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terça-feira, 19 de março de 2013

"O CÉREBRO E O TEMPO"


Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio… você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto, há outra coisa que você tem que considerar.
Nosso cérebro é extremamente otimizado. Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e ‘apagando’ as experiências duplicadas. Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); O cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir – as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações… enfim… as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera é a… ROTINA.
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: o M & M (Mude e Marque).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos RITUAIS para tornar momentos especiais diferentes dos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo. Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor.
Faça diferente.
Beije diferente a sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes. Busque experiências diferentes. Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos….. em outras palavras…… V-I-V-A!
Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-i-d-o do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
Cerque-se de amigos. Amigos com gostos diferentes, vindos de lugares diferentes, com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo, com qualidade, emoção, rituais e vida.
Escreva em tamanhos diferentes e em cores diferentes. Crie, recorte, pinte, rasgue, molhe, dobre, picote, invente, reinvente…

Por Airton Luiz Mendonça

segunda-feira, 18 de março de 2013

"NOSSAS ESCOLHAS"


Toda a nossa realidade se baseia nas coisas que somos capazes de ver e que nos permitem avaliar a verdade.  No entanto, nem sempre a verdade Pode ser vista com os olhos físicos e, por isso, muitas vezes somos iludidos pelas aparências da verdade ou por falsas interpretações que nos levam a atitudes descabidas e incompatíveis  com nosso nível de civilidade.
Quando observamos  o comportamentos das pessoas em geral, podemos perceber que elas são,muitas vezes, sujeitas a oscilações no comportamento e nas reações. Há pessoas  que, sendo normalmente alegres por natureza, em determinado momento se vêem  tomadas de uma melancolia sem explicação. Outras se deixam levar por ondas de ira, de ódio incontido, para mais adiante arrependerem-se de tudo o que fizeram. Muitas são tomadas por condutas incompatíveis com o conceito que se tem delas a ponto de se permitirem enveredar-se por vícios que os levam ao desajuste emocional mais profundo. 
Se é realidade que há motivos exteriores que possam levar alguém a tal estado de desequilíbrios por ausências  de auto controle ou de  freios que o impeçam , não é menos verdadeiro  que todos tem a  sua disposição canais de ligação com forças superiores que lhes permitem acessar esses recursos na própria defesa.
Grande parte dessas pessoas estão sofrendo de problemas visíveis mas que tem uma causa invisível que, por isso, não é levada em conta no momento de sua solução.
Acreditam que as depressões por que estão passando tem como causa alguma frustração íntima    originada no comportamento de algum ente querido, ou decorrente de alguma perda material ou pessoal. Imaginam que as condutas incompatíveis  e inexplicáveis foram    causadas  por algum agente mórbido, alguma doença invasora de sua alma e que qualquer remédio possa combater.
Desprezam todo e qualquer conselho que se lhes ofereça no sentido de melhorar seus comportamentos internos e seus pensamentos. Acreditam  na antiga tolice que Deus gosta apenas dos bons e pune os maus. Não percebem que carregam ainda dentro de si, uma quantidade de maldade suficientemente grande para autorizar que  todas as piores punições,  em forma de desgraças, lhes visite o horizonte pessoal.
