Estando de volta ao Mundo da
Verdade, o Espírito não tem como se livrar de suas colheita dos frutos podres
da sua semeadura negativa.
Além disso, estarão
ao seu encalço muitas entidades que foram suas vítimas e que, no seu
atraso espiritual ainda não foram capazes de aprenderem a perdoar, e deixar a
Justiça entregue aos gabinetes Divino.
Milhões de criaturas que estiveram na aparente
condição de vítimas se levantam todos os dias clamando por vingança contra seus
algozes e desejando retribuir o sofrimento
com mais sofrimento. Então, como também estas criaturas são o fruto
doloroso do algoz, correspondem ao patrimônio acumulado de seus erros e atos de
agressão, o que as coloca no mesmo padrão vibratório e, em conseqüência , o
agente do mal tem de receber, também, o espólio do seu investimento,
multiplicado pelos juros da revolta e do ódio acumulado por muito tempo no
coração dos que feriu.
A perseguição das vítimas é outro
item desse cenário de dificuldades que é enfrentado pelo espírito que chega no
porto da verdade sem carregar maiores recursos que não a bagagem de lágrimas e
decepções, sangue e tristezas que espalhou na Terra em troca de alguns momentos
de gozo e prazer, poder e luxo,
ostentação e grandeza.
No lado espiritual da vida, a
presença de entidades inteligentes mas cruéis, possibilita que os espíritos sem
méritos e que se tenham permitido vibrar nas mesmas condições inferiores, sejam
igualmente fustigados, perseguidos e escravizados por seus antigos sócios de
delitos, pelos quais se haviam acumpliciados com eles enquanto estavam servindo
aos interesses mesquinhos ainda no corpo físico.
Dessa maneira, também as
entidades umbralinas que foram os antigos comparsas e, porventura, estejam a
mais tempo na vasta região das sombras que circunda a crosta terrestre, se
associam nas dores de seu associado de desatinos para manter-se no domínio de
sua personalidade vulnerável e fraca,
prolongando o poder que exerciam sobre ele.
Como se vê, amigo leitor, O Mundo
da Verdade revelará aos incautos seguidores da grande maioria dos que dormem e
que estão acomodados, o cortejo de lágrimas e sofrimentos que os esperam, sem
que consigam alegar qualquer das tolices e das honrarias humanas como fator de
atenuação.
Só o sentimento de nobreza, o Bem
que se pratica sem desejo de realce, o Amor que se espalha por sinceridade e
devotamento, a renúncia e o sacrifício dos próprios interesses, os atos que
levaram esperança aos aflitos, a fome, o frio, o cansaço que se enfrentaram para
que os outros comessem, se alimentassem ou descansassem, corresponderão aos
fatores atenuantes de nossos erros a se levantarem como os nossos defensores no
tribunal da Verdade incorruptível do mundo espiritual.
Não se trata de nenhum privilégio de Deus a garantir a recepção luminosa
para alguns e esquecer outros nas profundezas da dor. Cada qual se elevou no
caminho que quis ou se projetou no abismo que escolheu.
ANDRE LUIZ RUIZ. Pelo Espírito
“Lúcius”.
Da obra: “A FORÇA DA BONDADE”