Comenta Richard Simonetti:
"O que buscamos nesses lugares? Uma vida
mais equilibrada e digna? Refletir a respeito de nossas responsabilidades?
Superar vícios e mazelas? Participar nos serviços do Bem? Ou apenas desejamos
que Jesus: Remova nossas dificuldades? Solucione nossos problemas? Restaure
nossa saúde? Conceda-nos a felicidade? Não é isso uma espécie de escambo, uma
troca que não envolve dinheiro? Dou minha presença, submeto-me ao culto com a
intenção de algo receber? Tanto é assim que muita gente deixa de participar
porque não recebeu o benefício que buscava, o favor que esperava. ISSO É
COMERCIALIZAR O SAGRADO. (...) Na atividade religiosa costumamos fazer o mesmo:
Se receber as bênçãos desejadas serei um contribuinte; Se resolver meus
problemas trabalharei pelos pobres; Se alcançar a cura serei uma pessoa melhor.
Há quem faz adiantamentos: Um donativo; Uma visita a família carente; Um
exercício de tolerância. Alguns pregadores exploram essa tendência. Parecem
camelôs a pregoar o seu produto, como se a felicidade fosse uma mercadoria, não
uma realização íntima. Há fiéis que enunciam seus projetos de comércio com a
divindade na forma de promessas solenes a serem cumpridas depois de receberem
os benefícios desejados. Algumas são bastante ingênuas, relacionadas com
inúteis mortificações como: Carregar cruz; Subir escadarias de joelhos;
Privar-se de alimentos; etc." (...) Deus não quer que mortifiquemos o
corpo e sim que abrandemos o coração. Por isso, o sacrifício mais agradável ao
Senhor é renunciar aos interesses pessoais para fazer algo em favor do próximo.
Os que insistem em comercializar os dons sagrados, em fazer propostas e
promessas, acabam decepcionados, porque entre o que pretendemos e o que
recebemos, há um princípio subordinado à justiça perfeita: O merecimento."
Comenta J. Raul Teixeira:
"Porque o grande ensinamento de Jesus foi o AMOR. Se amamos realmente a
nós mesmos, não permitimos a autoagressão através dos vícios morais ou físicos.
Se nos amamos, buscamos a educação moral e intelectual; Se amamos nosso
semelhante, nunca nos permitiremos a desonestidade, a raiva, a inveja, a
agressão e, muito menos, a indiferença. Se amamos Jesus, buscamos a luz dentro
de nós mesmos, compreendendo que viver é aprender a servir para o bem. Não é
difícil entender que para se viver com o Guia da Terra em experiência integradora,
devemos desenvolver em nosso caráter o que existe de mais sóbrio, de mais
lúcido e grandioso, engajando-nos na verdadeira educação."
Mas, infelizmente, muitos ainda
buscam o mesmo que o povo daquela época buscava. Vemos hoje muitos chegando à
religião, submetendo-se aos rituais, cultos, dogmas, “buscando graças
variadas”, etc., mas não se transformam, não buscam saber o que Jesus espera
delas.
Comenta Cairbar Schutel:
"Converter-se não é só a palavra e o conhecimento, converter-se é
transformar a palavra e o conhecimento em ação. Porque há muitas pessoas que,
na aparência, mostram seguir Jesus, mas, de fato, não o seguem; ao passo que,
muitos que parecem não seguir, estão a caminho com Ele.
Comenta Richard Simonetti: "Por
isso, em defesa de nossa paz, não devemos buscar o culto religioso como um
canal aberto para obter favores do Céu. Melhor situá-lo como uma convocação
para fazer o que o Céu espera de nós."
Mas afinal, qual é a nossa resposta
para essa pergunta: “O QUE BUSCAMOS DENTRO DO TEMPLO RELIGIOSO?”
Fonte: Grupo de Estudos Allan Kardec
Compilação de Rudymara
Nenhum comentário:
Postar um comentário