Pensam-se com direito a proteção absoluta porque comparecem aos templos e fazem suas orações. Porque se prostram diariamente diante de imagens, porque vão ao culto assiduamente, em atitudes exteriores que estão longe de significar sua adesão íntima e sincera.
Pensam que são boas pessoas  porque fazem coisas, que a vista dos outros, podem ser consideradas como atos generosos. E quando as coisas começam a dar errado em suas vidas, julgam se injustiçados por essa força suprema que eles procuram e dizem então consigo mesmo; Sempre fui uma pessoa boa. Como pode acontecer isso comigo. ?
Na realidade, sofrem porque vêem apenas a realidade pelo lado da matéria, desconhecendo, em absoluto,  a verdade integral a qual se precisa chegar pela interiorização e pelo pensamento elevado e sincero.
Enquanto o homem viver olhando Deus pelos olhos dos interesses pessoais, não o compreenderá nem compreenderá o que ele quer de cada um de nós.
E este comportamento não muda quando o corpo morre.  Longe de destruir a alma, a morte limita-se a devolver o ser inteligente a sua realidade imortal, onde poderá encontrar  todas as explicações que não quis procurar por preguiça ou desinteresse enquanto estava na terra.
Desse modo; transformado em ser invisível, a alma dos mortos antes de ser levada ao julgamento conforme nossas crenças ancestrais, procura valer-se de sua invisibilidade para aproximar-se daqueles que estando do nosso lado da vida, estão vulneráveis por só acreditarem nas coisas que enxergam, desprezando o auto conhecimento, a análise de suas sensações, de suas crenças, o teor de suas idéias espontâneas,  de suas tendências naturais e seus efeitos mais fortes.
Desse modo, o homem de carne e osso, que pensa ser apenas carne e osso, não se protege das investidas do invisível aqui representada  pela presença de espíritos que lhe acompanha o pensamento e o comportamento como se fosse os agentes secretos, com acesso as mais intimas cogitações pessoais.
Esses seres invisíveis, valendo-se das aberturas no pensamento, no sentido abatido, nas intenções negativas que a maioria guarda no seu intimo , atuam no sentido de piorar as condições originais. Estimulam as pessoas a fazer aquilo cuja tendência já lhe é uma inclinação, para retirar dela  todas as possibilidades e causar nas suas vítimas toda a sorte de dissabores.
 Fazem isso muitas vezes por ódio daquele que ficou na terra, por desejo de atrapalhar-lhe o caminho   , por inveja  de sua felicidade, ou pelo simples desejo de fazer o mal.
O único meio de nos livrarmos destas tentações é o pensamento elevado, a boa conduta, o sentimento nobre voltado para a prática do bem a modéstia, a oração sincera de dentro do próprio coração.
Também não podemos esquecer que existem seres invisíveis que gostam de nós, que procuram nos ajudar também. Valendo-se de nossos bons pensamentos, nossas boas ações e nossa sincera devoção ,que não dependem dos bens que oferecemos no altar, nem de quantas missas assistimos, esses seres invisíveis que nos amam   se acercam de nós para nos dar bons conselhos  e nos sugerir pensamentos de esperança, de amizade, de afeto, de amor ao próximo. 
Muitas vezes em nossas perturbações eles se aproximam e procuram nos acalmar, encaminhando-nos para um roteiro menos desafortunado e que nos possibilite uma solução adequada para os nossos  conflitos íntimos.
Assim a bondade de Deus mantém a  disposição das pessoas que estão na carne esta possibilidade de que tipo de companhia querem se servir para seguirem na jornada da vida para que recebam conforme suas próprias escolhas. Não é Deus , mas nós mesmos que fazemos nossas  escolhas boas para o futuro ou que seguimos fazendo as bobagens por causa dos nossos caprichos.

ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito LUCIUS.
Da obra: “OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA”.


    

domingo, 17 de março de 2013

"A RAZÃO NA FÉ ESPIRITA"


A luz da razão iluminou e fortaleceu a fé combalida pelo dogmatismo com sua tacanhice de outrora, a fé caduca molestada pela ciência, com seu materialismo reducionista, foi reerguida pela ciência espírita. Ante o espiritualismo velho com suas frioleiras surge a Doutrina Espírita com sua lógica irretorquível; a razão espírita transforma-se em fé raciocinada.
Com o método positivo Kardec mostra a força da razão e nas Obras da Codificação, através de “O Livro dos Espíritos” na pág. 47, prenuncia a exobiologia:
“A razão nos diz que entre o homem e Deus outros elos necessariamente haverá, como disse os astrônomos que, entre os mundos conhecidos, outros haveria, desconhecidos. Que filosofia já preencheu essa lacuna?”
Os Espíritos que viviam sobre a névoa do sobre naturalismo, devido a fé cega, são também iluminados pela razão no virar da página:
“A razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos hão provado que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais.”
Ao ateísmo que grassava na época, Kardec secundado pelos Espíritos superiores, propõe na questão 4:
“Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?”
A resposta chega de forma simples e objetiva, com a profundidade característica dos Espíritos superiores:
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”
No séc. XVII, Blaise Pascal (1623-1662), matemático, físico , filósofo e escritor francês, dizia: “Duvidar de Deus é crer em sua existência.”
Ao panteísmo com sua dialética anfibológica o Espiritismo propõe mais uma vez a razão como fé:
“Pretendem os que professam esta doutrina achar nela a demonstração de alguns dos atributos de Deus: Sendo infinitos os mundos, Deus é, por isso mesmo, infinito; não havendo o vazio, ou o nada em parte alguma, Deus está por toda parte; estando Deus em toda parte, pois que tudo é parte integrante de Deus, ele dá a todos os fenômenos da Natureza uma razão de ser inteligente. Que se pode opor a este raciocínio?
- A razão. Refleti maduramente e não vos será difícil reconhecer-lhe o absurdo.”
Ora, não é com filosofismos ou com sofismas que chegaremos a verdade. Chega de filosofices!
Kardec comentando a questão 37, esclarece:
“Diz-nos a razão não ser possível que o Universo se tenha feito a si mesmo e que, não podendo também ser obra do acaso, há de ser obra de Deus.”
A conclusão semelhante chegou o genial físico alemão Albert Einstein (1879-1955), quando responde a seus opositores, partidários do acaso: “Deus não joga dados!” Diante da dialética maquiavélica insistente replica: “Deus pode ser perspicaz, mas não é malicioso.”
Allan Kardec e Albert Einstein unidos pela razão na fé descobrem Deus.
A fé espírita por não ser cega, caminha com segurança de mãos dadas com o progresso. Kardec deixa claro isso, quando na pág. 196 de “O Livro dos Médiuns”, conclui:
“Se a nossa fé se fortalece de dia para dia, é porque compreendemos.”
Kardec comentando a questão 717, com o bom-senso característico de sempre proclama:
“Tudo é relativo, cabendo à razão regrar as coisas.”
Essa frase cairia como uma luva na pena de Albert Einstein!
O experimentalismo espírita ou mediunismo, sem dúvida, é um dos elementos importantes para os investigadores na busca por informações do mundo espírita, mas, isso não é tudo. Espiritismo não é mediunismo, é uma doutrina filosófica com base científica e conseqüências religiosas profundas, daí o Codificador espírita advertir, na pág. 484:
“Falsíssima idéia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais e que, portanto, obstando-se a tais manifestações, se lhe terá minado a base. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso.”
Na conclusão de “O Livro dos Espíritos, Kardec sintetiza o assunto em questão em uma curta frase, na pág. 493:
“O argumento supremo deve ser a razão.”
Ao iniciar “O Evangelho segundo o Espiritismo” no primeiro capítulo, no subtítulo “Aliança as Ciência e da religião”, Kardec faz a grande revolução do século XIX, fundindo a razão e a fé, na 58:
“A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo.”
No passado a fé e a razão foram espadas afiadas nas mãos de teológos (padres) e sábios (filósofos e cientistas). A fé cega motivada pelos teólogos e padres alimentou a credulidade, e a razão cética motivada pelos pelos filósofos e cientistas, alimentou a incredulidade.
Na pág. 302 do livro em questão Kardec mostra as distâncias entre ver e compreender:
“A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender.”
A fé que tem base no ver é a fé de São Tomé, é “ver para crer” e bem sabemos que essa fé não é suficiente para converter, os ícones do materialismo extremado. Só a fé do saber dá as bases seguras para compreensão e aceitação.
Por isso Kardec no virar da página adverte:
“Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”
No livro “A Gênese” Kardec reforça as bases científicas doutrinárias, página 88:
“A fé ortodoxa se sobressaltou, porque julgou que lhe tiravam a pedra fundamental. Mas, com quem havia de estar a razão: com a Ciência, que caminhava prudente e progressivamente pelos terrenos sólidos dos algarismos e da observação, sem nada afirmar antes de ter em mãos as provas, ou com uma narrativa escrita quando faltavam absolutamente os meios de observação? No fim de contas, quem há de levar a melhor: aquele que diz 2 e 2 fazem 5 e se nega a verificar, ou aquele que diz que 2 e 2 fazem 4 e o prova?”
E para fechar com chave de ouro essa questão, no livro “Obras Póstumas” na página 220, Kardec que foi um ilustre pensador do séc. XIX, declara convicto:
“Proscrevendo a fé cega (o Espiritismo), quer ser compreendido. Para ele, absolutamente não há mistérios, mas uma fé racional, que se baseia em fatos e que deseja a luz. Não repudia nenhuma descoberta da Ciência, dado que a Ciência é a coletânea das leis da Natureza e que, sendo de Deus essas leis, repudiar a Ciência fora repudiar a obra de Deus.”

