARA OS ESPÍRITOS CURADORES

Durante o tratamento fluídico operado à distância, a cura depende muito das condições psíquicas em que os doentes forem encontrados durante a recepção dos fluidos. Os espíritos terapeutas enfrentam sérias dificuldades no serviço de socorro aos pacientes cujos nomes estão inscritos nas listas dos centros espíritas, pois além das dificuldades técnicas resultantes de certo desequilíbrio mental do ambiente onde eles atuam/ outros empecilhos os aguardam, em virtude do estado psíquico dos próprios doentes.
Às vezes, o enfermo tem a mente saturada de fluidos sombrios, em face de conversas maledicentes, intrigas, calúnias e fofocas. Em outros casos, lá está ele em excitação nervosa por causa de alguma violenta discussão política ou desportiva, bem como é encontrado envolto na fumarada intoxicante do cigarro ou na bebericagem de um alcoólatra. Outras vezes, os fluidos irradiados das sessões espíritas penetram nos lares enfermos, mas encontram o ambiente carregado de fluidos agressivos, provenientes de discussões ocorridas entre seus familiares. É evidente que os desencarnados têm pouco êxito em sua tarefa abnegada de socorrerem os enfermos quando estes vibram recalques de ódio, vingança, luxúria, cobiça ou quaisquer outros sentimentos negativos.

CIRURGIAS DURANTE O SONO

As operações cirúrgicas realizadas no perispírito durante o sono só atingem a causa mórbida no tecido etérico deste, porém, depois de algum tempo, começam a desaparecer seus efeitos mórbidos na carne, pelo mesmo fenômeno de repercussão vibratória. Neste caso, como os enfermos operados ignoram o que lhes aconteceu durante o sono ou mesmo em momento de vigília e repouso, opõem dúvidas quanto a essa possibilidade.
Uma vez que esses doentes, tendo sido operados no perispírito, não comprovam de imediato qualquer alteração benéfica em seu corpo físico, geralmente supõem terem sido vítimas de uma fraude ou um completo fracasso quanto à intervenção feita. Acontece que a transferência reflexa das reações produzidas por essas operações se processa muito lentamente, levando semanas ou até meses para manifestarem seus efeitos benéficos no organismo. Além disso, há casos em que o enfermo recebe assistência de seus guias espirituais devido à circunstância de emergência, que não altera o determinismo de seu resgate cármico.
Toda cura se dá pela ação fluídica, já que o espírito age através dos fluidos. Tanto o perispírito como o corpo físico são de natureza fluídica, embora em diferentes estados, havendo relação entre eles. O agente da cura pode ser encarnado ou desencarnado e nela podem ser utilizados ou não processos como passes, água fluidificada e outros, além da intervenção no perispírito ou no corpo. Na cura por efeitos físicos, a alteração orgânica no corpo físico é imediatamente visível ou passível de constatação pelos sentidos ou aparelhamentos materiais.
Na ação fluídica sobre o perispírito, a cura será avaliada depois, pelos efeitos posteriores no corpo físico. Agindo através dos centros anímicos, órgãos de ligação com o perispírito, atinge-se este, que também se beneficia ao se purificar pela aceleração vibratória, tornando-se, assim, incompatível com as de mais baixo padrão.
É desta forma que se operam as curas de perturbações espirituais, na parte que se refere ao perturbado propriamente dito. Sabemos que a maior parte das moléstias de fundo grave e permanente não podem ser curadas porque representam resgates cármicos em desenvolvimento, salvo quando há permissão do Alto para curá-las. Entretanto, há benefícios para o doente em todos os casos, porque se conseguirá, no mínimo, uma atenuação do sofrimento.

A CURA NA MÃO DE TODOS

A faculdade de curar pela influência fluídica é muito comum e pode se desenvolver por exercício. Todos nós, estando saudáveis e equilibrados, podemos beneficiar os doentes com passes, irradiações, água fluidificada etc. Aprendendo e exercitando, desenvolvemos nosso potencial de ação sobre os fluídos.
O poder curativo está na razão direta da pureza dos fluidos produzidos, como qualidades morais ou pureza de intenções, da energia da vontade, quando o desejo ardente de ajudar provoca maior força de penetração, e da ação do pensamento, dirigindo os fluidos em sua aplicação.
A mediunidade de cura, porém, é bem mais rara, espontânea e se caracteriza pela energia e instantaneidade da ação. O médium de cura age pelo simples contato, pela imposição das mãos, pelo olhar, por um gesto, mesmo sem o uso de qualquer medicamento. No evangelho, existem numerosos relatos onde Jesus ou seus seguidores curam por ação fluídica, alguns deles examinados por Allan Kardec no livro A Gênese, capítulo XV.

