Na vida acontecem encontros,
desencontros e reencontros motivados pela busca do grande amor. Para algumas
pessoas o amor é profissão, para outras é maternidade e para outras, ainda, é o
celibato. Porém, para uma grande parcela o amor representa o encontro com
aquele ou aquela que será a própria razão de viver.
Mas como explicar esses encontros que
resultam numa explosão de sentimentos que nos fazem acreditar que aquela pessoa
é a pessoa certa? Será que é simplesmente química orgânica ou algo a mais que
“a nossa vã filosofia não consegue compreender”?
Porém, para nós espíritas que
acreditamos na reencarnação, entendemos que esse “estado de alma” tem origem na
lei das afinidades. Isto é, os espíritos, quando encarnados ou não, estabelecem
intensos laços afetivos de amor e amizade que exercem forte atração quando se
encontram novamente encarnados. Todavia, existem aqueles espíritos que
necessitam experimentar a solidão para refletir sobre os excessos cometidos em
vidas pregressas ou passar por provações que necessitam vencer.
Seja como for, o amor é uma conquista
pessoal que exige atitude, intenção e continuidade. Não é possível amar alguém
sem antes amar a si mesmo (para amar é preciso se amar em primeiro lugar). Em
outras palavras, a maioria dos sofrimentos nasce do fato de não termos a
certeza que nos amamos ou se desejamos ser amados; se amamos tal pessoa de fato
ou se queremos possuí-la como um objeto; ou ainda, se o que sentimos é amor ou
se é um paliativo para as nossas carências.
Quando nos apaixonamos por alguém que
já está compromissado com outra pessoa ou quando nutrimos um desejo secreto por
outrem também comprometido, devemos nos afastar imediatamente, evitando, assim,
nos tornarmos um instrumento de tentação e queda no caminho daquela pessoa. Da
mesma forma, se não conseguimos conter nossos impulsos na presença de quem
desconhece tal intenção, melhor será tomar a iniciativa de evitar o encontro
com aquela pessoa.
Insistir em um relacionamento afetivo
sem que sejamos correspondidos é o mesmo que confessar que carecemos de amor
próprio e que estamos adoecidos pela mágoa e pelo egoísmo, pois, a afeição e o
amor saudável são sempre recíprocos e generosos.
Se vivemos com alguém que não nos ama
com a mesma intensidade é porque ainda não encontramos quem, verdadeiramente,
nos fará feliz.
Viver trocando de supostos afetos,
como se faz com alguma peça de roupa, desprezando os sentimentos alheios
envolvidos nesta constante troca, reserva ao praticante desconsolo no futuro;
ninguém lesa o outro sem lesar a si mesmo.
Quem ama de forma consciente e
responsável, sem desejar a posse do outro, ainda que se desencontre do ser
amado, haverá de se reencontrar aqui ou acolá, pois o amor é um imã que faz
almas afins se atraírem de forma irresistível.
O amor entre dois parceiros significa
a conquista da felicidade terrena e a consequência disso é a atração de boas
vibrações, o que os torna capazes de enfrentarem as expiações e provas a que
estarão sujeitos.
A compreensão desses fatos devolveria
de imediato parte da saúde física e mental à maioria das pessoas que, adoecidas,
insistem em esperar por alguém idealizado que imaginam existir ou amar e a quem
atribuem a tão almejada felicidade. E por conta da espera interminável, esses
melancólicos pseudo apaixonados fantasiam amores platônicos que atraem para si
espíritos com a mesma vibração. Desta forma, tornam-se hospedeiros para esses
espíritos que também se satisfazem com fantasias depressivas, fruto dos
devaneios de quem permanece inerte diante da vida.
Cuidemos, portanto, dos nossos
relacionamentos.
Fraternidade Luz e Fé
Fonte: Espíritbook
www.espiritbook.com.br/
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