Bernardino da Silva Moreira



sábado, 16 de março de 2013

"HOJE É TEMPO DE SER FELIZ!"


A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.
Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes.
Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós,será plantação que poderá ser vista de longe...
Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!"
Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura.
Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos!
Infelicidade, talvez seja o contrário.
O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, Sementes de hoje, frutos de amanhã!
Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas.
Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores...
Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa.
Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam... feridas que não cicatrizam.
Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem...
Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena...
Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade...
Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo.
Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo.
Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz.
Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida.
Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito...
A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem..."
Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões.
Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma.
Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu pra duvidar... (?)
Padre Fábio de Melo

sexta-feira, 15 de março de 2013

"SEM ETIQUETAS E SEM PREÇO"


A nota é internacional e diz, mais ou menos assim: Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer.
Eis que o sujeito desce na estação do metrô de Nova York, vestindo jeans, camiseta e boné.
Encosta-se próximo à entrada. Tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.
Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.
Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas, num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes, Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custaram a bagatela de mil dólares.
A experiência no metrô, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.
A iniciativa, realizada pelo jornal The Washington Post, era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.
A conclusão é de que estamos acostumados a dar valor às coisas, quando estão num contexto.
Bell, no metrô, era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.
Esse é mais um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas, que são únicas, singulares e a que não damos importância, porque não vêm com a etiqueta de preço.
Afinal, o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes?
É o que o mercado diz que podemos ter, sentir, vestir ou ser?
Será que os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detêm o poder financeiro?
Será que estamos valorizando somente aquilo que está com etiqueta de preço?
Uma empresa de cartões de crédito vem investindo, há algum tempo, em propaganda onde, depois de mostrar vários itens, com seus respectivos preços, apresenta uma cena de afeto, de alegria e informa: Não tem preço.
E é isso que precisamos aprender a valorizar. Aquilo que não tem preço, porque não se compra.
Não se compra a amizade, o amor, a afeição. Não se compra carinho, dedicação, abraços e beijos.
Não se compra raio de sol, nem gotas de chuva.    
A canção do vento que passa sibilando pelo tronco oco de uma árvore é grátis.
A criança que corre, espontânea, ao nosso encontro e se pendura em nosso pescoço, não tem preço.
O colar que ela faz, contornando-nos o pescoço com os braços não está à venda em nenhuma joalheria. E o calor que transmite dura o quanto durar a nossa lembrança.
O ar que respiramos, a brisa que embaraça nossos cabelos, o verde das árvores e o colorido das flores é nos dado por Deus, gratuitamente.
Pensemos nisso e aproveitemos mais tudo que está ao nosso alcance, sem preço, sem patente registrada, sem etiqueta de grife.
Usufruamos dos momentos de ternura que os amores nos ofertam, intensamente, entendendo que sempre a manifestação do afeto é única, extraordinária, especial.
Fiquemos mais atentos ao que nos cerca, sejamos gratos pelo que nos é ofertado e sejamos felizes, desde hoje, enquanto o dia nos sorri e o sol despeja luz em nosso coração apaixonado pela vida.