CONDIÇÕES FUNDAMENTAIS PARA A CURA

É lícito buscar a cura, mas não se pode exigi-Ia, pois ela dependerá da atração e fixação dos fluidos curadores por parte daqueles que devem recebê-los. A cura se processa conforme nossa fé, merecimento ou necessidade. Quando uma pessoa tem merecimento, sua existência precisa continuar ou as tarefas a seu cargo exigem boa saúde, a cura poderá ocorrer em qualquer tempo e lugar, até mesmo sem intermediários (aparentemente, porque ajuda espiritual sempre haverá). No entanto, às vezes, o bem do doente está em continuar sofrendo aquela dor ou limitação, que o reajusta e equilibra espiritualmente, o que nos faz pensar que nossa prece não foi ouvida.
Para tanto, vejamos o que diz Emmanuel no livro Seara dos Médiuns, no capítulo "Oração e Cura": "Lembremo-nos de que lesões e chagas, frustrações e defeitos em nossa forma externa são remédios da alma que nós mesmos pedimos à farmácia de Deus. A cura só se dará em caráter duradouro se corrigirmos nossas atuais condições materiais e espirituais. A verdadeira saúde e equilíbrio vêm da paz que em espírito soubermos manter onde, quando, como e com quem estivermos. Empenhemo-nos em curar males físicos, se possível, mas lembremos que o Espiritismo cura sobretudo as moléstias morais".
De uma maneira primorosa, Allan Kardec nos situa sobre o assunto: "A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo está, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada, mas depende também da energia da vontade, que, quanto maior for, mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou espírito".
Daí então se depreende que são quatro as condições fundamentais das quais depende o êxito da cura: o poder curativo do fluido magnético animalizado do próprio médium, a vontade do médium na doação de sua força, a influenciação dos espíritos para dirigir e aumentar a força do homem e as intenções, méritos e fé daquele que deseja se curar.






terça-feira, 29 de maio de 2018

“O BRASIL ESTÁ ENTRANDO NUMA ERA DE ESPERANÇA”

Nestes inquietantes tempos de desonra moral desabando sobre o povo brasileiro, em que políticos geram supostas manobras sorrateiras, dispondo rebaixar as atuais estruturas investigativas no âmbito policial e judicial, é urgente permanecermos em estado de vigília e oração ininterrupta em favor da paz social no Brasil.
Mas a despeito do preocupante cenário social, político e econômico, enxergamos um horizonte promissor de uma nova geração que vem surgindo em nosso país composta de executivos, professores, médicos, advogados, engenheiros, historiadores, delegados, procuradores e juízes, todos trabalhando com entusiasmo e intrepidez pela consagração da ética em nosso país. Isto nos pacifica sob a expectativa decisiva de transformação dos valores morais que tem manchado esta nação dilacerada pela corrupção destruidora.
Tal conjuntura nos envia ao último capítulo do livro A Gênese de Allan Kardec. Aí arranjamos algumas adequações para fins de comparação com a realidade supra descrita. Vislumbramos uma nova geração de brasileiros, desenfaixados dos detritos do velho sistema corrupto. Observamos pessoas mais moralizadas e possuídas de ideias e de sentimentos muito diferentes da velha geração que está sendo deportada para mundos afins. [1]
As sociedades se modificam, como já se transformaram noutras épocas, e cada transformação se distingue por uma crise moral. Contudo, nessas ebulições sociais, a fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas, inexiste fraternidade real, sem o avanço moral. Somente o progresso moral pode fazer que entre nós reinem a honestidade, a concórdia, a paz e a fraternidade.
A velha geração (daqueles atolados nas arapucas da corrupção) que está se despedindo (da Terra) levará consigo seus erros e estragos sociais; a geração que surge, imprimirá à sociedade o progresso moral que assinalará a nova fase da evolução geral no Brasil e no mundo.
Essa fase já se revela, atualmente, no Brasil, em razão do conjunto de práticas revolucionárias no combate à improbidade, à imoralidade e à falcatrua através de efetivas e duras punições. Nesse contexto, nós espíritas estamos sendo convocados para irradiarmos compreensão, amor e paz em favor dos cidadãos de bem, a fim de facilitar o movimento de regeneração em nosso país.
Grande, é ainda o número dos ímprobos; que nada poderão contra a ética da nova geração que surge. Os desonestos irão desaparecer aos poucos, mas ainda defenderão palmo a palmo os seus obscuros interesses de poder e tramoias.
Não nos enganemos, haverá, um embate moral inevitável, desigual da geração degradada e já envelhecida, a cair em frangalhos, contra o futuro da nova geração de seres audazes e incorruptíveis. Hoje no Brasil vemos com clareza quem é quem nesse cenário.
Para que haja paz em nosso país, preciso é que somente a povoem espíritos bons, encarnados e desencarnados. É chegado o tempo das grandes debandadas dos que praticam o mal pelo mal. Serão excluídos, para não ocasionarem perturbação e obstáculo ao progresso.
Após a desencarnação, muitos irão expiar em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas. A época atual é, sem dúvida, de transição; confundem-se os personagens das duas gerações. Assistimos à partida de uma e à chegada da outra. Têm ideias e pontos de vista opostos as duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, cabendo-lhe (nova geração) fundar a era do progresso moral.
A nova geração se distingue por coragem, inteligência e talentos precoces, tem sentimento inato da honestidade. Já os corrompidos ainda trazem a maldade, a malícia, a mentira. Em face disso, têm de ser expurgados porque são incompatíveis com o império da honradez, da fraternidade e porque o contato com eles (os corruptos e corruptores) constituirá sempre um sofrimento para os bons.
Quando o Brasil se achar livre dos desmoralizados, os homens de bem caminharão sem óbices para o futuro melhor. Opera-se, presentemente, um desses movimentos gerais dos tempos que chegaram, destinados a realizar uma higienização e remodelação moral da sociedade brasileira.
Jorge Hessen- Fonte: Agenda Espírita

Referências Bibliográficas:
[1] Kardec, Allan. A Gênese, cap. 18, RJ: Ed. FEB, 1977.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

"COMO GANHAR A SIMPATIA DOS BENFEITORES ESPIRITUAIS"

Se você é uma criatura que vive unica e exclusivamente para si, ocorre um fenômeno de isolamento espiritual, não que alguém esta te isolando, é você mesmo que esta se isolando...

Quem vive unica e exclusivamente para si, não conquista simpatia dos benfeitores espirituais, mas quando você sai de si mesmo e vai de encontro ao semelhante, o que acontece? 

