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terça-feira, 6 de maio de 2014

"QUEM NÃO NASCER DE NOVO NÃO ENTRA NO REINO DE DEUS""

...E os discípulos perguntaram a Jesus dizendo: Pois por que dizem os escribas que importa vir Elias primeiro? Mas Jesus respondendo, disse: Elias certamente há de vir e restabelecerá todas as coisas: digo vos porém, que Elias já veio, e eles não o conheceram, antes fizeram dele quanto quiseram.
Então compreenderam os discípulos que era de João Batista que Jesus lhes falara. Mateus,17:10 a l3 e Marcos: 9:10 a 12.
O pensamento de que João Batista era Elias reencarnado e que os Profetas podiam reviver na terra, encontra-se em muitas passagens dos Evangelhos. Se essa crença fosse um erro, Jesus não teria deixado de combate-la , como combateu tantas outras. Longe disso, Jesus a confirmou com toda a sua autoridade e colocou-a como ensinamento e como uma condição necessária quando disse: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo . E insistiu. Não vos espantei se vos digo que é preciso que nasçais de novo.
Então Nicodemos perguntou a Jesus: Como pode nascer um homem que já está velho? Pode ele entrar no ventre de sua mãe para nascer uma segunda vez??
Jesus respondeu : Em verdade, em verdade vos digo: Se um homem não renascer da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que nasceu da carne é carne. O que nasceu do espírito é espírito. O Espírito sopra onde quer e escutai sua voz, mais não sabeis de onde ele vem, nem para onde vai. Ocorre o mesmo com todo homem que é nascido do espírito.
Estas palavras: “Se um homem não renascer da água e do espírito”, foram interpretadas no sentido da regeneração pela água do batismo. Porém os textos primitivos traziam simplesmente: “Não renascer da água e do espírito“, enquanto em algumas traduções, a expressão do espírito foi substituída por "do espírito santo", o que não corresponde mais ao mesmo pensamento.
Para compreender o verdadeiro sentido dessas palavras, é preciso igualmente entender o significado da palavra água, que foi empregado ali com um sentido diferente do que lhe é próprio.
Os conhecimentos dos antigos sobre as ciências físicas eram muito imperfeitos. Acreditavam que a terra tinha saído das águas, e por isso julgavam a água como um gerador absoluto. E assim que na Gênese, está escrito: O Espírito de Deus era levado sobre as águas; flutuava sobre a superfície das águas. Que o firmamento seja feito nos meio das águas. Que as águas que estão sob o céu se reúnam em um único lugar e que o elemento árido apareça. Que as águas produzam animais vivos que nadem na água, e pássaros que voem sobre a terra e sob o firmamento.
Conforme essa crença, a água tinha se tornado o símbolo da natureza material, como o espírito era o da natureza inteligente. Estas palavras: Se o homem não renascer da água e do espírito, ou em água e em espírito, significam então: “ Se o homem não renascer com seu corpo e sua alma”. É neste sentido que foram entendidas naqueles tempos.
A mesma interpretação; aliás, é confirmada por estas outras palavras de Jesus: O que nasceu da carne é carne e o que nasceu do espírito é espírito, as quais dão a exata diferença entre o espírito e o corpo. Indica claramente que só o corpo procede do corpo e que o espírito é independente dele.
O espírito sopra onde quer; escutai sua voz, mas não sabeis de onde vem nem para onde vais. Pode se entender como a alma do homem ou o espírito de Deus que dá a vida a quem ele quer.” Não sabeis de onde vem nem para onde vai”, significa que não se sabe o que foi nem o que será o espírito. Se o espírito, ou alma fosse criado ao mesmo tempo que o corpo, se saberia de onde veio, uma vez que se conheceria seu começo.
De todos os modos, esta passagem é a confirmação do principio da pré-existência da alma , e por conseguinte a pluralidade das existências.
Fonte: "EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

“TENTAÇÃO DE JESUS”

Jesus, transportado pelo diabo ao pináculo do Templo, depois ao cume de uma montanha e por ele tentado,
constitui uma daquelas parábolas que lhe eram familiares e que a credulidade pública transformou em fatos materiais.
 “Jesus não foi arrebatado. Ele apenas quis fazer que os homens compreendessem que a Humanidade se acha sujeita a falir e que deve estar sempre em guarda contra as más inspirações a que, pela sua natureza fraca, é impelida a ceder.
A tentação de Jesus é, pois, uma figura e fora preciso ser cego para tomá-la ao pé da letra. Como pretenderíeis
que o Messias, o Verbo de Deus encarnado, tenha estado submetido, por algum tempo, embora muito curto fosse este, às sugestões do demônio e que, como o diz o Evangelho de Lucas, o demônio o houvesse deixado por algum tempo, o que daria a supor que o Cristo continuou submetido ao poder daquela entidade? 
Não; compreendei melhor os ensinos que vos foram dados. 
O Espírito do mal nada poderia sobre a essência do bem. Ninguém diz ter visto Jesus no cume da montanha, nem no pináculo do Templo. Certamente, tal fato teria sido de natureza a se espalhar por
todos os povos. A tentação, portanto, não constituiu um ato material e físico. Quanto ao ato moral, admitiríeis que o Espírito das trevas pudesse dizer àquele que conhecia sua própria origem e o seu poder: “Adora-me, que te darei todos os reinos da Terra?” 
Desconheceria então o demônio aquele a quem fazia tais oferecimentos? Não é provável. Ora, se o
conhecia, suas propostas eram uma insensatez, pois ele não ignorava que seria repelido por aquele que viera
destruir-lhe o império sobre os homens.
“Compreendei, portanto, o sentido dessa parábola, que outra coisa aí não tendes, do mesmo modo que nos casos do Filho Pródigo e do Bom Samaritano
Aquela mostra os perigos que correm os homens, se não resistem à voz íntima que lhes clama sem cessar: ‘Podes ser mais do que és; podes possuir mais do que possuis; podes engrandecer-te, adquirir muito; cede à voz da ambição e todos os teus desejos serão satisfeitos.’
Ela vos mostra o perigo e o meio de o evitardes, dizendo às más inspirações: Retira-te, Satanás ou, por outras palavras: Vai-te, tentação!
 “As duas outras parábolas que lembrei mostram o que ainda pode esperar aquele que, por muito fraco para expulsar o demônio, lhe sucumbiu às tentações.
Mostram a misericórdia do pai de família, pousando a mão sobre a fronte do filho arrependido e concedendo-lhe, com amor, o perdão implorado por seus irmãos, valendo mais, aos olhos do Juiz Mostram o culpado, o cismático, o homem repelido
Supremo, do que os que o desprezam, por praticar ele as virtudes que a lei de amor ensina.
“Pesai bem os ensinamentos que os Evangelhos contêm; sabei distinguir o que ali está em sentido próprio, ou em sentido figurado, e os erros que vos hão cegado durante tanto tempo se apagarão pouco a pouco, cedendo lugar à brilhante luz da Verdade.” — João Evangelista, Bordéus, 1862.


Fonte “A  GÊNESE” ALLAN KARDEC.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...