Redação do Momento Espírita

quinta-feira, 14 de março de 2013

"SUGESTÕES DE PAZ"


Aceita, na Terra, a existência que a Divina Sabedoria te confiou, mantendo-te na atitude do cultivador que se consagra sinceramente ao trato de solo que lhe cabe lavrar.
Quando e quanto se te faça possível, auxilia aos companheiros de experiência, sem absorver-lhes as responsabilidades.
 Se alguns daqueles que te compartilham a paisagem se mostrarem desinteressados, quanto as obrigações que lhes competem ou se desorganizarem as tarefas que lhes dizem respeito, ajuda-os no reajuste desejável, sem tisnar-lhes o livre arbítrio, mas não te lamentes se não conseguires fazer isso, de vez que todos responderemos pelos nossos próprios encargos.
Ama aos familiares e aos entes queridos sem vinculá-los a qualquer exigência e sejamos agradecidos aos que nos estendam compreensão e bondade.
Não aspires a retificar apressadamente os outros, quando os consideres errados, segundo os teus pontos de vista, porque também nós, quando em erro, nem sempre admitimos corrigendas imediatas.
Quando ofensas te espancarem o coração, esquece todo mal, recordando quantas vezes teremos ferido impensadamente aos outros e não conserves mágoas que te envenenariam a vida.
Não imponhas o teu ideal de felicidade àqueles que estimas, de vez que a felicidade das criaturas varia sempre conforme o degrau evolutivo em que se encontrem.
 Diante de opiniões alheias, respeita no próximo o direito de emití-las conquanto nem sempre te sintas no dever de adotá-las, reconhecendo que os pensamentos de nossos vizinhos podem ser diferentes dos nossos.
Em matéria de fé, procura acatar o modo pelo qual esse ou aquele irmão se coloca à busca de Deus, porque, se para cada cidade terrestre dispomos de trilhas numerosas, imagina quantas vias de acesso existirão para o acesso aos Lugares Divinos.
Administra com equilíbrio e abnegação os bens materiais e espirituais que a Eterna Bondade te situou nas mãos, entretanto, não olvides que a tua permanência na terra guarda por objetivo essencial, acima de tudo, ensinar-te a ser um Espírito Sublimado para a Verdadeira Vida, além_da_morte, e que, um dia, partirás do mundo, carregando contigo unicamente os valores que houveres entesourado dentro de ti.
Quanto puderes, como puderes e onde puderes, guardando a consciência tranqüila, trabalha servindo sempre.
Assim agindo, ainda que não percebas, desde agora, estarás, imperturbavelmente, nos domínios da paz.
(do livro "Busca e Acharás” Chico Xavier- Pelo Espírito - Emmanuel

quarta-feira, 13 de março de 2013

"O MUNDO DA VERDADE"