- Você sai de casa, chega a um hospital, tem um doente... você aplica um passe nele, fala uma palavra de reconforto para ele... o que você não sabe é que ao lado daquela criatura que está doente, tem uma, dois, três, várias entidades, vários amigos espirituais daquela criatura, que se sensibilizam com a sua bondade e que fazem uma anotação de gratidão no coração"....

HAROLDO DUTRA DIAS

domingo, 27 de maio de 2018

"A REALEZA É SUPERIOR ESPIRITUALMENTE ? VEJA A COMUNICAÇÃO DE UMA UMA RAINHA DESENCARNADA !

 Entrevista com uma RAINHA após o desencarne !
A RAINHA DE OUDE
(Falecida em França, em 1858) 

P. Quais as vossas sensações ao deixardes o mundo terrestre? 
R. Ainda perturbada, torna-se-me impossível explicá-las. 
P. Sois feliz? 
R. Tenho saudades da vida... não sei... experimento acerba dor da qual a vida me libertaria... quisera que o corpo se levantasse do túmulo... 
P. Lamentais o ter sido sepultada entre cristãos, que não no vosso país? 
R. Sim, a terra indiana menos me pesaria sobre o corpo. 
P. Que pensais das honras fúnebres tributadas aos vossos despojos? 
R. Não foram grande coisa, pois eu era rainha e nem todos se curvaram diante de mim... Deixai-me... forçam-me a falar, quando não quero que saibais o que ora sou... Asseguro-vos, eu era rainha... 
P. Respeitamos a vossa hierarquia e só insistimos para que nos respondais no propósito de nos instruirmos. Acreditais que vosso filho recupere de futuro os Estados de seu pai? 
R. Meu sangue reinará, por certo, visto como é digno disso. 
P. Ligais a essa reintegração de vosso filho a mesma importância que lhe dáveis quando encarnada? 
R. Meu sangue não pode misturar-se com o do povo. 
P. Não se pôde fazer constar na respectiva certidão de óbito o lugar do vosso nascimento; podereis no-lo dizer, agora? 
R. Sou oriunda do mais nobre dos sangues da Índia. Penso que nasci em Delhi. 
P. Vós, que vivestes nos esplendores do luxo, cercada de honras, que pensais hoje de tudo isso? 
R. Que tenho direito. 
P. A vossa hierarquia terrestre concorreu para que tivésseis outra mais elevada nesse mundo em que ora 
estais? 
R. Continuo a ser rainha... que se enviem escravas para me servirem!... Mas... não sei... parece-me que 
pouco se preocupam com a minha pessoa aqui... e contudo eu... sou sempre a mesma. 
P. Professáveis a religião muçulmana ou a hindu? 
R. Muçulmana; eu, porém, era bastante poderosa para que me ocupasse de Deus. 
P. No ponto de vista da felicidade humana, quais as diferenças que assinalais entre a vossa religião e o Cristianismo? 
R. A religião cristã é absurda; diz que todos são irmãos. 
P. Qual a vossa opinião a respeito de Maomé? 
R. Não era filho de rei. 
P. Acreditais que ele houvesse tido uma missão divina? 
R. Isso que me importa?! 
P. Qual a vossa opinião quanto ao Cristo? 
R. O filho do carpinteiro não é digno de preocupar meus pensamentos. 
P. Que pensais desse uso pelo qual as mulheres muçulmanas se furtam aos olhos masculinos? 
R. Penso que as mulheres nasceram para dominar: — eu era mulher. 
P. Tendes inveja da liberdade de que gozam as européias? 
R. Que poderia importar-me tal liberdade? Servem-nas, acaso, ajoelhados? 
P. Tendes reminiscências de encarnações anteriores a esta que vindes de deixar? 
R. Deveria ter sido sempre rainha. 
P. Por que acudistes tão prontamente ao nosso apelo? 
R. Não queria fazê-lo, mas forçaram-me. Acaso julgarás que eu me dignaria responder-te? Que és tu a meu lado? 
P. E quem vos forçou a vir? 
R. Eu mesma não sei... posto que não deva existir ninguém mais poderoso do que eu. 
P. Sob que forma vos apresentais aqui? 
R. Sempre rainha... e pensas que eu tenha deixado de o ser? És pouco respeitoso... fica sabendo que não é desse modo que se fala a rainhas. 
P. Se nos fosse dado enxergar-vos, ver-vos-íamos com os vossos ornatos e pedrarias? 
R. Certamente... 
P. E como se explica o fato de, despojado de tudo isso, conservar o vosso Espírito tais aparatos, sobretudo os ornamentos? 
R. É que eles me não deixaram. Sou tão bela quanto era, e não compreendo o juízo que de mim fazeis! É verdade que nunca me vistes. 
P. Qual a impressão que vos causa em vos achardes entre nós? 
R. Se eu pudesse evitá-la... Tratam-me com tão pouca cortesia...

Instruções do guia do médium 

S. Luís — Deixai-a, a pobre perturbada. Tende compaixão da sua cegueira e oxalá vos sirva de exemplo. Não sabeis quanto padece o seu orgulho.
 

[
Evocando esta grandeza decaída ao túmulo, não esperávamos respostas de grande alcance, dado o gênero da educação feminina nesse país; julgávamos, porém, encontrar nesse Espírito, não diremos filosofia, mas pelo menos uma noção mais aproximada da realidade, e idéias mais sensatas relativamente a vaidades e grandezas terrenas. Longe disso, vimos que o Espírito conservava todos os preconceitos terrestres na plenitude da sua força; que o orgulho nada perdeu das suas ilusões; que lutava contra a própria fraqueza e, finalmente, que muito devia sofrer pela sua impotência.]

