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domingo, 3 de dezembro de 2017

“DÍVIDAS E RESGATES. Deus nos obriga a pagar as dívidas de nossos antepassados?

É importante dizer, inicialmente, que Deus a nada nos obriga.
Somos cobrados, mas pela nossa consciência.
Deus é a Lei e se não nos enquadramos nela teremos problemas e desajustes de toda ordem; físicos ou espirituais.
E não se trata de pagamento, mas de reajuste, de reaprendizado.
Sanado o desajuste, colocamo-nos novamente em harmonia com a Lei.
Com referência à pergunta acima, feita a devida retificação quanto ao cobrador, a resposta pode ser "sim", mas apenas no caso de sermos nós mesmos a reencarnação desse antepassado.
Seria, portanto, a correção das nossas próprias falhas porque o espírito é o mesmo. Ninguém deve saldar débitos que não tenha contraído; agora ou em qualquer tempo da sua eternidade.
Não seria justo. Recordemos a passagem do Evangelho: Ao passar, Jesus viu um cego de nascença. Seus discípulos lhe perguntaram:
- "Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?".
Disse Jesus: "Nem ele, nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele" (João 9.1-3).
A Lei de Deus, segundo a questão 621 de O Livro dos Espíritos, está inscrita na consciência dos homens.
Logo quem pecou foi o Espírito, numa encarnação passada. Ele pode ter sido seu próprio antepassado (pai, avô, bisavó etc.) reencarnado.
Ou não. Uma coisa, porém é certa: estava corrigindo suas próprias faltas numa renovada aprendizagem.
Esse conhecimento que só o Espiritismo nos oferece, graças à análise da lei da reencarnação, faz com que todos entendamos que não devemos nos revoltar contra aquilo que nos flagela, contra defeitos físicos que portamos, contra alienações mentais, porque todos se originaram de atos anteriores praticados por nós mesmos.
Não há castigo nem injustiça. É como o aluno que repete o ano e precisa ouvir novamente as mesmas lições para tentar executá-las mais corretamente. Não adianta culpar os professores.
É confortador saber que não há injustiças, porque ninguém paga dívidas alheias.
Cada um responde por seus próprios débitos, contraídos nesta ou em vidas anteriores; e como ensinou Jesus, até o último ceitil.
Conforme explicou Bezerra a Chico Xavier, no livro "Visão Nova", o Mestre reportava-se a resgates dolorosos, a difíceis prestações de contas e as consequências desastrosas de atos irrefletidos, quando assim falou.
Entretanto, essas mesmas palavras se aplicam também ao recebimento de verdadeiras recompensas pelos atos bons, à prestação de contas com juros, até no campo do bem e com vistas a prêmios concedidos a trabalhadores dignos.
É isso que faz com que os nossos corações exultem de alegria e felicidade ao meditar que agora somos um pouco mais esclarecidos na faceta do amor que tempera a justiça.
O Deus que castiga desapareceu com a chegada da Doutrina Espírita e atribui a cada um a responsabilidade dos seus próprios atos.
"A cada um segundo suas obras", disse Jesus. A cada ação corresponde uma reação, diz o Espiritismo.
Semeia-se à vontade, mas colhe-se o que é produzido pela semente que plantamos. Simples de entender e justo para aceitar.
Fonte: A Casa do Espiritismo. Por: Octávio Caúmo Serrano

O autor é articulista e palestrante na Paraíba e participa do Centro Kardecista "Os Essênios". Autor dos livros "Pontos de Vista" e "Modo de Ver" - Ed. O Clarim. - RIE, fev, 2014
www.acasadoespiritismo.com.br/

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