Estando de volta ao Mundo da Verdade, o Espírito não tem como se livrar de suas colheita dos frutos podres da sua semeadura negativa.
Além disso,  estarão  ao seu encalço muitas entidades que foram suas vítimas e que, no seu atraso espiritual ainda não foram capazes de aprenderem a perdoar, e deixar a Justiça entregue aos gabinetes Divino.
 Milhões de criaturas que estiveram na aparente condição de vítimas se levantam todos os dias clamando por vingança contra seus algozes e desejando retribuir o sofrimento  com mais sofrimento. Então, como também estas criaturas são o fruto doloroso do algoz, correspondem ao patrimônio acumulado de seus erros e atos de agressão, o que as coloca no mesmo padrão vibratório e, em conseqüência , o agente do mal tem de receber, também, o espólio do seu investimento, multiplicado pelos juros da revolta e do ódio acumulado por muito tempo no coração dos que feriu.
A perseguição das vítimas é outro item desse cenário de dificuldades que é enfrentado pelo espírito que chega no porto da verdade sem carregar maiores recursos que não a bagagem de lágrimas e decepções, sangue e tristezas que espalhou na Terra em troca de alguns momentos de  gozo e prazer, poder e luxo, ostentação e grandeza.
No lado espiritual da vida, a presença de entidades inteligentes mas cruéis, possibilita que os espíritos sem méritos e que se tenham permitido vibrar nas mesmas condições inferiores, sejam igualmente fustigados, perseguidos e escravizados por seus antigos sócios de delitos, pelos quais se haviam acumpliciados com eles enquanto estavam servindo aos interesses mesquinhos ainda no corpo físico.
Dessa maneira, também as entidades umbralinas que foram os antigos comparsas e, porventura, estejam a mais tempo na vasta região das sombras que circunda a crosta terrestre, se associam nas dores de seu associado de desatinos para manter-se no domínio de sua personalidade vulnerável  e fraca, prolongando o poder que exerciam sobre ele.
Como se vê, amigo leitor, O Mundo da Verdade revelará aos incautos seguidores da grande maioria dos que dormem e que estão acomodados, o cortejo de lágrimas e sofrimentos que os esperam, sem que consigam alegar qualquer das tolices e das honrarias humanas como fator de atenuação.
Só o sentimento de nobreza, o Bem que se pratica sem desejo de realce, o Amor que se espalha por sinceridade e devotamento, a renúncia e o sacrifício dos próprios interesses, os atos que levaram esperança aos aflitos, a fome, o frio, o cansaço que se enfrentaram para que os outros comessem, se alimentassem ou descansassem, corresponderão aos fatores atenuantes de nossos erros a se levantarem como os nossos defensores no tribunal da Verdade incorruptível do mundo espiritual.
Não se trata de nenhum  privilégio de Deus a garantir a recepção luminosa para alguns e esquecer outros nas profundezas da dor. Cada qual se elevou no caminho que quis ou se projetou no abismo que escolheu.
ANDRE LUIZ RUIZ. Pelo Espírito “Lúcius”.
Da obra: “A FORÇA DA BONDADE”   

terça-feira, 12 de março de 2013

"ONDE ESTÁ A FELICIDADE"?



 Não está no dinheiro, porquanto, a cada passo, surpreendemos irmãos nossos, investidos na posse do ouro, a se confessarem desorientados e infelizes; importa reconhecer, porém, que o dinheiro criteriosamente administrado, transfigura-se em poderosa alavanca do trabalho e da beneficência, resgatando lares e corações para a Vida Superior.
Não está na inteligência, visto que vemos, em toda parte, gênios transviados, utilizando fulgurações do pensamento em apoio das trevas; urge anotar, no entanto, que a inteligência aplicada na sustentação do bem de todos será sempre uma fonte de luz.
Não está na autoridade humana, de vez que habitualmente abraçamos criaturas, altamente revestidas de poder terrestre, carregando o peito esmagado de angústia; é necessário observar, todavia, que a influência pessoal em auxílio à comunidade é base de segurança e fator de harmonia.
Não está nos títulos acadêmicos, porque, em muitas ocasiões, encontramos numerosos amigos laureados com importantes certificados de competência, portando conflitos íntimos que os situam nos mais escuros distritos do sofrimento e da aflição; não será, contudo, razoável ignorar que um diploma universitário, colocado no amparo ao próximo, é uma lavoura preciosa de alegrias e bênçãos.
Não está no que possuis e sim no que dás e, ainda assim, não tanto no que dás como no modo como dás.
Não está no que sonhas e sim no que fazes e, sobretudo, na maneira como fazes.
Felicidade, na essência, é a nossa integração com Cristo de Deus, quando nos rendemos a Ele para que nos use como somos e no que temos, a benefício dos semelhantes. Isso porque todo bem que venhamos a fazer é investimento em nosso favor, na Contabilidade Divina. Em suma, felicidade colhida nasce e cresce da felicidade que se semeia, ou melhor, à medida que ajudamos aos outros, por intermédio dos outros, o Céu nos ajudará.

Emmanuel

Fonte: extraído do Livro “Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos

domingo, 10 de março de 2013

"CASAMENTO E DIVORCIO"


Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais. 
A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades e entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação. 
Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, combinam encontro ou reencontro no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo, programa de obrigações regenerativas. 
Reincorporados, porém, na veste física, se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos da convenção social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão. 
Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência. 
Esposo e esposa reconhecem para logo que não são os donos exclusivos da empresa. Sogro e sogra, cunhados e tutores consanguíneos são também sócios comanditários, cobrando os juros do capital afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo na feição de interessados no ajuste, reclamando cotas de sacrifício. 
O tempo que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quanto mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do espírito. 
Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas. 
Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um consórcio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar. 
Divulguemos o princípio da reencarnação e da responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que se destinam. 
Compreendamos os irmãos que não puderem evitar o divórcio porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.