[Comentário do blogueiro: Infelizmente o Orgulho e a Vaidade são os dois sentimentos que ainda norteiam grande parte da humanidade, trazendo grande ilusão e sofrimento para aqueles que aportam do outro lado da vida, sem qualquer preparo de ordem espiritual. Assim, devemos combater de todas as formas estes sentimentos negativos, enquanto encarnados, para não sermos surpreendidos após o desenlace carnal.] 
Fonte: Espírit Book

"COMO EXPLICAR TANTA DIFERENÇA, SE SOMOS TODOS FILHOS DE DEUS, COM OS MESMOS DIREITOS E DEVERES?"

Só a maravilhosa Lei da Reencarnação pode explicar, que o Espírito é Eterno e que todos já vivemos muitas Vidas, que nesta, estamos apenas Colhendo tudo que Plantamos. Ninguém passa por algo sem Merecer, como diz Jesus: “A cada um, segundo suas próprias Obras”, ou seja, “A cada um, segundo seu próprio Merecimento”. O Apóstolo Paulo também confirmou às Palavras de Jesus, dizendo: “Tudo que plantardes, também ceifarás”, ou seja "Colherás".
O Objetivo da Reencarnação do Espírito é o seu despertamento. Tudo que sai das mãos de Deus conduz latentes valores imortais. O tempo encarregar-se-á de formar meios e angariar métodos de acordar as almas para que elas sintam suas necessidades de progredir e de amar.
O que chamamos de perfeição são os talentos que Deus nos deu por misericórdia, aflorados e iluminados por inúmeras experiências de vivência, frente a frente com múltiplos problemas, dores e sacrifícios, na extensão de vidas sem conta, na argamassa da carne.
Deus nos impôs a Reencarnação para nos mostrar o que temos de fazer para nós mesmos.
Aquilo que devemos fazer, não podemos passar para outro; cabe-nos enfrentar os nossos deveres com a disposição que a fé nos faculta.
O nosso Pai Celestial nunca se esqueceu da Sua paternidade, desde os primeiros momentos da criação, até aos Espíritos puros que o cercam dispostos a fazer a Sua vontade.
Os Espíritos se originam do mesmo princípio único, tocados com o mesmo amor pela Divindade.
A Justiça de Deus é perfeita em todos os rumos da Sua sabedoria, e neste entendimento é que os seres criados passam pelos mesmos processos de despertamento espiritual, mas, com reações diversas.
O ponto de saída e chegada é o mesmo para todos os Seus filhos.
As diferenças que encontramos de alma para alma, de homem para homem, já deves ter deduzido, é a idade de cada ser, na pauta das suas existências.
Quanto, ao que muitos escritores espiritualistas dizem, que uns sofrem e outros não, na ascensão que deviam conquistar, é opinião falsa, por não encontrar ressonância na justiça do Todo-Poderoso.
Se nasceram todos simples e ignorantes todos foram às escolas, onde os ensinamentos são os mesmos e idênticas às necessidades.
Mesmo que as modalidades de aprendizagem sejam diversas, no fim, a soma de trabalhos, dores e sacrifícios, de esforços individuais para aquisição dos poderes, é a mesma, em busca das trilhas de libertação dos seus valores morais e espirituais.
No princípio recebemos de mãos generosas o apoio correspondente às nossas necessidades que, quando adultos passamos a doar aos que se encontram na nossa retaguarda, como compensação pelo que recebemos. Essa é uma lei: nada fica sem resposta na vida.
Tudo que existe, toma forma, perde a forma e torna a tomar corpo. E a alma não pode fugir dessa lei universal, porque a Reencarnação nos favorece o crescimento espiritual mais rápido.
Somos, por assim dizer, agredidos pela matéria, e dessa agressão acordamos cada vez mais para o Amor, especulando em todos os sentidos para aquisição da sabedoria. Bendita seja a Reencarnação, que nos aprimora e que nos eleva, dando-nos a entender que não existe a morte.

Fonte: ESPIRIT BOOK



sexta-feira, 25 de maio de 2018

"CIRURGIA ASTRAL"

Muitos acreditam que uma cura por cirurgia astral, ou operação espiritual é milagre. Claro que dependendo da crença de cada um pode até ser chamado de milagre, pois existem pessoas que não entendem como tal pode acontecer.
Mas acima de tudo está a medicina convencional, pois é esta ciência que representa na Terra as providências para que a melhora do mal que atinge o corpo físico se restitua. Sempre digo que o médico é o representante mais direto dos desígnios de Deus na terra no que concerne aos males do corpo.
As chamadas cirurgias astrais, ou curas espirituais são uma realidade, até porque esta prática foi muito utilizada por Jesus quando aqui esteve conosco e continuou sendo praticada por curandores, benzedores, sábios, magos, isto em vários povos. Os índios praticavam com muita frequência este ritual.
Com o tempo, tal procedimento passou a ser realizado através das religiões, com mais ênfase naquelas que mantém relações com o mundo espiritual, onde o doente recebe melhoras e em certas ocasiões fica curado. Algumas crenças até praticam cirurgias astrais à distância, onde o paciente fica em casa em recolhimento por alguns momentos, enquanto que em determinado local um grupo de religiosos se dedica à meditação e irradiação.
A cirurgia é plenamente admissível, pois que as pessoas que buscam tal recurso apenas estão praticando um ato de mudança de comportamento, já que a moléstia adquirida foi em razão da própria irresponsabilidade do doente, isto porque adoeceu em razão de ter desviado a mente do caminho reto.
Quando o paciente resolve submeter-se a cirurgia astral, a mente é revestida de fé, de bons pensamentos, de humildade e a sua aura passa ficar mais brilhante, energizada, e isso possibilita que as entidades ligadas à espiritualidade maior, possam praticar melhorias no organismo fluídico do doente, que vai repercutir no corpo denso, restaurando o que fora estragado anteriormente pela invigilância dele próprio.
É evidente que muitas moléstias que contraímos não podem ser curadas, pois fazem parte de resgates de outras vidas, cuja anomalia aconteceu em razão de excessos que praticamos no passado, como por exemplo, abusamos do álcool e desencarnamos com cirrose. Certamente numa próxima existência reencarnaremos com problemas hepáticos.
É importante que ao sentirmos algum mal-estar procuremos a medicina convencional e sigamos a risca a prescrição médica, e ao optarmos pela cirurgia astral não paremos o tratamento, pois que se estamos vivendo na vida material é necessário submetermos ao que faz parte daqui.
Também é importante que ao melhorarmos, mudemos nosso comportamento e hábitos, deixando de incorrer nos mesmos erros. Lembremo-nos de Jesus quando disse: “Olha que já estás curado, não peques mais, para que não te suceda coisa pior.”.
Pensemos nisso.

