Não existe
uma união particular e fatal de duas almas. Existe uma união entre todos os
Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a posição que ocupam, isto é,
segundo a perfeição adquirida. Quanto mais perfeitos, mais unidos. (L.E.,
298)(1)
É inexata a
expressão metades eternas. Se um Espírito fosse metade de outro e dele
separado, seria incompleto. (L.E., 299)(1)
A simpatia
que atrai um Espírito para outro resulta da perfeita concordância de suas
inclinações e de seus instintos. A identidade necessária à simpatia perfeita
consiste na igualdade do grau de elevação. (L.E., 299)(1)
Os Espíritos
que hoje não são simpáticos poderão sê-lo mais tarde. Todos o serão. O Espírito
que hoje se acha em esfera inferior alcançará, pelo aperfeiçoamento, a esfera
onde reside um outro. (L.E., 299)(1)
Dois
Espíritos simpáticos poderão deixar de o ser, se um deles for preguiçoso. A
teoria das metades eternas é uma imagem que pinta a união de dois Espíritos
simpáticos. (L.E., 299)(1)
Além da
simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles existe, votam-se os
Espíritos recíprocas afeições particulares, do mesmo modo que os homens, sendo,
porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando
carentes do corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às
vicissitudes das paixões. (L.E., 291)(1)
A afeição
espiritual tem por base a afinidade fluídica espiritual, determina a
simpatia.
Dois
Espíritos unidos espiritualmente se buscam e tendem sempre a aproximar-se; seus
fluidos são atrativos. Se estiverem no mesmo globo, serão impelidos um para o
outro; se separados pela morte terrena, seus pensamentos unir-se-ão na
lembrança e a reunião far-se-á na liberdade do sono.
A afeição
espiritual é a única resistente no domínio do Espírito.
Na Terra e
nas esferas do trabalho corporal, concorre para o avanço moral do Espírito
encarnado que, sob a influência simpática, realiza milagres de abnegação e de
devotamento dos seres amados. Nas moradas celestes, ela é a satisfação completa
de todas as aspirações e a maior felicidade que o Espírito possa
desfrutar.
Os Espíritos
se unem segundo suas afeições iniciadas em mundos inferiores e trabalham juntos
por seu progresso espiritual. (R.E., fev/1864, “As afeições terrenas e a
reencarnação”)(2)
Um do outro
dois seres se aproximam devido a circunstâncias aparentemente fortuitas, mas
que na realidade resultam da atração de dois Espíritos, que se buscam
reciprocamente por entre a multidão. (L.E., 386)(1)
O que se
falou acima sobre a expressão metades eternas, aplica-se também à expressão
almas gêmeas.
No curso do
tempo nos harmonizaremos mais e melhor uns com os outros. É a lei da evolução.
E a solidariedade faz parte dela. Os que mais avançaram estimulam os que
ficaram para trás a progredirem, alcançando-os, no curso do tempo, com força de
vontade direcionada para o bem.
Fazemos
parte, todos, de uma grande família espiritual, cumprindo ajudarmo-nos uns aos
outros incessantemente, e vendo nos que mais se adiantaram um estímulo a nos
esforçarmos também.
Quando
encarnados, muitas vezes amamos de maneira equivocada chegando, alguns, a
“matar por amor”.
Metades
eternas e almas gêmeas representam, numa linguagem poética aquele estado de
felicidade que aspiramos, mas que depende do nosso esforço próprio, e não de
imaginarmos que uma outra metade irá nos complementar.
1. KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos.
2. ________.
Revista Espírita.
3. ________.
O Livro dos Espíritos.
4. ________.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Fonte:
Revista Internacional de Espiritismo
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