Waldo Vieira. Da obra: Sol nas Almas.
Ditado pelo Espírito André Luiz.


terça-feira, 5 de março de 2013

"MORTE E REENCARNAÇÃO."


A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. A morte é só aparente; somente muda a forma exterior; princípio da vida, a alma fica em sua unidade permanente, indestrutível. Esta se acha, além do túmulo, na plenitude de suas faculdades, com todas as aquisições com que se enriqueceu durante as suas existências terrestres: luzes, aspirações, virtudes e potências. Eis aí os bens imperecíveis a que se refere o Evangelho, quando diz: “Os vermes e a ferrugem não os consumirão nem os ladrões os furtarão.” São as únicas riquezas que poderemos levar conosco e utilizar na vida futura.
A morte e a reencarnação que se lhe segue, em um tempo dado, são duas condições essenciais do progresso. Rompendo os hábitos acanhados que havíamos contraído, elas colocam-nos em meios diferentes; obrigam a adaptarmo-nos às mil faces da ordem social, e universal.
Quando chega o declínio da vida, quando nossa existência, semelhante à página de um livro, vai voltar-se para dar lugar a uma página branca e nova, aquele que for sensato consulta o seu passado e revê os seus atos. Feliz quem nessa hora puder dizer: meus dias foram bem preenchidos! Feliz aquele que aceitou as suas provas com resignação e suportou-as com coragem! Esses, macerando a alma, deixaram expelir tudo o que nela havia de amargor e fel.
Rememorando na consciência as suas tribulações, bendirão os sofrimentos que suportaram e, com a paz íntima, verão sem receio aproximar-se o momento da morte.
Digamos adeus às teorias que fazem da morte a porta do nada, ou o prelúdio de castigos intermináveis. Adeus sombrios fantasmas da Teologia, dogmas medonhos, sentenças inexoráveis, suplícios infernais! Chegou a vez da esperança e da vida eterna! Não mais há negrejantes trevas, porém, sim, luz deslumbrante que surge dos túmulos.
Já vistes a borboleta de asas multicores despir a informe crisálida, esse invólucro repugnante, no qual, como lagarta, se arrastava pelo solo? Já a vistes solta, livre, voejar ao calor do Sol, no meio do perfume das flores? Não há imagem mais fiel para o fenômeno da morte. O homem também está numa crisálida que a morte decompõe. O corpo humano, vestimenta de carne, volta ao grande monturo; o nosso despojo miserável entra no laboratório da Natureza; mas, o Espírito, depois de completar a sua obra, lança-se a uma vida mais elevada, para essa vida espiritual que sucede à vida corpórea, como o dia sucede à noite. Assim se distingue cada uma das nossas encarnações.
Firmes nesses princípios, não mais temeremos a morte. Como os gauleses, ousaremos encará-la sem terror. Não mais haverá motivo para receio, para lágrimas, cerimônias sinistras e cantos lúgubres. Os nossos funerais tornar-se-ão uma festa pela qual celebraremos a libertação da alma, sua volta à verdadeira pátria.
Texto retirado do livro “Depois da Morte” - Léon Denis

domingo, 3 de março de 2013

"ABRIGO ÍNTIMO"