Autor: Nilton Cardoso- Fonte: Portal do Espírito


quinta-feira, 24 de maio de 2018

"A IMPORTÂNCIA DE TER BONS PENSAMENTOS."

“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável.”
“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos.” 
É através do pensamento que tudo começa. Somos muitos bilhões de espíritos encarnados e desencarnados pensando ao mesmo tempo, o tempo todo. O pensamento é alguma coisa. Não sabemos exatamente o quê, um tipo de energia, provavelmente. Mas ele é alguma coisa. Você, eu e mais os outros bilhões de espíritos enchemos o espaço com nossos pensamentos.
Assim como as ondas de rádio e televisão estão no ar, nossos pensamentos estão no ar. Quando você fala no seu telefone celular, sua voz é transformada em sinais elétricos que caminham como ondas de rádio, viajando pelo ar. Nossos pensamentos também viajam pelo ar. O número para o qual você liga é conectado com o seu aparelho, e sua voz chega até ele. Com nossos pensamentos acontece a mesma coisa. Quem estiver receptivo ao tipo de pensamento que emitimos, quem estiver aberto ao “sinal” característico do pensamento que emitimos, recebe nosso pensamento em sua mente. Nosso pensamento é captado como ideia ou emoção.
Você acha que isso é um exagero? Não é. É uma característica do período em que vivemos. Cem anos atrás não tínhamos nem dez por cento da população urbana que temos hoje. Vivemos num conglomerado de mentes, umas influenciando às outras. Um dos efeitos desse fenômeno é que todos nós somos cada vez mais sensíveis ao que nos cerca, ao meio em que vivemos, às pessoas com quem convivemos, aos ambientes que frequentamos.
Allan Kardec nos alertou que todos somos médiuns, não é? Pois hoje não é tarefa simples saber distinguir o que é pensamento nosso e o que é influência externa. A Terra e o espaço que a circunda está saturada de pensamentos. Você sabe tão bem quanto eu que a maior parte das pessoas não cultiva bons pensamentos. Você não precisa que eu lhe demonstre que a maioria dos pensamentos que nos cercam são pensamentos doentios, enfermiços, dolorosos. É nesse meio que nós vivemos. É no meio desse enorme peso mental que nós nos desenvolvemos e aprendemos.
A recomendação de Jesus, “orai e vigiai”, nunca esteve tão atual e necessária. Ao se descuidar dos seus pensamentos, ao deixar que seus pensamentos sigam seu curso livre, no piloto automático, você está permitindo que seu padrão vibratório baixe, dando abertura para que milhões de pensamentos de mesmo nível sintonizem com o seu. Não é à toa que a depressão já é chamada de “o mal do século XXI”. Ao menor descuido, seu padrão vibratório cai, e suas energias caem também.
A boa notícia é que ao manter seu pensamento elevado, sua influência sobre os que o cercam, encarnados e desencarnados, é muito benéfica. Muitos não sabem que funcionam como um oásis para espíritos sedentos de boas energias. Os desencarnados carentes de energia, que desconhecem seu estado de desencarnados ou que têm alguma dificuldade para seguir seu rumo, costumam se aproximar de encarnados de bom padrão vibratório. Buscam algum conforto, sentem-se bem com as energias positivas do encarnado vigilante de seus pensamentos.
Quando você vai ao centro espírita, ou quando contata com os espíritos trabalhadores, em suas orações ou durante o sono físico, muitos desencarnados carentes acompanham você e são encaminhados ao socorro e esclarecimento.
Nunca estamos sós. Somos úteis ou prejudiciais mesmo sem tomar conhecimento disso. 
     Fonte: Mensagem Espírita 

