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terça-feira, 4 de julho de 2017

"FASES DA REENCARNAÇÃO-TODA REENCARNAÇÃO É DIVIDIDA EM VÁRIAS FASES"

P. — Cabe ao Espírito a escolha do corpo em que encarne, ou somente a do gênero de vida que lhe sirva de prova?
R. — Pode também escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este apresente serão, para o Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos que lhe oponha.
Item 335      
Reencarnação nem sempre é sucesso expiatório, como nem toda luta no campo físico expressa punição.
EMMANUEL
Assim como não existem duas reencarnações exatamente iguais, também não há dois processos reencarnatórios rigorosamente idênticos — eis um postulado doutrinário que, segundo nos parece, todos os espiritas pacificamente aceitamos.
Diversos fatores contribuem para esta variedade nas providências que antecedem uma reencarnação e para que diverso seja o seu mecanismo.
Estado evolutivo.
Ambiente onde deva realizar a sua experiência. Necessidade ou não de uma boa saúde ou de um corpo orgânico deficiente.
Natureza das provas.
Qualidades morais e culturais.
Missão mais ou menos relevante a realizar.
Em resumo: Motivo da reencarnação: — missão, prova ou expiação.
Eis, ai, algumas das razões que alteram, que diversificam os processos reencarnatórios.
Focalizar, pois, o assunto, nesse aspecto, significa, bem o sabemos, pisar em terreno movediço.
Toda cautela é pouca, para que não enverede o aprendiz espírita no campo do radicalismo, da ortodoxia. Mas, nem por isso o estudante da Doutrina deve cruzar os braços ou permanecer expectante ante a beleza, a magnitude, a sublimidade do tema.
Sem nos esquecermos, pois, de que as reencarnações variam ao infinito, podemos, no entanto, considerar que, em tese, um princípio geral deve ser obedecido nas reencarnações de Espíritos de evolução média e que apresentem, as mesmas necessidades.
Os mesmos defeitos e virtudes, méritos e deméritos, boas qualidades e más tendências.
Para efeito de estudo do assunto, figuremos três fases determinadoras das reencarnações, cada uma delas com uma série de providências idênticas, ou, pelo menos, bem semelhantes.
Eis, na hipótese, algumas providências que seriam tomadas na chamada primeira fase:
a) — Intercessão de benfeitores espirituais em geral, e, em particular, do reencarnante.
b) — Se necessário, preparação psicológica dos pais, no sentido de manter-lhes ou despertar-lhes os valores afetivo-emocionais.
c) — Encontros no Plano Espiritual do candidato à reencarnação com os futuros genitores.
d) — Visita ao lar onde deverá renascer.
A segunda fase constaria do estabelecimento do contato fluídico com os pais, isso antes de qualquer providência concepcional, no que toca à união sexual, a fim de possibilitar:
a) — Perda de energias perispiríticas acumuladas no plano extrafísico.
b) — Assimilação de elementos fluídicos do plano corporal, em substituição às energias mencionadas na alínea supra que, por pertencerem ao plano espiritual, a este devem ser restituídas.
Como se observa, despoja-se o Espírito dos elementos energéticos do plano extra físico, a fim de ir tecendo o novo vestuário com os agentes somáticos.
Teríamos, assim, de agora em diante, a fase final — a terceira fase, a se iniciar com a operação redutiva do perispírito (diminuição do corpo perispirital, para oportuno acondicionamento no seio materno).
Entendamos, no entanto, que o que vai acondicionar-se no útero materno, a modelar o novo corpo em formação, é, propriamente, o perispírito, porque, quanto mais elevado for o Espírito, tem ele a faculdade de, durante o período de gestação, conservar uma liberdade relativa, que lhe permite uma certa autonomia de movimentos, sem prejuízo do andamento normal do processo biológico.
Em sentido inverso, o reencarnante involuído, muito atrasado, ficará mais intimamente justaposto ao seio materno.
Em tese, como se vê, o que se recolhe ao organismo feminino é o perispírito.   
Um Espírito grandemente evoluído pode, até, comunicar-se em sessão mediúnica, durante o período de gestação.
Reencarnar é esconder-se, é ocultar-se no envoltório carnal.
É apagar-se o Espírito, temporariamente, nas sombras do mundo.
E submergir no "mar da matéria", se nos permitem a imagem, segundo a qual o reencarnante seria o mergulhador, que utiliza compacto escafandro.