Pedes abrigo no tumulto que habitualmente aparece diante das grandes renovações. Entretanto, as possibilidades para o levantamento de semelhante refúgio estão em ti mesmo.
Rememora a proteção sob a qual vieste ao Plano Físico. De nada dispunhas, além do amor com que te acolheram, no entanto, não te faltou apoio para o crescimento
nem luz bastante para que se te clareassem os pensamentos.
Relaciona os empréstimos da vida com que ao mundo te vinculaste:
oportunidades que te honraram;
afetos que te surgiram; meios que obtiveste; lições que te enobreceram.
Soma as bênçãos que te enriquecem e pensa na aplicação respectiva que se
te pede para a elevação do futuro.
Constrói, por dentro do próprio ser, o abrigo de entendimento que solicitas
no qual possas desfrutar segurança e irradiá-la de ti. Agradece a tarefa que a vida te
concedeu.
Trabalha confiando no êxito do bem. Usa os patrimônios da vida sem
desperdiçá-los. Não retenhas vantagens com evidente prejuízo dos outros.
Se erraste, corrige-te sem precipitação em desespero. Não admitas o
fracasso por perda definitiva e sim por ensinamento necessário ao triunfo.
Aceita os outros como são sem violentar-lhes o modo de ser e sem permitir
que te destruam as realizações e os ideais. Segue o teu próprio caminho,
compreendendo e amando sempre.
Assume as responsabilidades com que te deves conduzir, sem qualquer
intromissão no comportamento alheio. Participa da existência, ofertando as tuas
atividades ao montante do benefício comum.
Não te retardes em sombras de ressentimento ou irritação, contra
experiências de que ainda precisas. Segue adiante, pensando no bem, falando para o
bem, agindo no bem e edificando para o bem, sem perder o tesouro das horas.
E suceda o que suceder, estarás em segurança, porque assim reconhecerás
que a segurança inviolável em nós é a presença de Deus.
Emmanuel-Chico Xavier

sexta-feira, 1 de março de 2013

"LIÇÕES DO TEMPO"



Todos nós, na terra, encarnados e  desencarnados, com vínculo no Planeta, estamos no educandário da evolução.
De um modo ou de outro, todos somos discípulos na escola do progresso.
Se te vês ao lado de companheiros ,em dificuldades maiores que as tuas, compadece-te deles e auxilia-os nas bases do entendimento e da abnegação.  Quase sempre no plano físico, semelhantes amigos se nos caracterizam na imagem de parentes ou companheiros outros , que as ligações do dia-a dia nos colocaram juntos nesta  existência. Entretanto, diante da Espiritualidade maior, são colegas de aprendizado, em aulas difíceis nas lições do tempo.
No passado próximo ou remoto, dilapidaram a própria forma, em atos conscientes de auto destruição e renasceram, mostrando no corpo que usufruem as marcas dos gestos lastimáveis, perpetrados por eles contra eles mesmos. Entregaram-se em existências outras, a traumas de ódio e delinqüências , complicando os  caminhos dos semelhantes e retornaram ao berço terrestre, assinalados por enfermidades de longo curso, em que lhes sanam, gradativamente, as chagas mentais, adquiridas em processos  culposos, nos quais se viram incursos. Em estradas do pretérito abusaram de corações sensíveis , arrastando-os a calamidades passionais e agora, reaparecem no mundo, suportando conflitos psicológicos que exigem muito tempo para a eliminação necessária. Em climas sociais, de muito extintos, cultivaram hábitos perniciosos e ressurgem  agora, na arena terrestre, inclinados desde a juventude, para costumes infelizes que os impulsionam a perigos constantes. Renderam-se a tentações, em experiências que já se foram, instalados entre companhias lamentáveis, que os induziram a comprida vivência nas sombras da insanidade e reencarnam agora, seguidos por largos séqüitos de irmãos transviados na perturbação, que se lhe erigem, nas estradas humanas em adversários persistentes.  
Se contas com bastante discernimento para ajuizar, quanto a situação dos companheiros em problemas e obstáculos maiores que os teus, nos bancos escolares da vida, compadece-te deles, ofertando-lhes o amparo de que disponhas.
E se trazes ao mundo um fardo  de provações tão grande de que não possam com teu apoio, atenuar o rigor do currículo, de provas em que se matricularam, auxilia-os como possas e, longe de reprova-los ante o sofrimento ou a perturbação em que se mergulharam, ora por eles e confia-os a Deus, e tenhas certeza de que Deus, velando por todos nós, saberá como, quando e onde fará por todos eles o mais e o melhor.
CHICO XAVIER. Pelo Espírito: “Emmanuel”

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...