quarta-feira, 16 de maio de 2018

“DIA DE PENTECOSTES, SEGUNDO O ESPIRITISMO

Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios  do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: “Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas; os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto, a Ásia, a Frígia, a Panfília, o Egito e as províncias da Líbia próximas a Cirene; peregrinos romanos, judeus ou  prosélitos, cretenses e árabes; ouvimo-los publicar em nossas línguas as maravilhas de Deus!” Estavam, pois, todos atônitos e, sem saber o que pensar, perguntavam uns aos outros: “Que significam estas coisas?” Outros, porém, escarnecendo, diziam: “Estão todos embriagados de vinho doce.”
(Atos dos Apóstolos; 2:1-13)
Primeiramente, vamos entender A Festa de Pentecostes no judaísmo e no catolicismo:
Pentecostes é uma palavra grega que significa quinquagésimo dia. Referente ao tempo gasto pelo povo judeu depois de partirem do Egito, o Êxodo; em que gastaram quarenta e nove dias até o Monte Sinai; e no quinquagésimo dia, Moisés recebeu o Decálogo, que é a entrega dos Dez Mandamentos de Deus à Moisés, em memória disto instituiu-se a festa de Pentecostes. A festa foi tomada de novas motivações com o passar do tempo e também novos nomes. A celebração era conhecida inicialmente por vários nomes: Festa da Colheita, pois era celebrada a colheita dos grãos da Terra; Festa das Semanas, pois a duração é de sete semanas; Festa das Primícias, pois é a entrega dos primeiros frutos da Terra a Deus. O nome Pentecostes foi adotado mais tarde, devido a festa começar 50 dias depois da Páscoa.
Na Igreja Católica, o  Pentecostes celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, através do dom das línguas, como é descrito no Novo Testamento – Atos dos Apóstolos. É celebrado 50 dias depois do domingo de Páscoa. O dia de Pentecostes ocorre no sétimo dia depois da ascensão de Jesus. Isto porque, Ele ficou quarenta  dias após a ressurreição dando os últimos ensinamentos a seus discípulos, somando aos três dias em que ficou na sepultura somam quarenta e três dias, para os cinquenta dias que se completam da páscoa até o ultimo dia da grande Festa de Pentecostes, sobram sete dias; e foram estes os dias em que os discípulos permaneceram no cenáculo até a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Assim, era uma festa da qual Jesus participava e que, após sua Ascensão, adquiriu novo significado para os primeiros cristãos, com a vinda do Espírito Santo.
A Doutrina Espírita nos esclarece que os fenômenos mediúnicos ocorridos no dia de Pentecostes foram notáveis. Como a de mediunidade de efeitos físicos. Quando: “Todos estavam juntos num mesmo lugar e de repente veio do céu um ruído como de um vento que irrompe impetuoso. A casa, onde estavam reunidos, foi por ele preenchida.” (At. 2:1-2). Ou seja, os espíritos superiores lançaram mão desses efeitos com o intuito de fortificá-los na fé.
Os pontos luminosos percebidos sobre a cabeça de cada apóstolo, eram de espíritos “que não se mostraram visíveis de todo, mas apenas o suficiente para serem percebidos; e como brilhasse a parte que os discípulos puderam ver, interpretaram-na como línguas de fogo.” (Rigonatti, Eliseu. O Evangelho da Mediunidade. Cap. 2). Fenômeno, muito clássico hoje, que tem sido observado em inúmeras sessões espíritas e tem sido relatado pelos experimentadores, são as luzes, flocos de luzes, bolas de luzes, que assinalam a presença dos espíritos, fenômenos verificados no cenáculo e qualificados por Lucas como “umas como língua de fogo.”  A questão 88 de O Livro dos Espíritos, nos esclarece:
Pergunta: Os espíritos tem uma forma determinada, limitada e constante?
Resposta: Para vós, não; para nós, sim. O espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.
A questão deles terem começado a falar em outro idioma, é referente ao fenômeno mediúnico caracterizado por xenoglossia, médiuns poliglotas, que são médiuns que falam sob o efeito de um espírito, em línguas fora do conhecimento deles. Assim, o fenômeno de xenoglossia, é – “a faculdade de falar ou escrever em uma ou mais línguas estranhas, desconhecidas do médium, durante o transe mediúnico.”
Estes fenômenos se verificaram no dia de Pentecostes, no cenáculo, e maravilharam povos de todas as partes da Judeia, da Ásia, do Egito... Pois, naqueles dias, Jerusalém transbordava de peregrinos judeus, vindo de todas as partes do mundo. Não havia, pois, ocasião mais propícia para essas manifestações mediúnicas. E como os espíritos tendo tomado os discípulos, falassem em voz alta, os transeuntes correram a ver o que era e alguns de outras terras se admiraram de ouvir aqueles homens da Galileia falar corretamente suas línguas. Desta forma, pregando o Evangelho em muitas línguas, os Espíritos do Senhor demonstraram que se cumpria naquele momento a profecia de Jesus de que sua palavra seria ouvida por todas as nações da Terra.
Conforme o Discurso de Pedro, no cap. 2 de Atos dos Apóstolos. Pedro, aproveitando aquela oportunidade, esclareceu que os apóstolos não podiam estar bêbados como alguns julgavam, pois era muito cedo, ainda estavam na primeira hora do dia, isto é, nove horas da manhã. O que ocorreu fora previsto pelo profeta Joel, a respeito da mediunidade que desabrocharia por toda parte: “Depois disso acontecerá também o que vou dizer: Eu derramei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos velhos serão instruídos por sonhos e os vossos mancebos terão visões.”  (Joel 2-28)  Assim, Pedro percebendo que se iniciava o cumprimento de tal profecia, chamou a atenção daquela gente sobre o novo ciclo espiritual que a Terra começava a viver.  O Fenômeno de Pentecostes deu força ao Cristianismo nascente e muitos prosélitos se incorporaram à igreja naquele dia.
Outro fato importante no Pentecostes foi que havia naquele dia em Jerusalém pessoas de todas as partes do mundo conhecido da época e estes voltariam aos seus países como testemunhas oculares daqueles fatos maravilhosos. Muitos desses homens, no futuro, iriam ajudar o apóstolo Paulo na evangelização dos gentios. Pentecostes representa pois um momento importante na consolidação da fé e na expansão das primeiras comunidades cristãs.
Site: Revista Virtual Herança Judaica
Livro: A Casa do Caminho e os Primeiros Cristão. Sergito de Souza Cavalcanti.
Fonte: Blog. Jardim Espírita

"POR QUE REENCARNEI NESTA FAMÍLIA?" (VISÃO ESPÍRITA)


terça-feira, 15 de maio de 2018

"EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS NAS REUNIÕES MEDIÚNICAS."