As fases da reencarnação podem ser comparadas às providências para a descida de um escafandro ao fundo do mar (vide ilustração à pág. 119).
O mergulho, embora necessário, porque objetivando o adestramento e o progresso, com a consequente vitória do homem sobre si mesmo, oferece perigos, mas o uso nobre e adequado do livre-arbítrio, conciliando razão esclarecida e sentimento evangélico, garante o triunfo e a iluminação.
a) — Do preparo e condições do escafandrista: méritos espirituais, grau evolutivo, patrimônio moral e cultural, etc.
b) — Qualidade do escafandro, representada por limitações físicas, defeitos provacionais ou expiatórios, inibições, anomalias; ou, em sentido contrário, saúde excelente, equilíbrio orgânico, etc...
c) — Excelência do pessoal da equipe intercessória: entidades especializadas, Espíritos amigos, protetores que colaboram no processo reencarnatório.
d) — Explorações e preparativos prévios: cursos, treinamentos, aprendizagem, enfim, visando a preparação para a nova experiência.
e) — Circunstâncias especiais: fatores imprevisíveis e fortuitos, que podem ocorrer, apesar do melhor planejamento e das mais enfáticas promessas; aventuras, riscos, configurações sutis de fatores, etc...
Voltemos ao problema da redução do perispírito. Leon Denis ("O Problema do Ser, do Destino e da Dor") e André Luiz ("Missionários da Luz", "Entre a Terra e o Céu" e outros) explicam, com suficiente clareza, como se processa essa redução do perispírito, que se inicia antes do ato concepcional, propriamente dito, por meio de ação magnética, quando o reencarnante é posto em sintonia com os Instrutores que presidem a reencarnação.
Estabelecida a sintonia indispensável, para que se positive o trabalho magnético dos Benfeitores de Mais Alto, é o reencarnante convidado ou induzido a participar do processo palingenésico, da seguinte maneira:
a) — Lembrar-se da organização fetal.
b) — Mentalizar o seu próprio ingresso no seio materno, para o refúgio cíclico.
c) — Desejar ser pequeno.
A contribuição mental do reencarnante fará com que os Instrutores obtenham o começo da operação redutiva, que se consolidará depois do inicio da ligação uterina, através ou mediante a diminuição dos espaços intermoleculares, sob a influência de "fortes correntes magnéticas".
Inicia-se, assim, com as sagradas medidas acima expostas, o processo de co-criação de mais um ente, de mais uma vida.
Uma vida organizada e consciente, em seu duplo aspecto psicofísico, que ressurgirá, ou despontará nove meses depois, na paisagem terrestre, para o sublime mister da redenção pelo trabalho, pelo estudo, pelo amor.
Um dos maiores débitos que temos para com a Doutrina Espírita, entre tantos outros que o nosso coração agradecido registra, é este: o conhecimento de como se opera uma reencarnação, em seus mínimos detalhes, o que, sem dúvida, nos leva a melhor valorizá-la, buscando, consequentemente, aproveitar ao máximo o tempo de vida que nos é concedido, no envoltório carnal, pela Divina Misericórdia.
"Conhecereis a Verdade e ela vos fará livres" — asseverou o Mestre.
Conheçamos a reencarnação — dizemos nós — e a verdade reencarnatória abrir-nos-á as portas que levam ao progresso, à iluminação interna, à felicidade.
O estudo criterioso do Espiritismo — nas fontes doutrinárias de Allan Kardec e nos substanciosos livros de André Luiz e Emmanuel — constitui imperiosa necessidade, eis que, adquirindo exata noção de nossa responsabilidade individual, ser-nos-á possível realizar aquilo que, cm boa linguagem, denominaríamos evolução consciente.
O estudo e a aplicação, simultâneos, dos fundamentos doutrinários do Espiritismo, com a sua consequente incorporação à nossa vida, colocam o ser humano no limiar do Infinito.
Teoria e prática espírita-cristãs desdobram à inteligência e ao coração os mais ricos e mais belos panoramas de crescimento e evolução para Jesus, no rumo de Deus.
O passado espiritual de grande parte da Humanidade é, realmente, deficitário, mas, recordando Emmanuel, o extraordinário benfeitor, "dentro da grade dos sentidos fisiológicos, porém, o espírito recebe gloriosas oportunidades de trabalho no labor de auto superação".
"A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra — acrescenta Emmanuel — é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso Planeta pode oferecer."

EMMANUEL

Um comentário:

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...