O vale dos suicidas é uma região do
umbral onde os espíritos desencarnados que praticaram o suicídio quando em vida
se agrupam pela lei da atração ou afinidade, uma das leis universais, que pode
ser traduzida na máxima “Os iguais se atraem”.
A médium Yvonne Pereira, em seu livro
psicografado “Memórias de um suicida”, descrito pelo espírito Camilo Castelo
Branco, fala do Vale dos Suicidas, onde os seres desencarnados suicidas vivem
os mesmos dramas, dores e aflições, agrupando-se no mesmo vale das trevas.
Da mesma forma, agrupam-se também nas
trevas, em vales, por afinidade, os espíritos ligados às drogas, à loucura, aos
desequilíbrios sexuais, às guerras, aos abortos.
Mas todo suicida vai parar no Vale
dos Suicidas?
Na minha experiência clínica, após
conduzir mais de 20.000 sessões de regressão pela TRE (Terapia Regressiva
Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual, onde os pacientes descrevem suas
vidas passadas no umbral após terem praticado o suicídio, posso afirmar que
cada caso é um caso.
Muitos – após cometerem o suicídio na
vida pretérita – ficam presos ao local do crime, pois não conseguem se libertar
por terem transgredido a lei da vida.
Eu me recordo de uma paciente que
numa existência passada fora um general autoritário, vaidoso, arrogante e
centralizador. Numa das reuniões com seus comandados foi questionado por um
auxiliar de sua estratégia de guerra equivocada, onde iria colocar em risco a
vida de suas tropas.
Mandou o auxiliar calar a boca por se
sentir afrontado em sua autoridade. Mas seu auxiliar estava certo, pois toda a
tropa fora dizimada, inclusive seu filho (o general não sabia que ele fora
convocado para participar dessa batalha).
Desolado, cabisbaixo, viu seu filho e
os soldados ensanguentados, mortos no chão. Pegou o corpo do filho e o
enterrou. Após isso, subiu em seu cavalo e foi em direção a um estábulo e pegou
uma corda, jogando-a por cima de uma viga do teto, e deu cabo à sua vida,
enforcando-se. Após o suicídio, em espírito, ficava observando seu corpo físico
balançando na corda.
Não conseguia sair da cena do crime
e, mesmo após um longo tempo, continuava vendo seu corpo se decompondo.
Transcorrido muitos e muitos anos, apareceu uma senhora vestindo uma túnica
branca – era sua mentora espiritual – que lhe disse que havia chegado o momento
de sair daquele local e o levou para o plano de luz.
Eu me recordo também de outra
paciente, cujo tio, irmão de seu pai, e que havia se suicidado em seu quarto
dando um tiro em sua cabeça, apareceu em espírito numa de suas sessões de
regressão em meu consultório pedindo ajuda.
Ele não conseguia sair daquele
quarto, pois se sentia culpado, bastante arrependido por ter tirado sua própria
vida. A paciente orou muito por ele, emanando-lhe diariamente a luz dourada de
Cristo, até que em uma das sessões de regressão, seu tio foi levado pelos seres
amparadores de luz para uma Luz Maior.
Quero finalizar esse artigo dando um
recado aos que pensam em suicídio. O suicídio não é a solução. O suicida
materialista pode achar que seja a porta de saída para seus problemas, mas,
para o espiritualista que acredita que a vida continua após a morte do corpo
físico, o suicídio é porta de entrada para mais problemas, dores e aflições.
Autor desconhecido
Fonte: Mensagem Espirita
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