A questão das Evocações nas Reuniões Mediúnicas, método utilizado aos tempos de Allan Kardec, surge de vez em quando nos encontros que realizamos para estudo da Mediunidade. É do conhecimento geral, que o Codificador usava esse processo nas sessões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sendo também adotada fora dali pelos grupos que se formaram à época. Também é sabido que as comunicações eram, em sua grande maioria, Psicográficas.
Julgam alguns que por ser este o método utilizado por Allan Kardec, deveria ser também o das reuniões mediúnicas da atualidade. Alegam outros que aguardar que os Espíritos se comuniquem espontaneamente é uma atitude passiva e alienante, e que significa subordinação.
Vejamos como Kardec trata do assunto em O Livro dos Médiuns.
Ele dedica um extenso capítulo às evocações, o de número 25. Inicialmente diz que as manifestações dos Espíritos podem ser de duas maneiras, pela evocação ou espontaneamente. Fala então das vantagens e desvantagens dos dois processos.
Nas comunicações espontâneas, esclarece, não chamar a nenhum Espírito em particular “é abrir a porta a todos os que queiram entrar”. O contrário acontece quando se faz a chamada direta de determinado Espírito, pois que isto “constitui um laço entre ele e nós.” (it.269)
Ressalta, em seguida, que as comunicações espontâneas não apresentam inconveniente algum e que dessa maneira “se podem obter coisas admiráveis.” Nos casos de evocação, prossegue, “surpreende, não raro, a prontidão com que um Espírito evocado se apresenta, mesmo da primeira vez. Dir-se-ia que estava prevenido.” E de fato, aduz, havendo a preocupação antecipada em evocar determinado Espírito, este é convocado pelo “Espírito familiar do médium, ou do interrogante, ou ainda um dos que costumam frequentar as reuniões.” (it. 271).
No item 272, há uma afirmativa muito interessante: 
“Frequentemente as evocações oferecem mais dificuldades aos médiuns (grifei) do que os ditados espontâneos, sobretudo quando se trata de obter respostas precisas a questões circunstanciadas. Para isto, são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos (grifos do original) e já em o nº 193 vimos que estes últimos são bastante raros, por isso que, conforme dissemos, relações fluídicas nem sempre se estabelecem instantaneamente com o primeiro Espírito que se apresente.”
O item 193 citado está no capítulo referente aos médiuns especiais e ressalta a importância da afinização fluídica que deve existir entre o comunicante e o medianeiro. Esta afinização é uma das leis da comunicação espírita, conforme Léon Denis, em “No Invisível”.
Diante da alegação de que a identificação do Espírito é mais fácil quando ele vem espontaneamente declarando o seu nome, Kardec lembra que isto não significa autenticidade, porque qualquer Espírito pode-se fazer passar por outro. Nenhuma garantia há, a não ser a análise do conteúdo da mensagem e da linguagem do comunicante. São estes os meios básicos de controle.
A propósito da identidade dos Espíritos, Kardec escreveu o cap. 24 onde relaciona nada mais nada menos que 54 itens sobre o assunto, que auxiliam os médiuns e participantes em geral dos trabalhos mediúnicos no tocante à identificação, qualquer que seja o gênero da reunião. Infelizmente bem poucos conhecem estes itens. Todavia, a análise das comunicações é aconselhada pelos próprios Espíritos, que, se são realmente superiores, nada têm a temer.
Voltando ao cap. 25, it. 283-a , o Codificador, tratando da evocação dos animais, interroga porque algumas pessoas ao evocarem animais obtiveram respostas, ao que os Espíritos declararam: “Evoca um rochedo e ele te responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a tomar a palavra sob qualquer pretexto.” Em seguida há uma nota de Kardec na qual ele conta o caso dos pintassilgos, que é uma graça e vale a pena ser lido.
No cap. 17, “Da formação dos médiuns”, Kardec recomenda ao aspirante a médium que não adote a evocação direta de um Espírito (it. 203), explicando as dificuldades do processo e aconselhando um apelo geral.
Estamos, portanto, diante de duas opções, dois métodos diversos.
Em Léon Denis, todavia, encontramos um tipo de reunião bastante aproximado da atual.. Na sua extraordinária obra literária encontram-se diversas citações sobre as sessões das quais participava. Em “No Invisível”, ele declara: “Não é indispensável fazer evocações determinadas. Em nosso grupo raramente as praticávamos. Preferíamos dirigir um apelo aos nossos guias e protetores habituais, deixando a qualquer Espírito a liberdade de se manifestar sob sua vigilância. O mesmo acontece em grupos de nosso conhecimento.”
Assim, como conciliarmos o método das evocações praticadas por Kardec e o que lemos em O Livro dos Médiuns, já que a soma das argumentações apresentadas pelo próprio Kardec parecem indicar que o melhor método seria o das comunicações espontâneas?
Para responder a esta pergunta é imprescindível ressaltar a natureza da missão de Allan Kardec. Ele era o missionário escolhido e convidado para a grandiosa tarefa da codificação da Doutrina dos Espíritos. A sua posição singular; as condições que o cercavam únicas e especialíssimas. O seu tempo, bem curto ante a grandeza da obra.
 Toda uma falange de Espíritos está a postos para assessorá-lo nos dois planos da vida, sob a direção do Espírito de Verdade. Kardec conta também com elementos encarnados em postos-chave que viriam a contribuir para o êxito da missão. Médiuns, também escolhidos, o rodeavam, absolutamente maleáveis, seguros, confiáveis, adestrados para uma psicografia mecânica pura, de altíssimo nível, em grupos familiares e posteriormente na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Além disso, há que se levar em consideração o trabalho de pesquisa que deveria efetuar.
Pode-se observar parte dessa pesquisa nas 66 comunicações inseridas na segunda parte de O Céu e o Inferno. As evocações eram feitas a partir de notícias de falecimentos publicadas nos jornais, ou nomes trazidos pelos participantes do grupo, desde que julgassem serem oportunos e úteis para os estudos e pesquisas. Feita a evocação a comunicação quase sempre era imediata. Kardec extraía da narrativa dos Espíritos as teorias compatíveis, sendo esta, aliás, uma das características marcantes da Doutrina: a teoria baseada em fatos. Os acontecimentos indicando os fundamentos, os princípios norteadores.
Outros fatores contribuíram para que se abandonasse a prática da evocação. Um deles foi o receio de haver indução, sugestionamento ou animismo por parte do médium, além de que, este acabaria quase que na obrigação de desempenhar, nesse contexto todo, o papel que dele se esperava. Até mesmo para agradar ao dirigente e ao grupo. Outro aspecto é o do constrangimento e inibição que, geralmente, acompanha esse tipo de prática, decorrentes da expectativa formada em torno do médium.
Pode-se deduzir que a mudança do método nas sessões mediúnicas seja, inclusive, por não ter o da evocação produzido, após Kardec, os resultados esperados. Ou por não se conseguirem médiuns em condições apropriadas. Ou as duas coisas simultâneas.
Entretanto, mesmo o processo da evocação coloca os encarnados numa certa passividade, ou seja, à espera de que os guias tragam o evocado ou que ele possa ou queira atender por si mesmo, ao chamado nominal.
Acresce ainda, que só pelo fato de se chamar determinado Espírito não quer dizer que ele virá; muitas dificuldades existem a serem vencidas. E se houver resposta isto não significa que seja o evocado. Entram aí os mesmos fatores que ocorrem nas comunicações espontâneas, isto é, a hipótese de mistificação, animismo, indução, etc. E no caso da evocação com um peso mais forte, pois exige-se, de imediato, a identificação. No outro processo isto acontece de modo bem mais natural e só vem ao final da comunicação, o que propicia ao médium ir-se afinizando, cada vez mais, com o Espírito, durante o transcurso da mensagem e estar mais seguro quanto a sua identidade.
É conveniente mencionar, contudo, que em muitos casos o médium identifica de pronto o comunicante, mesmo antes de iniciar a transmissão. Isto varia de médium para médium e depende também das circunstâncias.
O essencial é que, nesse atual método adotado pelas reuniões, não se deixe de lado a avaliação criteriosa das comunicações, passando-as sempre pelo crivo da razão. Que cada um exerça o seu direito pessoal e intransferível de analisar, de extrair ilações das mensagens. 
A aceitação cega e mística é que tem prejudicado a evolução dos trabalhos mediúnicos. O que, em última análise, evidencia a falta de estudo da Doutrina. A não assimilação dos ensinamentos, ou a sua deturpação por não compreensão dos mesmos, por ranços religiosos, opiniões pessoais, etc.
Exercer a mediunidade com amor não significa, em absoluto, desprezar o estudo, a avaliação meticulosa dos trabalhos, a investigação equilibrada e benéfica. Nada impede que sejam atendidas as duas partes.
Não sei quem estabeleceu em nosso meio a idéia de que a mediunidade com Jesus, a caridade, o amor ao próximo são incompatíveis com o estudo, a pesquisa, o aperfeiçoamento das atividades. Este modo de pensar não se coaduna, de modo algum, com o verdadeiro sentido da mensagem do Cristo.
Ao contrário, o que se vê, através, especialmente, das contribuições mediúnicas que nos chegam por intermédio de Chico Xavier, Divaldo Franco e Yvonne Pereira é o conselho constante, é o apelo maciço dos Benfeitores Espirituais conclamando os espíritas ao estudo. E a mediunidade exercida com amor, alicerçada nos ensinamentos de Jesus não abdica, em momento algum, dos critérios mais rígidos de controle e adestramento da faculdade.
Léon Denis legou-nos exemplos admiráveis de reuniões onde se cultivava o respeito profundo aos guias, onde a mediunidade era exercida com amor sem que houvesse prejuízo ao estudo e investigação.
Assim, a evocação teve a sua época. Como também o diálogo com os Espíritos através da psicografia. O retorno ao método da evocação, inclusive, não dinamizaria as atividades mediúnicas e nem propiciaria o surgimento de médiuns mais aptos e seguros. No caso destes é exatamente o contrário: o surgimento de médiuns mais adestrados é que possibilitaria (talvez) as condições para as evocações.
É recomendável também a leitura do it. 330 de O Livro dos Médiuns, que fala a respeito dos dos Espíritos que acompanham os participantes das reuniões. É muito interessante.
E Kardec conclui: “Perfeita seria a reunião em que todos os assistentes, possuídos de igual amor ao bem, consigo só trouxessem bons Espíritos. Em falta da perfeição, a melhor será aquela em que o bem suplante o mal. Muito lógica é esta proposição, para que precisemos insistir.”
Suely Caldas Schubert.
Fonte: 
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro




𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...